São Paulo, sexta-feira, 30 de março de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Fidelidade
"Eleitor brasileiro, vamos fazer um grande movimento para que produza de imediato seus efeitos o parecer do Tribunal Superior Eleitoral que estabelece a perda de mandato para quem trocou de partido após ser eleito. A medida vem em boa hora e pode acabar com esse bandalheira oportunista de nossos políticos, que dão uma banana ao eleitor e mudam para o partido que lhe oferece maiores vantagens -inclusive econômicas, porque muitas vezes as trocas incluem nomeações para cargos e outras benesses.
O mandato sempre foi do partido.
O cálculo do número de cadeiras que um partido vai ocupar numa Casa Legislativa não é feito pela soma dos votos que esse partido obteve dividido pelo quociente eleitoral? Então faz tempo que todos sabemos que o mandato é do partido."
JOSÉ HENRIQUE TEIXEIRA (Jaú, SP)

"Decepcionante, para dizer o mínimo, o editorial "Barafunda eleitoral" (Opinião, pág. A2, 29/3), a começar pela premissa, totalmente equivocada, de que o Tribunal Superior Eleitoral estaria incidindo em "legislate from the bench" ao pôr fim a essa promiscuidade eleitoral que mancha e contamina a nossa democracia.
Perguntaria ao infeliz editorialista: qual cidadão esclarecido deste país teria dúvidas quanto ao caráter exclusivamente fisiológico -e, portanto, contrário ao interesse público- do troca-troca entre partidos? Parabéns aos ministros do TSE e pêsames à Folha pela disparatada manifestação."
LUIZ CARLOS DE REZENDE (Brasília, DF)

"Enquanto os partidos lutam para reaver vagas perdidas, não seria bom o TSE estabelecer também que, em casos de cassação ou de renúncia para evitar processos de cassação, a vaga não mais pertencerá ao partido?"
JOSÉ CARLOS GODOY (Campinas, SP)

Racismo
"Solicito a gentileza de fazer constar deste "Painel do Leitor" retificação de frase que eu teria dito, publicada na edição de 28/3 (Brasil, pág. A9), a respeito da reportagem "Ministra diz que o racismo de negro contra branco é natural".
Como minha declaração foi feita por telefone, talvez não tenha sido plenamente entendida pela repórter deste conceituado jornal. A frase que consta da reportagem é a seguinte: "Toda vez que alguém faz restrição a uma pessoa ou a um grupo é racismo". Na verdade, o que eu afirmei foi: "Toda vez que alguém faz restrição a uma pessoa ou a um grupo com base em suas características "raciais", é racismo"."
JOÃO BAPTISTA BORGES PEREIRA, professor do Departamento de Antropologia da FFLCH-USP (São Paulo, SP)

Emendas
"Foi com enorme surpresa e espanto que vimos o nome do município de Bocaina (SP) "lançado" no meio na reportagem "Turismo é a pasta que mais cresceu sob Lula" (Brasil, 27/3), de Gustavo Patu.
Diz o texto: "(...) o ministério se tornou um destino preferencial das obras paroquiais que deputados e senadores incluem na lei orçamentaria, geralmente a pedido de prefeitos". "(...) Destinado a patrocinar obras de infra-estrutura turística, o programa é de uma versatilidade que faz jus a seu nome fantasia. Na rubrica cabem R$ 150 mil para uma ciclovia em Bocaina (SP), R$ 2,4 milhões para um complexo de artesanato (...)".
Conceituado e competente, o jornalista Gustavo Patu aparentemente "pinçou" o nome de Bocaina em alguma lista do ministério sem atentar para o destino completo dos recursos.
Por isso, a Prefeitura de Bocaina esclarece o seguinte: Os R$ 150 mil de emenda do deputado Jeferson Campos (PTB), de 2006, são para para a construção de uma rotatória na entrada da cidade, uma ciclovia, beneficiando 900 empregados das indústrias de couro (Distrito Industrial), e duplicação da SP-255/148.
Não se trata, absolutamente, no caso de Bocaina, de "obras paroquiais que deputados e senadores", mas, sim, de realização concreta de benefícios à população."
JOÃO HENRIQUE VIEIRA DE AZEVEDO, assessoria de imprensa da Prefeitura de Bocaina (Bocaina, SP)

Greenpeace
"A reportagem "Fundador do Greenpeace defende energia nuclear" (Dinheiro, 27/3) incita o leitor à confusão. O Greenpeace foi, é e sempre será contra usinas e armas nucleares. Aliás, a história do Greenpeace começou em 1971 com uma atividade contra a realização de testes nucleares pelos Estados Unidos nas ilhas Aleutas, no Alasca.
O verdadeiro fundador do Greenpeace foi Bob Hunter, que sempre lutou contra programas nucleares. Patrick Moore foi colaborador do Greenpeace e, ao sair da organização, passou a prestar consultoria paga para empresas que fornecem produtos/serviços para a indústria nuclear. Não tem, portanto, isenção comercial e moral para defender a energia nuclear.
O Greenpeace, ao contrário de Moore, não aceita doações de empresas, governos e partidos políticos -como forma de manter sua independência. Nossas atividades são financiadas principalmente por pessoas físicas. Pequena parte dos recursos é proveniente de licenciamento de marca e outra pequena parte vem de fundações não-corporativas."
GLADIS ÉBOLI, diretora de Comunicação do Greenpeace Brasil (São Paulo, SP)

Estado
"Quero registrar meu protesto em relação aos três primeiros parágrafos do artigo de Clóvis Rossi de 27/3 ("Estatizar o Estado", Opinião).
Considero as idéias do colunista preconceituosas quanto aos países em desenvolvimento, pois ele desvaloriza e esculhamba as conquistas de nações como a Colômbia, que estão mais próximas da nossa realidade. O fato de o país viver numa situação complicada em relação à violência não significa que não existam iniciativas louváveis de busca de superação dessa situação que mereçam ser conhecidas e mais bem compreendidas por nós, que também estamos imersos numa situação de violência multicausal difícil de ser debelada.
Penso que os três governadores que foram a Bogotá mereçam os nossos aplausos e o nosso desejo de que aproveitem bem essas experiências nas suas gestões."
VERA ROLIM (São Paulo, SP)

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