São Paulo, quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br

OAB
"Ao contrário do que argumentou em sua carta de ontem ("Painel do Leitor') o deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF), a OAB continua na vanguarda da luta do povo brasileiro em prol da mantença e aperfeiçoamento do Estado democrático de Direito. Faz parte dessa porfia o combate à corrupção que grassa no governo, capitaneado pelo partido do deputado. Recente pesquisa, aliás, colocou a OAB à frente das demais instituições no que tange ao grau de confiabilidade. O partido do deputado, bem como o governo do qual é vice-líder, ao revés, são os que menos confiança despertam. O presidente nacional da OAB, Roberto Busato, continua merecendo total apoio dos colegas. Por último, confunde o signatário a importância da Conferência Nacional da OAB com a repercussão na mídia dos debates e temas ali travados e tratados."
Octavio Gomes, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)
 

"O artigo "Sinais alarmantes" ("Tendências/Debates'), publicado ontem, colocou toda minha esperança na OAB, que, segundo o dr. Roberto Busato, se encontra "em estado de vigília cívica" e cumprirá seu dever cívico. É o que todos esperam."
Heloísa Corrêa Moura (São Lourenço, MG)
 

"O mais alarmante do artigo escrito pelo presidente nacional da OAB é deixar claro que ele pretende forçar a diretoria da entidade a propor o impedimento do presidente Lula. Isso fica cristalino quando escreve: "A OAB cumprirá, no momento oportuno, seu dever cívico". Que momento oportuno será esse? Quando se definirem as candidaturas a presidente? Será "dever cívico" da OAB operar de acordo com os interesses do PSDB/PFL? É triste ver a OAB, que tanto já fez em defesa da democracia, presidida pelo "nanoadvogado" Roberto Busato!"
Pedro Eugenio Beneduzzi Leite (Brasília, DF)
 

"De forma reiterada o dr. Roberto Busato vem se manifestando sobre questões políticas, expressando sua opinião pessoal sobre este ou aquele assunto. Todavia, não lhe outorguei poderes, como advogado que sou, para, em nome da OAB, aprovar ou reprovar um governo. Sabem os profissionais do direito que, se há expressão corporativa antidemocrática, é a própria OAB. Um sistema "representativo" de chapa fechada, em que a formação do Conselho Federal já vem carimbada por conchavos."
Flávio Di Pilla, advogado (Brasília, DF)

PT X PSDB
"A comparação que Clóvis Rossi fez ontem entre tucanos e petistas é oportuna ("PT X PSDB, perde o Brasil", Opinião, pág A2). A esquerda, tanto a acadêmica como a sindical, não se empenhou em reduzir nossa imensa desigualdade social. Seu líderes máximos contentaram-se em ser office-boys de luxo do sistema financeiro. Apequenaram-se ou já eram pequenos? O fato é que, como eleitor, não vejo nenhuma opção cidadã à vista. Acho tudo isso muito triste."
José Marcos Thalenberg (São Paulo, SP)

Terceira via
"A propósito da rebelião proposta ontem pelo colunista Mangabeira Unger ("Rebelar-se", Opinião, pág. A2), questiono: depois de nos ter ofertado Ciro, será o professor o Messias da vez? A pregação de uma terceira via é válida, mas deve se manter paciente, pois antes de ser imposta como solução, é um caminho pelo qual a sociedade tem que optar seguir. De nada adianta impor uma alternativa, pois ela só levará a um lugar melhor do que estamos empacados se a nação se mostrar determinada. Mais do que de um vencedor de eleições, de um vendedor de idéias, precisamos mesmo é acreditar na transformação de cada um de nós em cidadãos empenhados na construção de uma verdadeira nação."
Ricardo Leal de Melo (Belo Horizonte, MG)

Cultura política
"O voto no Brasil, durante muito tempo, se deu em função do candidato, e não do partido. Quando a população credenciou o voto à sigla partidária, foi surpreendida com o desgaste de ser governo conjugado com a tentação que faz balancear o poder. O problema foi que, além do desgaste natural, a crise foi intensificada pelo escândalo da corrupção, que provavelmente já existia há muito tempo e foi se proliferar somente agora. Hoje o eleitor vive diante do impasse, a pessoa ou o partido? Enquanto está no impasse, tudo bem, o que não pode ocorrer é a população desistir de acompanhar o desenrolar dos fatos e se distanciar do processo político. Uma coisa é certa: o Brasil só vai mudar se o povo abraçar, de fato, a condução da política como protagonista em vez de como coadjuvante."
José Batista de Carvalho Filho, economista (Campinas, SP)

Livres e soltos
"Os artigos de Carlos Heitor Cony são um alento para a alma. Sua opinião despojada misturada a sua racionalidade dá elegância a seus textos. Exemplo é o artigo de ontem ("O papa e Herzog", Opinião, A2): começa com Bento 16, passa por Herzog, volta aos seus resfriados de menino, faz elogio a Niemeyer, fala de Lula e retorna para Bento 16 e seu desempenho na missa do Galo. Tudo isso só para nos lembrar de que os Lulas e Valérios da vida estão por aí, livres, leves e soltos. É realmente genial!"
Jean Carlos de Siqueira Colmeal Gil (Mogi das Cruzes, SP)

Câmara
"Quanto à reportagem que foi manchete da Folha ontem ("Câmara vive pior ano em uma década'), não vejo nenhuma novidade, nada que possa surpreender o mais ingênuo dos leitores. Afinal, qual foi o grande ano da Câmara, ou do Senado, desta década? Ou de qualquer outra? Os melhores ou piores momentos da política brasileira são praticamente exclusividade do Executivo, que manipula o Legislativo com instrumentos político-jurídicos, como medidas provisórias, verbas para parlamentares ("legais", previstas no Orçamento, ou "ilegais", "mensalões'), além de concessões de televisões, rádios etc. O Congresso só exercerá o papel fundamental que lhe cabe numa democracia quando houver uma reforma política de verdade e conquistar, de fato, a sua independência."
Jan Luiz Parellada (Assis, SP)

Amnésia
"Gostaria de salientar a amnésia do deputado Henrique Fontana, líder do governo. Afinal, esquece ele de que o homem forte (e blindado) da área econômica do governo Lula foi eleito pelo PSDB (Meirelles)? Recomendo a leitura do livro "O outro lado do real", escrito pelo sr. Fontana em 2002. Destaco no texto, além da "necessidade de juntar aqueles que lutam contra o neoliberalismo", o capítulo sobre a seguridade social e o que trata da corrupção, em que afirma (com correção) que Fernando Henrique Cardoso se aliou às forças mais conservadoras e patrocinou um dos maiores retrocessos no processo civilizatório do país. Vamos atualizar: o deputado Fontana é líder de um governo que, com certeza, não causa nenhuma inveja aos neoliberais, conservadores e exploradores do povo do governo anterior."
Érico Roni Maslinkiewicz Corrêa, servidor público, presidente do Sindicaixa/RS (Porto Alegre, RS)

Boas-festas

"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Clébio Borges, secretário de organização política do PSB-SP (São Paulo, SP); Abramet (São Bernardo do Campo, SP); Cooparaiso -Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso Ltda. (São Sebastião do Paraiso, MG); Telelok Locação de Móveis para Escritório (São Paulo, SP); CE Maurilio Gama Assessoria em Comércio Exterior Ltda. (São Paulo, SP); Isaac Finguermann (São Paulo, SP); Nicolau Madi Filho (São Paulo, SP).


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