São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Promotor
"Eu, pai de Felipe Siqueira Cunha de Souza, uma das vítimas do promotor Thales Schoedl, fiquei estarrecido com a decisão tomada pelo órgão especial do TJ-SP de inocentar o referido promotor com base na "legítima defesa". Rapazes sem nenhum antecedente criminal, desarmados de qualquer objeto que pudesse lesar outra pessoa, em local com seguranças e policiais a poucos metros, são chamados de agressores. E disseram ser o disparo de toda a carga da pistola a única alternativa do promotor para resolver aquela situação. Poupem-me, assim como à opinião pública de todo este país, de tamanha grosseria. O que realmente motivou os senhores desembargadores foi o elevado espírito corporativo, aliado à aversão ao controle externo e à repercussão dada pela mídia ao caso, o que não é do agrado desse colegiado do Tribunal de Justiça."
WILSON PEREIRA DE SOUZA (São Paulo, SP)

 

"Trabalhei com Thales Schoedl por cerca de três meses antes dos fatos havidos no litoral paulista. Nunca percebi nele qualquer desvio de caráter, muito pelo contrário. Quanto soube do ocorrido, procurei informar-me da forma que me pareceu mais sensata e correta: analisando os autos, sobretudo a prova oral. Convenci-me, após a serena leitura do processo -sem a interferência da imprensa-, de que estava diante de um inegável caso de legítima defesa. Durante todos esses anos, diversos setores da imprensa demonstraram absoluto desprezo pelas provas dos autos. O que importava era apenas e tão-somente o fato de que o acusado era detentor de um cargo público. O massacre levado a cabo contra Thales finalmente cessou anteontem, quando a cúpula do Judiciário paulista, por unanimidade, reconheceu a excludente de ilicitude da legítima defesa."
RODRIGO CÉSAR COCCARO , promotor de Justiça (São Paulo, SP)

 

"O promotor Thales Schoedl foi absolvido por unanimidade das acusações de matar a tiros um jovem e ferir outro . Essa notícia causa revolta em cada brasileiro. Um promotor, no período probatório, absolvido de um crime praticado de forma grotesca. Como poderá um cidadão como este acusar alguém em nome do Ministério Público? Chega de corporativismo em todas as classes."
GUILHERME CORRÊA (Peruíbe, SP)

 

"É simplesmente indecente a absolvição do promotor Thales Schoedl. O espírito de corpo do Judiciário chegou a um limite vergonhoso. Só faltou dizer que o culpado foi a vítima."
SILVIA T. DE TOLEDO (São Paulo, SP)

Santa Catarina
"Concordo com todos os comentários de Janio de Freitas em sua coluna de ontem ("Desastres a granel", Brasil). Infelizmente, com um pouco de memória, constatamos que, realmente, da tragédia que assolou o nosso Estado há 25 anos, restou apenas certa notoriedade de um governante. O panorama não se modificou. Estamos assistindo ao mesmo desenrolar dos fatos: promessa de verbas, que daqui a alguns dias cairão no esquecimento e o povo nem saberá onde foram parar; notícias que levam os leitores às lágrimas e que amanhã serão substituídas por outras mais trágicas; mobilização da população, que pouco pode fazer de concreto para resgatar o cotidiano dessas pessoas atingidas e doam do pouco que tem -e assim deixam sua consciência em paz. Será que o nosso presidente Lula aplacou a sua com a escapadela de 20 minutos ao Estado destruído?"
DINA CARAZZAI CONDEIXA (Florianópolis, SC)

 

"Eu ainda era adolescente quando li a propaganda em revista de circulação nacional que pedia ajuda aos desabrigados pela grande cheia em Blumenau. Passados mais de 20 anos e governos de todos os matizes -e com todo o avanço tecnológico-, a tragédia se repete, e em proporções mais colossais. O artigo de Janio de Freitas é visceral e fala por todos. A quem o povo deve recorrer num momento destes?"
DIONYZIO ANTONIO MARTINS KLAVDIANOS (Brasília, DF)

Mais pior
"Foi com profundo lamento que li a seguinte situação no "Painel" da Folha de 25/11. Governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, é cassado pelo TSE/ TRE; o provável sucessor, senador Maranhão, responde a oito processos na Justiça eleitoral; o suplente de Maranhão, Roberto Cavalcanti, é alvo de investigação do Ministério Público Federal. Quer dizer, assim não dá, é essa a democracia que o povo realmente queria? É como se fala na linguagem caipira: "Estão tirando um mais ruim pra colocar um mais pior"."
ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

Unaí
"A Delegacia Sindical de São Paulo do Unafisco lamenta a iniciativa da Assembléia Legislativa de Minas Gerais de condecorar Antero Mânica, prefeito de Unaí (MG) e um dos suspeitos de ter participado do assassinato de três auditores fiscais do Trabalho e de um motorista da Delegacia Regional do Trabalho de Minas Gerais, na zona rural da cidade, em 2004. As razões da condecoração, de acordo com as informações do "Painel" de 26/11 (Brasil), foram os seus "serviços ou méritos excepcionais" em 2008."
LUIZ FUCHS , presidente da Delegacia Sindical de São Paulo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (São Paulo, SP)

Saúde
"Em relação à nota "De saída" ("Painel", Brasil, 22/11), o Ministério da Saúde esclarece que a exoneração da doutora Ana Estela Haddad do cargo de diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde resultou de necessidade administrativa. A decisão partiu de seu interesse em assumir a cadeira de professora efetiva da Faculdade de Odontologia da USP, em decorrência de aprovação em concurso público em fevereiro deste ano. Para tomar posse no cargo, ela não poderia ser detentora de vínculo com o governo federal. No entanto, pela qualidade do trabalho realizado, o Ministério da Saúde já solicitou à Reitoria da universidade sua cessão para reassumir o posto, o que deve acontecer após a devida liberação."
PAULO HENRIQUE DE SOUZA , coordenador do Núcleo de Atendimento à Imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Renata Lo Prete, editora do "Painel" - Não há contradição entre o que diz a carta e a nota publicada, segundo a qual Ana Estela, mulher do ministro Fernando Haddad (Educação), deixou o cargo na Saúde porque decidiu assumir a cadeira na USP. A nota ainda registrou que, de acordo com o ministério, a saída não guarda relação com a súmula antinepotismo do STF.

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