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PAINEL DO LEITOR
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Segurança
"Sobre o texto "Chefe do Deic é
sócio de firma de segurança" (Cotidiano, 28/6), manifesto minha indignação e esclareço o que segue:
1. a despeito do alegado na reportagem, não fui procurado para oferecer minha versão;
2. sou sócio da empresa citada há
14 anos, sendo certo que nunca
exerci sua gerência, o que consta do
contrato social e foi confirmado pelo sócio-gerente. A esse respeito, é
lamentável que a reportagem contenha sérios ataques à minha reputação mas não tenha realçado o fato
de que sou apenas um sócio cotista,
desde a sua fundação, e que, além
disso, nunca tive, em 19 anos na polícia, qualquer fato que desabonasse
minha reputação profissional;
3. nunca cometi nenhuma irregularidade e, desde que assumi a diretoria do Deic, temos apresentado
expressivos resultados, que podem
ser constatados numa simples conferência de dados estatísticos. Com
a colaboração de todos que ali trabalham, temos conseguido expressivos êxitos no combate ao crime
organizado;
4. por fim, considero inaceitável
que, muito além do ataque à minha
reputação, a reportagem tenha citado, além de meus dados pessoais
(RG e CPF), um dos meus endereços, o que expõe a mim e a meus familiares a inaceitável risco.
É que, apesar de passar a semana
em São Paulo, num flat, minha residência é no litoral, onde permaneço
nos finais de semana. Por óbvio, vou
ser obrigado, em função de ser o diretor de combate ao crime organizado, a modificar essa rotina, por
questões de segurança;
5. não pretendo fazer quaisquer
outros esclarecimentos, que ficarão
a cargo de meus advogados, assim
como as providências cabíveis."
YOUSSEF ABOU CHAHIN, diretor do Departamento
de Investigações sobre o Crime Organizado
-Deic (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista André
Caramante - Ao longo de toda a
tarde de quarta-feira, foram enviados e-mails para a assessoria
de imprensa do Deic, da Secretaria da Segurança Pública e do
governador José Serra. O delegado também foi procurado por
meio de seu celular e de sua secretária.
Relaxa
"Quero aqui dar o meu apoio a
Clóvis Rossi ("A escola Marta/Maluf", Opinião, 27/6), pois o pessoal
do PT não entende o que é democracia. Basta falar a verdade e eles
sempre vêm com essa desculpa esfarrapada para confundir o público.
Parabéns a Clóvis Rossi. Só ele e
o Boris Casoy ainda defendem o povo brasileiro contra essa corrupção
petista que quer tomar conta do
país custe o que custar."
ANTONIO LOURENÇO MACCHIA (São Paulo, SP)
"Achei pertinente o texto de Fernando de Barros e Silva de 25/6
("Estupra, mas não mata", Opinião), no qual mostra as diferenças
entre Marta Suplicy e Paulo Maluf.
Seria interessante que a Folha
resgatasse a famosa entrevista do
assessor de imprensa do governo
militar João Figueiredo, o "jornalista" Alexandre Garcia."
CARLOS GABRIEL GUIMARÃES (Niterói, RJ)
Violência
"Na escalada de horrores em que
se transformou o Brasil, em que cada tragédia suplanta a anterior, somos brindados com mais uma selvageria, patrocinada por marginais
da classe média alta que, atrás de
emoções mais fortes, humilham,
espancam e roubam uma trabalhadora indefesa. O que se passa nas
cabeças desses boçais? A resposta
está na impunidade, causada pelos
maus exemplos que vivenciamos
todos os dias sem punição."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)
Grande crime
"O grande crime neste país não é
roubar, matar, corromper, desviar
etc. etc... O grande crime é falar sobre os crimes, sobre os atos ilegais,
imorais e antiéticos. Portanto, o
maior criminoso do país é, sem dúvida, o jornal. Ou o jornalista.
Uma ministra que diz "relaxa e
goza" e um ministro que diz que a
confusão aérea é resultado do progresso mostram falta de compostura, descaso e desrespeito para com
os cidadãos, além de um cinismo
que não é compatível com a posição
que ocupam."
ANA MARON VICHI (Campinas, SP)
Saúde reprodutiva
"Admiro o fato de o ministro da
Saúde, José Gomes Temporão, dar
declarações envolvendo a banalização da pílula do dia seguinte.
Ele, como médico, deveria saber
muito bem que o levonorgestrel
evitaria apenas o filho "indesejado",
mas não evitaria que a mulher contraísse uma DST (doença sexualmente transmissível), outra importante questão de saúde pública.
E a distribuição sem receituário
da pílula seria mais um agravo à
saúde da mulher, já que a facilidade
de obter tal medicamento dispensaria o uso de protetores físicos como a camisinha. Isso sem falar na
carga hormonal da pílula, que é elevada, o que traz transtornos como
alterações do ciclo menstrual, sangramentos intermenstruais e também efeitos inesperados que exigem acompanhamento médico.
Essa política só estaria transferindo o problema de lugar."
ANGELO JOSÉ RINALDI, farmacêutico-bioquímico
(Ubá, MG)
USP
"Depois de 50 dias de omissão, a
reitora da USP, Suely Vilela, tenta
passar a culpa para o governo estadual ("Reitora diz que Estado demorou a agir", Cotidiano, 28/6).
Sem tirar a parcela de responsabilidade governamental no caso,
cabe perguntar à reitora por que ela
não obrigou o cumprimento do
mandato de reintegração de posse
expedido no dia 16/5, já que tinha
pressa. Agora, quando se percebe o
tamanho do estrago -não apenas
material mas de documentações
perdidas-, tenta-se passar a culpa
para a frente."
GILBERTO ANTÔNIO SILVA (São Bernardo do Campo, SP)
Seleção
"Perdemos de dois para os portugueses e agora para uma medíocre
equipe mexicana. Até quando vamos aturar um aprendiz de treinador elogiado apenas pelos convocados? Temos hoje jogadores de Santos, São Paulo, Botafogo etc. em melhores condições do que aqueles
que ali estão. Jogadores que estão
na Europa vêm -os que vêm- com
ordens de não se machucar."
JULIO JOSE DE MELO (Brasília, DF)
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