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Editoriais
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Começo confuso
FOI MARCADO por transtornos
o primeiro dia de restrição
aos ônibus fretados na cidade São Paulo. Vias importantes
para o tráfego foram interditadas
por protestos. É preciso admitir
que a ideia de impor regras à circulação desses veículos, em si
correta, não foi bem aplicada.
Faltou planejamento e algumas
decisões terão de ser revistas.
O veto ao tráfego de ônibus
contratados para transportar
pessoas que trabalham numa
mesma empresa ou numa mesma região da cidade vale de segunda a sexta, das 5h às 21h, numa área de 70 km2. A restrição
inclui pontos de grande movimentação, como as avenidas
Paulista, Brigadeiro Faria Lima e
Luiz Carlos Berrini.
As principais falhas foram a escolha de locais inadequados para
embarques e desembarques e a
incapacidade do sistema público, já saturado, de absorver a nova demanda em horários de pico.
Ainda é cedo para avaliar de
forma conclusiva o impacto da
restrição sobre o trânsito -que
deveria, em tese, se beneficiar da
medida, não apenas no que se refere à fluidez mas também ao
respeito à ordem. Sabe-se que o
crescimento do uso de fretados
ocorreu de maneira desordenada, com paradas aleatórias e estacionamento dos veículos em
locais impróprios.
É bom lembrar que a diminuição dos congestionamentos não
beneficia só os automóveis.
Também o transporte coletivo
torna-se menos moroso. A medida adotada em São Paulo não
pretende ser uma solução para
os graves problemas da rede pública -apenas enfoca um aspecto importante. Cabe à prefeitura,
nos próximos dias, acompanhar
os resultados e mudar as regras
se for necessário.
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