|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Fidelidade
"Eleitor brasileiro, vamos fazer
um grande movimento para que
produza de imediato seus efeitos o
parecer do Tribunal Superior Eleitoral que estabelece a perda de
mandato para quem trocou de partido após ser eleito.
A medida vem em boa hora e pode acabar com esse bandalheira
oportunista de nossos políticos, que
dão uma banana ao eleitor e mudam para o partido que lhe oferece
maiores vantagens -inclusive econômicas, porque muitas vezes as
trocas incluem nomeações para
cargos e outras benesses.
O mandato sempre foi do partido.
O cálculo do número de cadeiras
que um partido vai ocupar numa
Casa Legislativa não é feito pela soma dos votos que esse partido obteve dividido pelo quociente eleitoral? Então faz tempo que todos sabemos que o mandato é do partido."
JOSÉ HENRIQUE TEIXEIRA (Jaú, SP)
"Decepcionante, para dizer o mínimo, o editorial "Barafunda eleitoral" (Opinião, pág. A2, 29/3), a começar pela premissa, totalmente
equivocada, de que o Tribunal Superior Eleitoral estaria incidindo
em "legislate from the bench" ao pôr
fim a essa promiscuidade eleitoral
que mancha e contamina a nossa
democracia.
Perguntaria ao infeliz editorialista: qual cidadão esclarecido deste
país teria dúvidas quanto ao caráter
exclusivamente fisiológico -e, portanto, contrário ao interesse público- do troca-troca entre partidos?
Parabéns aos ministros do TSE e
pêsames à Folha pela disparatada
manifestação."
LUIZ CARLOS DE REZENDE (Brasília, DF)
"Enquanto os partidos lutam para reaver vagas perdidas, não seria
bom o TSE estabelecer também
que, em casos de cassação ou de renúncia para evitar processos de cassação, a vaga não mais pertencerá
ao partido?"
JOSÉ CARLOS GODOY (Campinas, SP)
Racismo
"Solicito a gentileza de fazer
constar deste "Painel do Leitor" retificação de frase que eu teria dito,
publicada na edição de 28/3 (Brasil, pág. A9), a respeito da reportagem "Ministra diz que o racismo de
negro contra branco é natural".
Como minha declaração foi feita
por telefone, talvez não tenha sido
plenamente entendida pela repórter deste conceituado jornal. A frase
que consta da reportagem é a seguinte: "Toda vez que alguém faz
restrição a uma pessoa ou a um grupo é racismo". Na verdade, o que eu
afirmei foi: "Toda vez que alguém
faz restrição a uma pessoa ou a um
grupo com base em suas características "raciais", é racismo"."
JOÃO BAPTISTA BORGES PEREIRA, professor do Departamento de Antropologia da FFLCH-USP (São
Paulo, SP)
Emendas
"Foi com enorme surpresa e espanto que vimos o nome do município de Bocaina (SP) "lançado" no
meio na reportagem "Turismo é a
pasta que mais cresceu sob Lula"
(Brasil, 27/3), de Gustavo Patu.
Diz o texto: "(...) o ministério se
tornou um destino preferencial das
obras paroquiais que deputados e
senadores incluem na lei orçamentaria, geralmente a pedido de prefeitos". "(...) Destinado a patrocinar
obras de infra-estrutura turística, o
programa é de uma versatilidade
que faz jus a seu nome fantasia. Na
rubrica cabem R$ 150 mil para uma
ciclovia em Bocaina (SP), R$ 2,4
milhões para um complexo de artesanato (...)".
Conceituado e competente, o jornalista Gustavo Patu aparentemente "pinçou" o nome de Bocaina em
alguma lista do ministério sem
atentar para o destino completo
dos recursos.
Por isso, a Prefeitura de Bocaina
esclarece o seguinte:
Os R$ 150 mil de emenda do deputado Jeferson Campos (PTB), de
2006, são para para a construção de
uma rotatória na entrada da cidade,
uma ciclovia, beneficiando 900 empregados das indústrias de couro
(Distrito Industrial), e duplicação
da SP-255/148.
Não se trata, absolutamente, no
caso de Bocaina, de "obras paroquiais que deputados e senadores",
mas, sim, de realização concreta de
benefícios à população."
JOÃO HENRIQUE VIEIRA DE AZEVEDO, assessoria de
imprensa da Prefeitura de Bocaina (Bocaina, SP)
Greenpeace
"A reportagem "Fundador do
Greenpeace defende energia nuclear" (Dinheiro, 27/3) incita o leitor à confusão. O Greenpeace foi, é
e sempre será contra usinas e armas nucleares. Aliás, a história do
Greenpeace começou em 1971 com
uma atividade contra a realização
de testes nucleares pelos Estados
Unidos nas ilhas Aleutas, no Alasca.
O verdadeiro fundador do Greenpeace foi Bob Hunter, que sempre
lutou contra programas nucleares.
Patrick Moore foi colaborador do
Greenpeace e, ao sair da organização, passou a prestar consultoria
paga para empresas que fornecem
produtos/serviços para a indústria
nuclear. Não tem, portanto, isenção
comercial e moral para defender a
energia nuclear.
O Greenpeace, ao contrário de
Moore, não aceita doações de empresas, governos e partidos políticos -como forma de manter sua
independência. Nossas atividades
são financiadas principalmente por
pessoas físicas. Pequena parte dos
recursos é proveniente de licenciamento de marca e outra pequena
parte vem de fundações não-corporativas."
GLADIS ÉBOLI, diretora de Comunicação do
Greenpeace Brasil (São Paulo, SP)
Estado
"Quero registrar meu protesto
em relação aos três primeiros parágrafos do artigo de Clóvis Rossi de
27/3 ("Estatizar o Estado", Opinião).
Considero as idéias do colunista
preconceituosas quanto aos países
em desenvolvimento, pois ele desvaloriza e esculhamba as conquistas de nações como a Colômbia, que
estão mais próximas da nossa realidade. O fato de o país viver numa situação complicada em relação à
violência não significa que não existam iniciativas louváveis de busca
de superação dessa situação que
mereçam ser conhecidas e mais
bem compreendidas por nós, que
também estamos imersos numa situação de violência multicausal difícil de ser debelada.
Penso que os três governadores
que foram a Bogotá mereçam os
nossos aplausos e o nosso desejo de
que aproveitem bem essas experiências nas suas gestões."
VERA ROLIM (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Renato Dagnino: O discurso de Lula sobre ciência e tecnologia
Próximo Texto: Erramos Índice
|