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Lula
"Quem no Brasil, nascido antes
da virada do século, nunca ouviu a
expressão sobre um certo político:
"Fulano rouba, mas faz". Agora, na
Folha de 27/6, vemos o presidente
Lula reclamando de denuncismo e
da falta de atenção às coisas boas.
Isso, vindo de um fervoroso militante da perseguida esquerda nacional, é no mínimo deprimente.
Ora, presidente, és eternamente
responsável por aquilo que cativas."
FRANCO CALDIERARO (São Paulo, SP)
Michael Jackson
"Parabéns, João Marcello Bôscoli, pelo melhor artigo escrito sobre a
morte do artista até então ["A morte
mais lenta da história do showbizz",
Especial, 26/6], inspirado nada
mais, nada menos, no genial Carl
Jung. E lamentável o texto de Paulo
Ricardo ["Obra-prima, "Thriller"
custou a vida de Michael'], próprio
de frustrados com a sua condição.
A teoria do inconsciente coletivo
de Jung explica a contradição que
vive o verdadeiro artista: o conflito
existencial entre o "homem comum", que somos todos nós, e o "homem coletivo", que devolve à raça
humana a sua obra de arte, e a glorifica. Foi o "homem comum" que
morreu com todas as suas idiossincrasias. O "verdadeiro artista" fica
para sempre."
ANA ELISABETH HELINSKY BARBOSA (São Paulo,
SP)
Pecuária e Amazônia
"Ofendeu muita gente o presidente dos exportadores de carne,
Roberto Giannetti da Fonseca, em
sua tentativa de justificar os estragos da pecuária na Amazônia
("Meio ambiente e alimentos, juntos para sempre", "Tendências/Debates", 27/6). Rotulou de exóticos
todos os que tinham consciência
ambiental nos anos 70 e 80, fossem
cientistas ou ativistas. Talvez um
mero lapso provocado por sua falta
de consciência sobre o grau de exotismo da espécie bovina naqueles
ecossistemas. Mas que acabou gerando um argumento demasiadamente parecido com o dos intelectuais escravocratas que também
acusavam de exóticos os pioneiros
do abolicionismo."
JOSÉ ELI DA VEIGA (São Paulo, SP)
"Gostaria de não apenas parabenizar o artigo, gostaria de adicionar
dois paralelos históricos. O Brasil é
o que é, temos o tamanho que temos, desde o tempo em que o Tratado de Tordesilhas não foi respeitado, em que Rio Branco expandiu o
território e, entre tudo isso, o Brasil
lutou com franceses e holandeses,
separatistas. O outro paralelo: cada
país tem seu ponto fraco e o forte.
Nos EUA, que eu saiba, parte da
mão de obra é ilegal, o sistema de
saúde, um fracasso e o bancário,
uma piada. Fraquezas no sistema
existem, a Amazônia é sustentável,
o Brasil é sustentável a indústria e a
agroindústria ainda mais sustentáveis. Perfeitas? Não! Porém existe
um grupo de empresários, trabalhadores, políticos sérios, na busca
da maturidade.
Vale lembrar: quando alguém
compra uma roupa de grife na
Quinta Avenida, um aspargo na
Alemanha, um vinho na Itália, não
sabe bem ao certo como toda a cadeia de suprimentos se formou."
PAULO REIMANN (Cotia, SP)
Telefônica
"A imparcialidade da Folha chega a irritar na reportagem "Telefônica apresenta plano para o Speedy"
[Cotidiano, 27/6], pois fiquei sem
saber se a Telefônica acha que o seu
"oligopólio" no Speedy é um grande
negócio ou um grande abacaxi que,
segundo o próprio texto, cresce
30% ao ano."
CARLOS FERREIRA VILLARES (São Paulo, SP)
Silva Telles Júnior
"A morte de Goffredo da Silva Telles Júnior, jurista e ex-professor de
direito da USP, entristece a todos
nós e deixa o Brasil mais órfão, exatamente no momento em que o país
vive uma grave crise de valores éticos e morais. Autor da famosa "Carta aos Brasileiros", documento em
defesa do processo de abertura política em pleno regime autoritário, o
professor Goffredo é um verdadeiro
exemplo de coragem e humildade
enquanto cidadão e homem de convicções democráticas inabaláveis.
Que a sua trajetória de vida possa
servir de referência a todos aqueles
que hoje atuam no Executivo, no
Legislativo e, principalmente, no
Judiciário brasileiro."
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)
Sarney
"O argumento do presidente do
Senado de que é vitima de uma
"campanha midiática" porque apoia
o governo Lula é risível. Sarney não
apoia o governo Lula. Sarney apoia
o governo, qualquer que seja ele."
LEÃO MACHADO NETO (São Paulo, SP)
"É bem nítida a razão dessa campanha moralista e denuncista dos
meios de oposição contra Sarney:
colocar na presidência do Senado
Federal Marconi Perillo, do PSDB
(seu substituto). Ou seja, querem
ganhar o cargo no grito, ou melhor,
no golpe. Essa é a tradição histórica
desses meios, criam fatos, antes era
subversão, agora, corrupção e moralização. Não têm autoridade para
estabelecer normas e regras éticas.
Não saia, Sarney!"
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)
"Patética a coluna que o ex-presidente José Sarney escreveu em
26/6 ["A mulher no islã", Opinião].
Em meio a uma das maiores crises
institucionais e políticas do Senado, cercado por uma tempestade de
denúncias de privatização, benesses, conluios e mau uso da estrutura pública, amparado por funcionários acusados dos mesmos atos, o
sr. Sarney refugia-se em comentar
a situação da mulher nas eleições
iranianas e detalhes pitorescos de
sua passagem pelo país."
FRANCISCO FLÁVIO HORTA BRETAS (Belo Horizonte, MG)
Partidos e empresas
"Li com preocupação uma fala sobre a dependência de partidos brasileiros de oposição em relação ao
apoio de empresários. É claro que
esse apoio é legítimo, mas, sendo o
único, pode transformar aqueles
partidos em porta-vozes do grupo.
Sugiro maior empenho dos partidos de oposição no sentido de atrair
grupos sociais diversificados. Numa democracia, oposição e diversidade social dos grupos representados são condições políticas muito
importantes para o bom funcionamento das instituições."
MARCOS SILVA, professor titular de metodologia da história na USP (São Paulo, SP)
Segurança
"Um discurso político e vazio o
texto do governador/candidato Aécio Neves ["Segurança, um novo paradigma", "Tendências/Debates",
28/6].
Equipar a polícia, copiar modelos, montar oficinas profissionalizantes etc. é o único discurso que
ouvimos país afora como solução
para os problemas da segurança pública. Cariocas e paulistas conhecem bem essa "solução" dos problemas de segurança em seus Estados.
O que o governador Aécio esquece, como todos os outros governadores, é que a insegurança que hoje
nos afeta tem como causa a falta de
educação de nossas crianças. Crianças que serão pais criminosos de filhos sem escola, sem educação e
sem futuro. O ciclo irá se repetir."
LUIZ CARLOS DA FONSECA (São José dos Campos,
SP)
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