São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2007 |
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CPMF "A negociação em torno da prorrogação da CPMF é uma nova versão do mensalão. Um escândalo nas mesmas proporções de tantos outros gerados nesse governo. A prorrogação da CPMF é um subproduto dessa indústria de escândalos com selo de garantia atestado pelo fabricante, o governo Lula." FRANCISCO RIBEIRO MENDES (Brasília, DF)
Aborto "O governador Sérgio Cabral traduziu muito bem e sem hipocrisia o que penso há muito. Mas deveria ser mais abrangente e estender o que disse não só às favelas, mas ao Brasil inteiro. É elementar que um casal que vive abaixo da linha da pobreza, e cujo rendimento é ínfimo, tenha filhos às pencas, sabendo muito bem que não terá condições de dar-lhes comida, educação, cuidados com saúde e principalmente carinho: já nascem excluídos e sem perspectivas, jogando o ônus de tais nascimentos em cima da sociedade. Só interessa a pobreza à maioria dos políticos por causa dos currais eleitorais e aos religiosos pelos fiéis que angariam. Enquanto a classe média e as outras mais abastadas têm em média dois filhos, os que não podem nem com as calças colocam filhos no mundo como coelhos. Pena que São Paulo não tenha mais líderes para traduzir o pensamento da maioria do povo paulista e nem um governador corajoso como Sérgio Cabral, que abriu um importantíssimo debate sobre o tabu do aborto e do controle da natalidade." LUIZ CARLOS S. TEIXEIRA (Catanduva, SP) "Gostaria de perguntar ao governador Sérgio Cabral se ele sabe em que favela foram criados os indivíduos que, muito mais que os "marginais" que o preocupam, são responsáveis por grande parte daquilo que infelicita o nosso país. Em que precárias condições familiares cresceram os políticos do mensalão, ou os freqüentadores dos balcões de negócios escusos particulares ou oficiais? Por que situações de carência e abandono passaram os banqueiros que, sob uma "legalidade" comprada por seu poder financeiro, saqueiam diariamente os nossos bolsos? Que classe de miséria levou à delinqüência os empresários que fraudam concorrências públicas ou desrespeitam de todas as formas os consumidores? E os políticos que saqueiam os cofres públicos para amealhar milhões em paraísos fiscais, a quanta penúria e insegurança terão sido submetidos em sua triste e desamparada infância?" ZENON LOTUFO JR. (São Paulo, SP) "Gilberto Dimenstein está certo ao dizer, em "Aborto, crime e castigo", que violência e pobreza não guardam relação direta, haja vista os danos sociais dos criminosos engravatados. Contudo, concluir que o aborto deva fazer parte de um plano de segurança social é ato tão ou mais violento que a tortura. Segurança social com a prática criminosa de pôr fim à vida de um ser indefeso? Os fins justificam os meios?" TIAGO CINTRA ESSADO (Ribeirão Preto, SP)
Rio
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