São Paulo, segunda-feira, 29 de junho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Lula
"Quem no Brasil, nascido antes da virada do século, nunca ouviu a expressão sobre um certo político: "Fulano rouba, mas faz". Agora, na Folha de 27/6, vemos o presidente Lula reclamando de denuncismo e da falta de atenção às coisas boas. Isso, vindo de um fervoroso militante da perseguida esquerda nacional, é no mínimo deprimente. Ora, presidente, és eternamente responsável por aquilo que cativas."
FRANCO CALDIERARO (São Paulo, SP)

Michael Jackson
"Parabéns, João Marcello Bôscoli, pelo melhor artigo escrito sobre a morte do artista até então ["A morte mais lenta da história do showbizz", Especial, 26/6], inspirado nada mais, nada menos, no genial Carl Jung. E lamentável o texto de Paulo Ricardo ["Obra-prima, "Thriller" custou a vida de Michael'], próprio de frustrados com a sua condição. A teoria do inconsciente coletivo de Jung explica a contradição que vive o verdadeiro artista: o conflito existencial entre o "homem comum", que somos todos nós, e o "homem coletivo", que devolve à raça humana a sua obra de arte, e a glorifica. Foi o "homem comum" que morreu com todas as suas idiossincrasias. O "verdadeiro artista" fica para sempre."
ANA ELISABETH HELINSKY BARBOSA (São Paulo, SP)

Pecuária e Amazônia
"Ofendeu muita gente o presidente dos exportadores de carne, Roberto Giannetti da Fonseca, em sua tentativa de justificar os estragos da pecuária na Amazônia ("Meio ambiente e alimentos, juntos para sempre", "Tendências/Debates", 27/6). Rotulou de exóticos todos os que tinham consciência ambiental nos anos 70 e 80, fossem cientistas ou ativistas. Talvez um mero lapso provocado por sua falta de consciência sobre o grau de exotismo da espécie bovina naqueles ecossistemas. Mas que acabou gerando um argumento demasiadamente parecido com o dos intelectuais escravocratas que também acusavam de exóticos os pioneiros do abolicionismo."
JOSÉ ELI DA VEIGA (São Paulo, SP)

"Gostaria de não apenas parabenizar o artigo, gostaria de adicionar dois paralelos históricos. O Brasil é o que é, temos o tamanho que temos, desde o tempo em que o Tratado de Tordesilhas não foi respeitado, em que Rio Branco expandiu o território e, entre tudo isso, o Brasil lutou com franceses e holandeses, separatistas. O outro paralelo: cada país tem seu ponto fraco e o forte. Nos EUA, que eu saiba, parte da mão de obra é ilegal, o sistema de saúde, um fracasso e o bancário, uma piada. Fraquezas no sistema existem, a Amazônia é sustentável, o Brasil é sustentável a indústria e a agroindústria ainda mais sustentáveis. Perfeitas? Não! Porém existe um grupo de empresários, trabalhadores, políticos sérios, na busca da maturidade. Vale lembrar: quando alguém compra uma roupa de grife na Quinta Avenida, um aspargo na Alemanha, um vinho na Itália, não sabe bem ao certo como toda a cadeia de suprimentos se formou."
PAULO REIMANN (Cotia, SP)

Telefônica
"A imparcialidade da Folha chega a irritar na reportagem "Telefônica apresenta plano para o Speedy" [Cotidiano, 27/6], pois fiquei sem saber se a Telefônica acha que o seu "oligopólio" no Speedy é um grande negócio ou um grande abacaxi que, segundo o próprio texto, cresce 30% ao ano."
CARLOS FERREIRA VILLARES (São Paulo, SP)

Silva Telles Júnior
"A morte de Goffredo da Silva Telles Júnior, jurista e ex-professor de direito da USP, entristece a todos nós e deixa o Brasil mais órfão, exatamente no momento em que o país vive uma grave crise de valores éticos e morais. Autor da famosa "Carta aos Brasileiros", documento em defesa do processo de abertura política em pleno regime autoritário, o professor Goffredo é um verdadeiro exemplo de coragem e humildade enquanto cidadão e homem de convicções democráticas inabaláveis. Que a sua trajetória de vida possa servir de referência a todos aqueles que hoje atuam no Executivo, no Legislativo e, principalmente, no Judiciário brasileiro."
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

Sarney
"O argumento do presidente do Senado de que é vitima de uma "campanha midiática" porque apoia o governo Lula é risível. Sarney não apoia o governo Lula. Sarney apoia o governo, qualquer que seja ele."
LEÃO MACHADO NETO (São Paulo, SP)

"É bem nítida a razão dessa campanha moralista e denuncista dos meios de oposição contra Sarney: colocar na presidência do Senado Federal Marconi Perillo, do PSDB (seu substituto). Ou seja, querem ganhar o cargo no grito, ou melhor, no golpe. Essa é a tradição histórica desses meios, criam fatos, antes era subversão, agora, corrupção e moralização. Não têm autoridade para estabelecer normas e regras éticas. Não saia, Sarney!"
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

"Patética a coluna que o ex-presidente José Sarney escreveu em 26/6 ["A mulher no islã", Opinião]. Em meio a uma das maiores crises institucionais e políticas do Senado, cercado por uma tempestade de denúncias de privatização, benesses, conluios e mau uso da estrutura pública, amparado por funcionários acusados dos mesmos atos, o sr. Sarney refugia-se em comentar a situação da mulher nas eleições iranianas e detalhes pitorescos de sua passagem pelo país."
FRANCISCO FLÁVIO HORTA BRETAS (Belo Horizonte, MG)

Partidos e empresas
"Li com preocupação uma fala sobre a dependência de partidos brasileiros de oposição em relação ao apoio de empresários. É claro que esse apoio é legítimo, mas, sendo o único, pode transformar aqueles partidos em porta-vozes do grupo. Sugiro maior empenho dos partidos de oposição no sentido de atrair grupos sociais diversificados. Numa democracia, oposição e diversidade social dos grupos representados são condições políticas muito importantes para o bom funcionamento das instituições."
MARCOS SILVA, professor titular de metodologia da história na USP (São Paulo, SP)

Segurança
"Um discurso político e vazio o texto do governador/candidato Aécio Neves ["Segurança, um novo paradigma", "Tendências/Debates", 28/6]. Equipar a polícia, copiar modelos, montar oficinas profissionalizantes etc. é o único discurso que ouvimos país afora como solução para os problemas da segurança pública. Cariocas e paulistas conhecem bem essa "solução" dos problemas de segurança em seus Estados. O que o governador Aécio esquece, como todos os outros governadores, é que a insegurança que hoje nos afeta tem como causa a falta de educação de nossas crianças. Crianças que serão pais criminosos de filhos sem escola, sem educação e sem futuro. O ciclo irá se repetir."
LUIZ CARLOS DA FONSECA (São José dos Campos, SP)

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