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NÃO À CORRUPÇÃO
O Brasil mostra exemplos claros de que está passando por
uma reforma de mentalidade, exigindo cada vez mais que os valores
éticos sejam respeitados na esfera da
vida pública. Mostra que não está conivente com a corrupção, e, por causa disso, as instituições estão sendo
obrigadas a apurar seus meios de
combate aos faltosos.
As investigações sobre corrupção
podem passar por senadores do Pará
ou de Brasília, por governadores do
Espírito Santo ou do Amazonas, pelos antigos administradores da cidade de São Paulo, por juízes ou por diretores de autarquias, por funcionários de qualquer escalão, não importa. Esse anseio moral leva também os
seus toques suprapartidários, os
quais precisam ser louvados e reconhecidos.
É um momento ainda de amadurecimento dos processos investigativos. Mas o que interessa é que não há
um clima inquisitorial, de caça às
bruxas, no país; há, sim, um clima de
depuração e de respeito ao princípio
maior da defesa.
Os mais céticos podem até dizer
que há ciclos que se repetem desde
tempos imemoriais: o cidadão exige
respeito aos princípios éticos durante um tempo, mas depois se esquece
deles e passa a exigir só resultados
administrativos. Os acontecimentos
indicam que não será mais assim. O
cidadão já vem pedindo há muito
que a corrupção seja combatida e
nem por isso demonstra apatia na
hora de exigir os resultados práticos.
É preciso enraizar de modo peremptório essa atitude no mundo
político pela condenação das pequenas transgressões do dia-a-dia. Cada
cidadão tem a obrigação de contribuir com o exemplo pessoal.
É importante afirmar sempre essa
disposição ética, para que ela entre
de modo definitivo no inconsciente
coletivo. Não há ingenuidade nisso,
por mais que os fatalistas reneguem.
Não se pode suportar mais -e não
interessa de quem- o "rouba, mas
faz" nem o "é assim porque todo
mundo rouba mesmo".
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