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Tireóide
"Esclarecedor e instrutivo o artigo "Tireóide e o meio ambiente"
("Tendências/Debates", 28/2), do
professor Geraldo Medeiros-Neto.
Lamentavelmente, o texto não esclarece dois fatos fundamentais.
1. Como, por quem e por que foi
tomada a decisão de elevar a quantidade de iodo no sal de cozinha?; 2.
se, na época em que foi autorizada
tal elevação, já se sabia da influência do iodo na imunidade e a sua relação com a Tireoidite Auto-Imune,
já que o artigo cita fenômenos semelhantes em outros países.
Parece-me muito mais importante responder estas duas questões,
que definem responsabilidades civis e eventualmente, criminais, do
que simplesmente, porém não menos importante, eximir a indústria
de sua participação nas origens da
Tireoidite de Hashimoto."
RÉGIS CAVINI FERREIRA, endocrinologista, doutor
em neurociências e comportamento pela USP
(São Paulo, SP)
Trabalho
"A propósito da reportagem "Força-tarefa liberta 61 trabalhadores
em condição degradante" (Brasil,
28/2), é necessário esclarecer que
não procede, sob nenhuma hipótese, a informação de que os procuradores do Ministério Público Federal libertaram 61 trabalhadores em
condições de trabalho degradante.
O que ocorreu foi uma fiscalização na usina Laginha que não teve
nenhuma dessas conseqüências divulgadas na reportagem. O fato
simplesmente não ocorreu"."
GABRIEL MOUSINHO, assessor de imprensa do
Grupo JL (Maceió, AL)
Resposta dos jornalistas Sílvia
Freire e Thiago Reis - A Folha
publicou a informação do Ministério do Trabalho, que reafirmou ontem o resgate de trabalhadores em condições degradantes na usina Laginha.
Leia mais à pág. A8 de hoje.
Brasil e Espanha
"Sou italiano e moro há 14 anos
no Brasil, onde sou professor de antropologia numa universidade federal. Tenho sido muitíssimo bem
tratado aqui e sei que o mesmo não
acontece sempre com brasileiros
que se mudam ou tentam se mudar
para a Europa.
Entretanto recebi com muita
perplexidade as opiniões e as "propostas" de Elio Gaspari na coluna "O
Brasil precisa começar a deportar",
Brasil, 27/2). A não ser que ele tenha sido irônico, é impossível não
perceber a diferença que existe entre governos/Estados e cidadãos
desses Estados. O insuportável abuso de que foi vítima a física da USP
barrada na Espanha não pode ser
utilizado para propor essa espécie
de "pena de talião", que, se aplicada,
atingiria cidadãos (espanhóis, ingleses...) que não têm nenhuma responsabilidade sobre aquele lamentável episódio ou por outros da
mesma espécie.
Cabe ao governo brasileiro adotar medidas drásticas, sim, para que
casos daquela natureza não voltem
a se repetir, mas sem que as vítimas
sejam cidadãos de outros países."
ANDREA CIACCHI (João Pessoa, PB)
OAB
"Gostaria de saber qual seria a
reação da OAB se o Ministério Público e a magistratura, seguindo o
seu exemplo, publicassem no "Diário Oficial" e na internet uma lista
de advogados que, na opinião unilateral dessas instituições, promovem chicanas processuais, fraudam
provas, encobrem atos criminosos,
lucram com o dinheiro do crime organizado e praticam outros atos
atentatórios contra a dignidade da
Justiça."
JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM, promotor de
Justiça (Sorocaba, SP)
A bem da verdade
"Em 1996, comprei o meu primeiro telefone celular. Paguei
R$ 307 pela linha e R$ 600 pelo
aparelho. E financiei, isso mesmo,
financiei um telefone fixo por R$
1.216 -um real valia um dólar.
Há muito tempo não compro
aparelho celular, pois aproveito o
bônus da operadora. Um telefone
fixo, hoje, custa em torno de R$ 40.
Onde está a herança maldita das
privatizações? O senhor José Dirceu ("A bem da verdade", "Tendências/Debates", 27/2) quer, na verdade, a volta do modelo estatal, para
acomodar os companheiros e cooptar adversários com cargos.
As estatais não pertencem ao povo, pertencem a suas corporações e
aos governos de plantão."
FERNANDO GILBERTO ARNS (Criciúma, SC)
Record
"A Record é uma emissora comercial e fechou o ano passado com
um faturamento aproximado de R$
1,4 bilhão, oriundo de anunciantes.
Para anunciar na Record, é necessário investir, ou seja, não oferecemos
"comerciais de graça por um ano inteiro", conforme mencionou a nota
"Caiu do Céu 2", publicada ontem na
coluna "Outro Canal" (Ilustrada),
do jornalista Daniel Castro. Os
"anunciantes que relatam" a situação certamente desconhecem ou
não anunciam na Record.
O cliente pode negociar a aquisição de um "pacote" de publicidade
que contemple patrocínio de um
determinado programa e um volume de mídia ao longo do ano. Essa
"estratégia comercial" é natural na
Record e em outros veículos de comunicação.
O que é condenável são práticas
de "dumping" realizadas por uma
concorrente que, no desespero de
impedir o crescimento de audiência e faturamento da Record, prefere intimidar e ameaçar seus clientes sob o pretexto de redução de
desconto ou prestígio. A audiência
dessa mesma concorrente diminuiu consideravelmente. Será que
os clientes não questionam? Não
pedem descontos e outras vantagens?"
RICARDO FROTA, gerente nacional de comunicação
da Rede Record (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Daniel
Castro - A Folha apurou a informação com grandes anunciantes, hoje habituais da Record,
que pediram para não serem
identificados.
Banco do Brasil
"Não se pode desejar que o Banco
do Brasil, pelo seu gênero e finalidade, acompanhe a evolução descabida do lucro dos bancos privados.
Porém a justificativa da cúpula do
BB de que o fato da redução do lucro
se deve, entre outras causas, à injeção de R$ 325 milhões no plano de
saúde dos funcionários não é completa, pois o BB deve muito mais ao
plano por não cumprir cláusulas estatutárias até então acordadas pelo
próprio BB
O efeito negativo dessa "injeção"
foi todo absorvido, e com sobra, por
cerca de R$ 360 milhões que o BB
recebeu por devolução de contribuições efetuadas como parte da
distribuição do superávit obtido pela Previ."
ROBERTO ABDIAN, da Associação de Funcionários
Aposentados do Banco do Brasil no Estado de
São Paulo Tupã (SP)
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