São Paulo, quinta-feira, 29 de outubro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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STF e MST
"O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, está correto quando cobra a aplicação do aparato legal do Estado contra invasões e violência no campo patrocinados por setores do MST.
No entanto, estranhamente não comenta e não vem a público exteriorizar qual visão tem sobre os dados do Ministério do Trabalho que colocam a região Sudeste no topo do ranking de trabalhadores em situação de escravidão nas áreas de plantio e corte de cana ("Sudeste lidera o ranking de trabalho degradante", Brasil, 27/10). Ou seja, pela sua ótica, o pau que serve para Chico parece não servir para Francisco."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

Mercosul
"Diz o Protocolo de Ushuaia, que criou o Mercosul, em seu primeiro artigo: "A plena vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento dos processos de integração entre os Estados-parte deste protocolo".
E lá vai o governo Lula, que tem maioria para aprovar ou reprovar qualquer coisa na Comissão de Relações Exteriores, rasgar o protocolo e aceitar a Venezuela no bloco. As desculpas para a violação do tratado são as mais escabrosas e furadas: a Venezuela não pode ficar isolada; o Brasil faz grandes negócios com o país.
Ora, a recusa do ingresso no Mercosul de um país que está sob o mando de um tiranete teria por objetivo maior, justamente, forçar a redemocratização daquele país.
O Senado aceitará a Venezuela de Chávez no Mercosul apenas por uma razão: Lula quer assim. E o que Lula quer ele faz. Danem-se a lei, os acordos e o que mais esteja escrito.
O resto é conversa fiada dos Jucás que pretendem que acreditemos que o Legislativo ainda decide alguma coisa no Brasil."
MARIA CRISTINA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

 

"A ideia de que a entrada da Venezuela no Mercosul virá de alguma forma ajudar a frear o avanço da ditadura naquele país se assemelha ao raciocínio que tem a mulher que acredita que poderá mudar algumas características do homem após o casamento.
Se fizer vista grossa ao autoritarismo já em curso na Venezuela, o Brasil se comportará como uma autêntica "mulher de malandro"."
ANDRÉ PEDROSO (São Paulo, SP)

Padres casados
"No artigo "Entre Bento e Paulo" (Cotidiano, 24/10), o senhor Walter Ceneviva diz que a pedofilia será reduzida se padres tiverem liberdade para casar. Como é possível dizer uma coisa dessas? Não se pode compactuar com essa "confusão de expressão". Dito desse modo, até parece que todo padre é pedófilo e que só os padres o são.
Se o articulista quis defender a possibilidade de casamento para padres (com o que eu também concordo), foi infeliz na sua colocação. A Igreja Católica merece mais respeito."
LÍLIAN CRISTINA PILAN MENDONÇA (Botucatu, SP)

TV a cabo
"Em relação ao artigo "Final infeliz na TV a cabo" (Vitrine, 24/10), da colunista Maria Inês Dolci, esta agência esclarece que realiza periodicamente fiscalizações nas prestadoras de todos os serviços regulados, inclusive no segmento de TV por assinatura.
No entanto, está fora da competência legal da Anatel emitir juízo de valor a respeito do conteúdo veiculado pelas prestadoras de TV por assinatura. Ao contrário do que afirmou a colunista, a Anatel tem dedicado especial atenção aos direitos do consumidor, inclusive com a edição de um regulamento próprio para os usuários de TV por assinatura."
LAURO RUTKOWSKI , assessoria de imprensa da Anatel -Agência Nacional de Telecomunicações (Brasília, DF)

Liceu na cracolândia
"Congratulo-me com o jornalista James Cimino e com a Folha pela publicação da brilhante reportagem "Escola de Monteiro Lobato definha na cracolândia" (Cotidiano, ontem).
O Liceu Coração de Jesus é um marco inconteste na educação e na cultura nacionais e não pode ser relegado a um plano secundário na história de nossa cidade.
Todos os que tivemos o prazer e a honra de estudar e trabalhar nessa renomada casa de dom Bosco estamos indignados com o descaso das autoridades em relação ao grande problema da deterioração urbana e humana que ocorre há tempos na região central de São Paulo.
Estamos fundando o movimento Viva Liceu para que continuemos a lutar por nossa escola.
Aguardamos muitas adesões de alunos, ex-alunos, pais e professores. Não entregaremos os pontos!
Num país que se deseja grande, não se deixam educandários fecharem as suas portas."
WALTER NÚÑEZ MARTÍNEZ , professor aposentado do Liceu Coração de Jesus (São Paulo, SP)

 

"Parabéns pela reportagem sobre o Liceu Coração de Jesus.
Estudei nesse colégio de 1988 a 2001 e me orgulho muito da minha escola, pois lá não acumulei apenas conhecimento para passar no vestibular. O liceu me ensinou valores. Atualmente não vejo mais escolas com esse tipo de preocupação.
Fiquei muito triste por saber que talvez meu filho não terá o liceu para ensinar-lhe tudo o que eu aprendi e para viver tudo o que eu lá vivi."
RONAN KLOCKER GABARDO (São Paulo, SP)

Osesp
"Parabenizo a Folha pela reportagem "Preços de assinaturas para Osesp em 2010 sobem em até 70%" (Ilustrada, 27/10). Não há justificativa para esse aumento de preços, feito muito acima da inflação, em tempos pós-crise e justamente quando a Osesp apenas começa a cumprir o seu papel de divulgadora da música erudita em nossa cidade.
Seria mais correto obter receita com os recentes arrendamentos dos espaços da Sala São Paulo (os cafés, por exemplo) para clientes VIP de certos bancos nos concertos -espaços que antes eram acessíveis a todos os assinantes e frequentadores da sala.
Essa política de elitização da Sala São Paulo e da Osesp é retrógrada e vai na contracorrente da busca por música e cultura em nossa cidade.
Após seis anos assinando a Osesp, creio que é hora de, infelizmente, despedir-me dela."
PAULO NOGUEIRA , professor universitário (Carapicuíba, SP)

Museus
"Em relação ao editorial "O papel dos museus" (Opinião, 26/10), concordamos que as instituições museológicas precisam ter melhores condições para acolher grandes obras, como as de Hélio Oiticica, Ligia Clark, Di Cavalcanti e Portinari, e que, realmente, os recursos para o setor ainda são insuficientes. Mas não se pode negar que um conjunto de ações vem dando novo fôlego às instituições de memória.
Desde a implantação da Política Nacional de Museus, no ano de 2003, houve uma expressiva ampliação nos investimentos destinados ao setor -de R$ 24 milhões em 2003 para R$ 119,5 milhões em 2008-, o que possibilitou a consolidação de ações fundamentais para o desenvolvimento dos museus."
JOSÉ DO NASCIMENTO JÚNIOR , presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ministério da Cultura (Brasília, DF)

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