São Paulo, sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Defensoria
"Impressionante a reportagem "OAB faz lobby para restringir direito à defesa gratuita" (Cotidiano, ontem). O critério de atendimento da Defensoria Pública -máximo de três salários mínimos como renda familiar- deve levar em conta a necessidade da população carente, que tem extrema dificuldade de acessar a justiça e de exercitar os seus direitos, e não o interesse dos advogados particulares de obter clientes e honorários, que, apesar de legítimo, não se sobrepõe ao valor de democratização da justiça.
A advocacia é função nobre, que merece boa remuneração. Inclusive os advogados que atuam no convênio entre OAB e Defensoria para a prestação de assistência jurídica gratuita mereceriam melhor remuneração.
Contudo, enquanto o Estado de São Paulo investir menos de 1% do orçamento do sistema de justiça na Defensoria Pública, não haverá espaço para correção da situação, pois o convênio consome hoje quatro vezes mais recursos do que a própria estrutura da Defensoria.
O pobre é quem não deve, mais uma vez, pagar por isso."
JULIANA GARCIA BELLOQUE, presidente da Associação Paulista de Defensores Públicos (São Paulo, SP)

Reflexão
"São imperdíveis os textos de ontem "O luxo e o trabalho do artesão", de Contardo Calligaris (Ilustrada), e "Dinheiro: modo de usar", de Rosely Sayão (Equilíbrio). São excelentes reflexões educativas.
As novas gerações parecem não reconhecer o que demanda a manufatura de qualquer item de consumo. Já encontram tudo pronto nas gôndolas das lojas e, incentivados pelo consumismo ilimitado, apenas lutam para adquiri-los e descartá-los diante das novidades.
Sem o exercício da reflexão e da gratidão diária, nossos filhos não verão diferença entre um abraço caloroso de um amigo e um aperto de mão comercial."
DORALICE ARAÚJO (Curitiba, PR)

Terreno minado
"Ahmadinejad condiciona o diálogo do Irã com os EUA à aceitação, pelo presidente Obama, de suas vontades, ou seja, o fim do apoio a Israel e a retirada das tropas norte-americanas estacionadas em diversos países. Para quem sabe ler, o presidente iraniano diz ao mundo que não quer conversar com os EUA e faz o que o mundo sério deveria ver como uma blague.
E assim a humanidade continua a caminhar em "terrenos minados"."
SIMÃO PEDRO MARINHO (Belo Horizonte, MG)

Educação sexual
"Em que pese o estilo um tanto agressivo, Luiz Felipe Pondé tem momentos de grande lucidez ao criticar a educação sexual em escolas (Ilustrada, 26/1). De fato, como esperar que crianças e adolescentes sejam educados em matéria tão delicada, na qual o mais importante não é a técnica ou o "como", mas, sim, a razão ou o "por quê"? Ninguém precisa ensinar um pato a nadar: basta jogá-lo na água."
JOSÉ LUIZ BELDERRAIN (São José dos Campos, SP)

Educação
"Em relação à reportagem "Escolas com e sem verbas têm notas parecidas" (Cotidiano, 26/1), digo que sou testemunha de que os baixos salários e as precárias condições de trabalho afastam muitos bons educadores do magistério e dificultam aos que permanecem nas escolas investir na própria formação.
Redes de ensino que oferecem melhores salários e melhores condições de trabalho contribuem para a valorização da carreira no longo prazo e para o investimento individual na própria formação.
É fato que mais importante do que o volume investido na educação é o uso que se faz dele. Mas isso não nos permite concluir que devamos optar pela redução dos investimentos e nos contentar com os resultados pífios que o país tem alcançado em avaliações."
CAMILA SCRAMIM, coordenadora de projetos para educadores de escolas públicas do Instituto Paidéia (São Paulo, SP)

Abdelmassih
"Em relação aos fatos envolvendo o doutor Roger Abdelmassih, dois aspectos podem auxiliar a esclarecer as dúvidas: 1) sempre que há um procedimento médico, anestésico ou não, envolvendo um médico e uma paciente, há a obrigatoriedade da presença de uma enfermeira acompanhando a sua execução, testemunha importante; 2) o médico anestesista e o serviço de enfermagem devem fazer o relatório de intercorrências havidas, importantes para a avaliação e eventual restrição quanto ao uso de medicamentos, de importância para o laboratório fabricante e de valor legal para averiguação dos fatos invocados."
HELEN MURALHA, médica ginecologista e obstetra (Curitiba, PR)

 

"Devido às menções sobre o anestésico Diprivan (propofol), a AstraZeneca alerta que reações adversas de qualquer medicamento precisam ser analisadas de forma completa e contextualizada.
Como toda medicação, o propofol pode desencadear eventos adversos e, por isso, deve ser administrado por um médico capacitado. Entre as reações, de fato foi registrada a chamada desinibição sexual, porém esta é classificada como "muito rara" e com uma taxa de incidência menor do que 1 para cada 10 mil pacientes.
Desde a sua aprovação, em 1989, a segurança e a eficácia do propofol nos procedimentos anestésicos podem ser comprovadas pela extensa literatura científica e pelo seu amplo uso, que é restrito a ambientes hospitalares autorizados."
SERGIO POMPILIO, diretor de Comunicação Corporativa da AstraZeneca do Brasil (Cotia, SP)

Satiagraha
"Em relação a reportagem "Brasil quer dividir R$ 4,7 bi de Dantas com três países" (Brasil, 24/1), o Opportunity reafirma o que segue: A operação Satiagraha foi marcada por ilegalidades, abuso de poder, falsa imputação de crimes, uso ostensivo da mídia, vazamento de informações e uso da força policial a serviço de interesses privados.
As acusações contra o Opportunity Fund foram julgadas improcedentes pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.
Sob a gestão dos fundos CVC/ Opportunity, as empresas privatizadas estavam entre as mais sólidas do país. Em 2004, a Standard and Poor's considerou o risco da Brasil Telecom melhor que o do Brasil. A Telemig ostentava o melhor Ebitda (margem operacional) do setor.
O Opportunity Asset Management é destaque por sua rentabilidade. Quem aplicou US$ 10 mil no Opportunity Lógica II FIA em 1986 registrava, até dezembro de 2008, US$ 7,4 milhões. No mesmo período, quem investiu no Ibovespa detinha US$ 74 mil dólares."
ELISABEL BENOZATTI, assessoria de comunicação do Opportunity (São Paulo, SP)

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