São Paulo, sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Tireóide
"Esclarecedor e instrutivo o artigo "Tireóide e o meio ambiente" ("Tendências/Debates", 28/2), do professor Geraldo Medeiros-Neto. Lamentavelmente, o texto não esclarece dois fatos fundamentais.
1. Como, por quem e por que foi tomada a decisão de elevar a quantidade de iodo no sal de cozinha?; 2. se, na época em que foi autorizada tal elevação, já se sabia da influência do iodo na imunidade e a sua relação com a Tireoidite Auto-Imune, já que o artigo cita fenômenos semelhantes em outros países.
Parece-me muito mais importante responder estas duas questões, que definem responsabilidades civis e eventualmente, criminais, do que simplesmente, porém não menos importante, eximir a indústria de sua participação nas origens da Tireoidite de Hashimoto."
RÉGIS CAVINI FERREIRA, endocrinologista, doutor em neurociências e comportamento pela USP (São Paulo, SP)

Trabalho
"A propósito da reportagem "Força-tarefa liberta 61 trabalhadores em condição degradante" (Brasil, 28/2), é necessário esclarecer que não procede, sob nenhuma hipótese, a informação de que os procuradores do Ministério Público Federal libertaram 61 trabalhadores em condições de trabalho degradante.
O que ocorreu foi uma fiscalização na usina Laginha que não teve nenhuma dessas conseqüências divulgadas na reportagem. O fato simplesmente não ocorreu"."
GABRIEL MOUSINHO, assessor de imprensa do Grupo JL (Maceió, AL)

Resposta dos jornalistas Sílvia Freire e Thiago Reis - A Folha publicou a informação do Ministério do Trabalho, que reafirmou ontem o resgate de trabalhadores em condições degradantes na usina Laginha. Leia mais à pág. A8 de hoje.

Brasil e Espanha
"Sou italiano e moro há 14 anos no Brasil, onde sou professor de antropologia numa universidade federal. Tenho sido muitíssimo bem tratado aqui e sei que o mesmo não acontece sempre com brasileiros que se mudam ou tentam se mudar para a Europa.
Entretanto recebi com muita perplexidade as opiniões e as "propostas" de Elio Gaspari na coluna "O Brasil precisa começar a deportar", Brasil, 27/2). A não ser que ele tenha sido irônico, é impossível não perceber a diferença que existe entre governos/Estados e cidadãos desses Estados. O insuportável abuso de que foi vítima a física da USP barrada na Espanha não pode ser utilizado para propor essa espécie de "pena de talião", que, se aplicada, atingiria cidadãos (espanhóis, ingleses...) que não têm nenhuma responsabilidade sobre aquele lamentável episódio ou por outros da mesma espécie.
Cabe ao governo brasileiro adotar medidas drásticas, sim, para que casos daquela natureza não voltem a se repetir, mas sem que as vítimas sejam cidadãos de outros países."
ANDREA CIACCHI (João Pessoa, PB)

OAB
"Gostaria de saber qual seria a reação da OAB se o Ministério Público e a magistratura, seguindo o seu exemplo, publicassem no "Diário Oficial" e na internet uma lista de advogados que, na opinião unilateral dessas instituições, promovem chicanas processuais, fraudam provas, encobrem atos criminosos, lucram com o dinheiro do crime organizado e praticam outros atos atentatórios contra a dignidade da Justiça."
JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM, promotor de Justiça (Sorocaba, SP)

A bem da verdade
"Em 1996, comprei o meu primeiro telefone celular. Paguei R$ 307 pela linha e R$ 600 pelo aparelho. E financiei, isso mesmo, financiei um telefone fixo por R$ 1.216 -um real valia um dólar.
Há muito tempo não compro aparelho celular, pois aproveito o bônus da operadora. Um telefone fixo, hoje, custa em torno de R$ 40.
Onde está a herança maldita das privatizações? O senhor José Dirceu ("A bem da verdade", "Tendências/Debates", 27/2) quer, na verdade, a volta do modelo estatal, para acomodar os companheiros e cooptar adversários com cargos. As estatais não pertencem ao povo, pertencem a suas corporações e aos governos de plantão."
FERNANDO GILBERTO ARNS (Criciúma, SC)

Record
"A Record é uma emissora comercial e fechou o ano passado com um faturamento aproximado de R$ 1,4 bilhão, oriundo de anunciantes.
Para anunciar na Record, é necessário investir, ou seja, não oferecemos "comerciais de graça por um ano inteiro", conforme mencionou a nota "Caiu do Céu 2", publicada ontem na coluna "Outro Canal" (Ilustrada), do jornalista Daniel Castro. Os "anunciantes que relatam" a situação certamente desconhecem ou não anunciam na Record.
O cliente pode negociar a aquisição de um "pacote" de publicidade que contemple patrocínio de um determinado programa e um volume de mídia ao longo do ano. Essa "estratégia comercial" é natural na Record e em outros veículos de comunicação.
O que é condenável são práticas de "dumping" realizadas por uma concorrente que, no desespero de impedir o crescimento de audiência e faturamento da Record, prefere intimidar e ameaçar seus clientes sob o pretexto de redução de desconto ou prestígio. A audiência dessa mesma concorrente diminuiu consideravelmente. Será que os clientes não questionam? Não pedem descontos e outras vantagens?"
RICARDO FROTA, gerente nacional de comunicação da Rede Record (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Daniel Castro - A Folha apurou a informação com grandes anunciantes, hoje habituais da Record, que pediram para não serem identificados.

Banco do Brasil
"Não se pode desejar que o Banco do Brasil, pelo seu gênero e finalidade, acompanhe a evolução descabida do lucro dos bancos privados. Porém a justificativa da cúpula do BB de que o fato da redução do lucro se deve, entre outras causas, à injeção de R$ 325 milhões no plano de saúde dos funcionários não é completa, pois o BB deve muito mais ao plano por não cumprir cláusulas estatutárias até então acordadas pelo próprio BB
O efeito negativo dessa "injeção" foi todo absorvido, e com sobra, por cerca de R$ 360 milhões que o BB recebeu por devolução de contribuições efetuadas como parte da distribuição do superávit obtido pela Previ."
ROBERTO ABDIAN, da Associação de Funcionários Aposentados do Banco do Brasil no Estado de São Paulo Tupã (SP)

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