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São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Caixa-preta
"As declarações do excelentíssimo senhor presidente da República, proferidas no dia 22/4, desestabilizam o espírito da vigente Carta Magna, que preconiza a harmonia e a independência entre os três Poderes da República, valendo lembrar que um Poder não sobressai a outro. O respeito às disposições da Carta Maior representa a vivificação e a perenidade do Estado de Direito democrático."
Renzo Leonardi, presidente da Associação Paulista de Magistrados -Apamagis (São Paulo, SP)

 

"Parabenizo o leitor Luis Antonio Ribeiro Pinto por sua opinião publicada em 27/4 e gostaria de acrescentar que a "caixa-preta" do Judiciário é muito mais preta do que parece. Se o(s) juiz(es) julgar(em) errado, contra todas as provas, o cidadão não terá a quem recorrer. Todas as carreiras, e também os outros Poderes (Executivo e Legislativo), respondem pelos seus erros, mas os membros do Judiciário não, são praticamente intocáveis."
Braz Ferraz Carlomanho (Piracicaba, SP)

Caixa-vermelha
"Congratulo-me com o emérito jornalista Olavo de Carvalho pelo corajoso artigo publicado ontem na Folha ("Telhados transparentes", "Tendências/Debates"), que ajuda a devolver dignidade à classe jornalística paulista, que, de um ano para cá, tem procurado ocultar dos leitores as mazelas da "caixa-vermelha" do PT."
Oscar Strauss Filho (São José dos Campos, SP)

Dilema
"Dilema petista na reforma da Previdência: ser PT ou ser governo. Essa é a questão."
Odilon O. Santos (Marília, SP)

Só o começo
"Ninguém é contra a biotecnologia, mas, sim, contra a sua manipulação nas mãos de malucos que são manipulados por empresas e por empresários inescrupulosos que não medem as consequências das suas ações. Entre nós, a liberação da soja transgênica é só o começo."
Francisco Anselmo G. Barros, Fundação para Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul (Campo Grande, MS)

Saúde e religião
"Dom Mauro Morelli, em seu artigo "Lula e a CNBB" ("Tendências/Debates", pág. A3, 27/4), mais uma vez reafirma a sua preocupação social e o seu compromisso com a lucidez, contribuindo para apontar novos caminhos. No entanto as mulheres, especialmente as pobres, devem estar-se perguntando por que dom Mauro coloca o aborto como paralelo a crimes como tortura e violência. A mortalidade materna é, de fato, uma violência contra as mulheres, visto que a quase totalidade das mortes poderia ser evitada com políticas públicas que atendessem às mulheres em suas demandas -tanto na prevenção, por meio do planejamento familiar e do uso de preservativos, como no acolhimento pela saúde pública dos casos de aborto. O aborto e outras questões relacionadas à saúde reprodutiva e sexual de homens e de mulheres devem ser vistas como questões de saúde pública, e não do ponto de vista da moral religiosa. Esperamos que toda a igreja reflita também sobre isso."
Dulce Xavier (São Bernardo do Campo, SP)

Reforma
"Enquanto não vem a público o Projeto de Reforma da Previdência Social, ficamos à mercê de opiniões emocionais, que partem de todos os setores interessados na discussão dessa importante questão. Entretanto gostaria de cumprimentar o prefeito Cesar Maia pela clareza e profunda análise crítica que fez no artigo "O sofisma previdenciário" ("Tendências/Debates", 28/4)."
João Cardoso Palma Filho (São Paulo, SP)

 

"Como se já não bastasse o valor absurdo que o governo vem gastando em publicidade a fim de aprovar o que eles sempre ajudaram a emperrar (as reformas tributária e da Previdência), agora o presidente quer encontros com Ratinho e com outros apresentadores considerados formadores de opinião para tentar convencer o pobre povo a concordar com as reformas ("Boca amiga", coluna de Mônica Bergamo, Ilustrada, pág. E2, 28/4). Todo brasileiro gostaria de saber o valor dessa conta."
Maria Eloiza Rocha Saez (Curitiba, PR)

 

"Previdência: contrato moral (ou psicológico?) assumido entre o governo e os funcionários públicos federais, que, após 35 anos ou mais de contribuição sobre o total de seus salários, se aposentam esperando gozar o seguro a que fizeram jus por terem cumprido sua parte no contrato. Para rompê-lo, só afrontando a Constituição (direito adquirido) ou a democracia com um ato autoritário. Será isso o que pretende o governo do PT? São inúmeros os motivos exaustivamente enumerados para provar que o déficit da Previdência não tem como causa principal a não-contribuição dos aposentados do serviço público federal. Mas o governo do PT faz ouvidos moucos e incoerentemente anuncia que pretende fixar um teto sobre o qual o funcionário vai contribuir com 11% para a Previdência e se aposentar com esse valor. E os atuais aposentados, que pagaram sobre o total de seus salários?"
Joaquim Francisco Sepulveda (Goiânia, GO)

De carreira
"Está de parabéns o ex-presidente Itamar Franco, que, usando de bom senso e de "patriotismo", abdicou de assumir o cargo de embaixador na Itália ("Itamar desiste de embaixada em Roma", Brasil, pág. A7, 28/4). Evidentemente que, por razões óbvias, a presença de S. ExciȘ. em tão estratégico cargo, uma das principais portas de entrada na Comunidade Européia, significaria a indicação da pessoa errada para o lugar errado. Com a sua "renúncia", ganha o Brasil. Que o governo brasileiro saiba aproveitar o ensejo, indique para assumir a embaixada em Roma um profissional de carreira do ramo, de qualidade técnica comprovada, experiente e qualificado -o Itamaraty está repleto deles- e definitivamente pare de colocar pessoas em cargos estratégicos simplesmente para dar um "prêmio de consolação"."
David Neto (São Paulo, SP)

BNDES
"Em resposta à carta "Venezuela", do leitor Hermínio Silva Júnior ("Painel do Leitor", 28/4), o BNDES esclarece que a referida linha de crédito será destinada a financiamentos para empresas brasileiras dispostas a exportar bens e serviços para aquele país. Quanto ao crédito de aprovação de qualquer operação, informo que o BNDES realiza análises técnicas, econômico-financeiras, de implicações sociais e ambientais e de riscos dos projetos postulantes, em consonância com o que determina o Estatuto Social do banco, aprovado pelo decreto nș 4.418, de 11 de outubro de 2002, que está disponível para consulta no site www.bndes.gov.br."
Cecília Branco , gerente de imprensa do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)


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