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FERNANDO RODRIGUES
11 candidatos
BRASÍLIA - Dois candidatos nanicos a presidente desistiram da disputa nos últimos dias. Se não houver nenhuma surpresa hoje, data final para escolha de nomes, 11 políticos vão concorrer ao Palácio do
Planalto no dia 3 de outubro.
Trata-se de um número grande,
mas não recorde. Em 1989, houve 21
postulantes. Na ressaca pós-Collor,
só oito se arriscaram. Em 1998,
eram 12. Aí veio a verticalização. Os
partidos ficaram obrigados a manter coerência entre as alianças nacionais e estaduais. Em 2002 e em
2006, disputaram o Planalto seis e
sete candidatos, respectivamente.
Com o fim da verticalização, a
eleição deste ano chegou a ter 13
candidatos pré-lançados. Nos últimos dias, Mário de Oliveira (PT do
B) e Ciro Moura (PTC) desistiram. O
PT do B subitamente decidiu apoiar
José Serra (PSDB). O PTC estava até
ontem à noite prestes a se coligar a
Dilma Rousseff (PT) ou a ficar sem
nome próprio na disputa.
Embora ainda por razões nebulosas e pouco explicadas, as saídas
de Oliveira e Moura arejam a disputa presidencial. Ambos eram nanicos com direito a participar de debates eleitorais na TV e no rádio.
Sem eles, os quatro encontros televisivos programados para o primeiro turno serão melhores -sobram
apenas cinco candidatos com qualificação legal para debater.
Do ponto de vista objetivo, até
agora, só três candidatos têm relevância eleitoral. Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva (PV). A presença dos nanicos é uma incógnita.
Terá de ser analisada com mais
ciência depois de meados de agosto, quando começa a propaganda
oficial em rádio e TV. Mesmo com
poucos segundos de exposição diária, eles fazem barulho.
Em 1998, eleição com número semelhante de nanicos, esses candidatos pouco expressivos tiveram
4,3% dos votos válidos. É pouco para ser eleito, mas neste ano pode ser
a diferença entre a eleição terminar
ou não no primeiro turno.
fernando.rodrigues@grupofolha.com.br
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