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São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Brasil e sua gente
"Apenas gostaria de assinalar, na condição de leitora -e brasileira-, a minha satisfação ao ler, na quinta-feira passada, nas páginas da Folha, o artigo da ministra Marina Silva ("Uma nova maneira de caminhar", "Tendências/Debates", pág. A3). De seu texto transpira uma impressionante e emocionante lucidez a respeito do Brasil e de sua gente -e da causa que tão dignamente abraçou, a defesa do ambiente."
Leandra Jones Caccavale (São Paulo, SP)

Pessimismo
"Gostaria que o ministro Antonio Palocci Filho fosse dizer aos milhões de pais e mães desempregados que "só é pessimista quem quer"."
Bernardo Alves Furtado (Belo Horizonte, MG)

Legais e possíveis
"Zilda Arns, ao analisar em seu artigo a prevenção à violência ("Como prevenir a violência dos adolescentes", "Tendências/Debates", 26/11), traça um quadro atual sobre questões pouco discutidas, como os cuidados com a gestante, com o bebê e com a criança, além de tratar da importância da convivência familiar e comunitária e da educação infantil. Ela aponta caminhos legais e possíveis para melhorar a qualidade de vida de nossas crianças e adolescentes."
Silvia Daffre, conselheira consultiva da Fundação Abrinq (São Paulo, SP)

Orçamento paulistano
O vereador Odilon Guedes ataca com mentiras a administração de Paulo Maluf na Prefeitura de São Paulo ("Painel do Leitor", pág. A3, 28/11). Odilon Guedes, só para lembrar, ocupou criminosamente, ao mesmo tempo, três cargos públicos remunerados durante a administração petista. Simultaneamente foi vereador, membro do conselho fiscal da Anhembi Turismo e membro do conselho fiscal da Prodam -Companhia de Processamento de Dados do Município. Ante a ilegalidade, a Justiça obrigou-o a devolver o dinheiro indevidamente recebido. A dívida da cidade no governo Maluf, vinda de administrações anteriores, aumentou apenas porque sobre ela incidiram juros abusivos impostos pelo governo federal. A avenida Água Espraiada, propriamente dita, custou R$ 77 milhões. E as demais despesas ligadas à obra foram feitas com desapropriações, construção de um piscinão (seis vezes maior que o da avenida Pacaembu), canalização do córrego Água Espraiada, construção de uma estação de bombeamento de água no rio Pinheiros, construção de pontilhões e viadutos, remanejamento de interferências no local da Eletropaulo, da Telesp (hoje Telefonica) e da Comgás e remoção dos 40 mil moradores da favela Água Espraiada, que saíram dali, sem um só acidente, para prédios do Projeto Cingapura ou para casas da Cohab. É estranho que Odilon Guedes não mencione a reportagem "Marta gasta 77% de crédito válido até 2030", publicada pela Folha em 23/11 (pág. A11), que sinaliza como está, agora, a situação financeira do município. Sem aumentar impostos e sem criar taxas, Maluf construiu e recuperou em sua administração 700 escolas, entregou 20 mil apartamentos pelo Projeto Cingapura, ampliou a avenida Faria Lima, construiu a avenida Água Espraiada, a avenida Jacu-Pêssego, oito túneis, o complexo viário do Sacomã, dez corredores e terminais de ônibus, elevou o número de creches novas e conveniadas e implantou o programa Leve Leite, que reduziu drasticamente a evasão escolar na cidade. Por tudo isso, em pesquisa Datafolha publicada em 8/3/1999, mais de dois anos depois de ter deixado a prefeitura, Maluf foi considerado o melhor prefeito da cidade nos últimos 13 anos a partir daquela data."
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

 

"O saneamento das finanças e a renegociação da dívida de São Paulo, feitos pelo ex-prefeito Celso Pitta, permitiram que a prefeita Marta Suplicy tivesse, já em janeiro de 2001, R$ 500 milhões aplicados no mercado financeiro. Esse montante subiu para R$ 1 bilhão ao longo do ano, resultado do superávit orçamentário de R$ 1,2 bi deixado por Pitta, como mostra o primeiro balanço publicado pela atual administração. Portanto, a prefeita Marta Suplicy não precisava estar pagando nada de Pitta em 2004, como informou o vereador Odilon Guedes em sua carta ao "Painel do Leitor" em 28/11. Mas a prefeita, fato que o vereador omite e não explica, preferiu, entre outras coisas, torrar o dinheiro disponível na contratação de mais de 20 mil novos funcionários e fazer três "trens da alegria", triplicando a folha de pagamento da prefeitura, além de gastar mais de R$ 150 milhões em publicidade. Resultado: o balanço da prefeitura em 2002 registrou um déficit de R$ 276 milhões. A dívida histórica do município, renegociada por Pitta, foi feita por todas as administrações que governaram a cidade, inclusive pela administração do PT da prefeita Luiza Erundina, que é responsável pela emissão de 50% dos títulos para pagamentos de precatórios. Pitta não emitiu nenhum título e não fez um centavo de dívida, só pagou a dos outros. Por fim, o vereador não explica como o R$ 1 bilhão de saldo de caixa herdado da administração Pitta virou uma dívida de R$ 486 milhões até outubro -conforme a própria prefeitura informou ao jornal "Diário de S. Paulo" (edição de 25/11)- nem bem a prefeita terminou o seu terceiro ano de governo, apesar de ter criado várias taxas e o IPTU progressivo."
Antenor Braido, secretário de Comunicação da gestão Celso Pitta (São Paulo, SP)

Maioridade
"Afinal, o que é maioridade? Não passa de um número estipulado por nós. Número 18. Às vezes dá a impressão de que se trata de uma regra determinada por Deus e que seria "imexível". Que país é este? Estamos na era da internet. Nunca a informação -assim como a maturidade- correu tão rápido. Houve tempos em que os casamentos eram realizados com adolescentes de 12 anos. Mulheres com 18, 20 anos "ficavam para tia". No entanto hoje, com toda razão, quem mantiver relações com uma garota dessa idade é criminoso. Tudo nesse país é proibido ou anticonstitucional. Quem faz as leis somos nós, e nós podemos definir um novo número para essa tal maioridade. Afinal é apenas um número que tem de acompanhar a evolução do tempo. Chega de coisas ridículas, como disse o nobre e respeitado senador Suplicy -"a solução não é baixar a maioridade, e sim distribuir melhor a renda". Quem não sabe disso? Estou farto de frases abstratas e demagógicas. Temos de tomar providências urgentes! Acho engraçado falarem que "isso não vai adiantar". Será que não mesmo? Quem pode garantir? Por que não tentar?"
Paulo Avancini (São Paulo, SP)

Generosidade
"Gostaria de parabenizar Paulo Sérgio Pinheiro pela generosidade que teve com o rabino Sobel em seu artigo "Bandeira rota" ("Tendências/Debates", 28/11). Homem brilhante, com excepcionais serviços prestados dentro e fora da comunidade judaica, Henry Sobel deveria ser tratado com mais respeito em um momento que fez um pronunciamento infeliz, retratando-se em seguida. Os que invejam a dignidade e a coragem do rabino podem recolher suas armas."
Teeve Rabinovici (São Paulo, SP)


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