São Paulo, domingo, 30 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Palocci
"Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal perde uma oportunidade de resgatar sua plena credibilidade. A decisão em favor de Antonio Palocci Filho, sob o argumento de um julgamento técnico, nos recorda a lição do consagrado processualista Helio Tornaghi: "O mau juiz abusa do tecnicismo e assim desvirtua a justiça ou presta culto ao formalismo, que deve ser meio e não fim, garantia da aplicação correta da lei substantiva, e não o fantasma em que ela se sub-roga e que transforma a justiça em loteria"."
ANTONIO CARLOS DE SOUZA, advogado (Mirante do Paranapanema, SP)

 

"O bom juiz não se atém ao que está previsto na lei. Ele deve julgar, em cada caso, os fatos atenuantes e os agravantes. Ocorre que, no Brasil, os atenuantes estão sempre ao lado dos poderosos, enquanto que, para os pobres, que não têm bons advogados, prevalecem os agravantes. Não é somente a tabela do Imposto de Renda na Fonte que é regressiva. A Justiça também é." ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

 

"O STF em seus últimos julgamentos demonstrou claramente que a Justiça no Brasil é cega. Mas a imagem de Antonio Palocci fica como a de um vaso de vidro quebrado: jamais será a mesma."
ROBERTO TWIASCHOR (São Paulo, SP)

Bingos
"Na semana que vem a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara analisa a legalização dos bingos.
Na sua defesa os argumentos são sempre os mesmos: bilhões para os cofres públicos e empregos. Ampliam as promessas oferecendo 1% para cultura, 1% para esporte e 15% para saúde. E, para arrematar, prometem cadastrar os viciados, que serão proibidos de jogar. Um coquetel de farsa e hipocrisia. É notório o financiamento no mínimo suspeito dessa atividade. É notória a relação de crescimento da prostituição com o jogo. É notória a incapacidade de nossa fiscalização no comércio regular, imagine nessas casas onde o produto é a sorte. Sem controle do investimento e da receita, de que adiantam promessas?"
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

Pré-sal
"A exploração do pré-sal mal começou e a ganância pelos seus royalties, por parte de alguns governadores, jorra à superfície, com a alegação de impactos ambientais.
Da mesma forma deveríamos pagar pelos imensos impactos provocados pelas mineradoras, pela destruição de florestas, extinção de espécies animais e vegetais, poluição de rios e outros grandes desastres ambientais e sociais em todo o Brasil, justificados pelo "desenvolvimento", ao longo de séculos.
Na hipótese de termos alguns Estados mais ricos, graças ao petróleo, teríamos uma corrida dos mais pobres de outros Estados para o Eldorado, provocando mais favelização, violência e conflitos sociais. Como somos todos nós, brasileiros, que pagamos pela exploração do pré-sal, que ele não gere tanta discórdia num país já tão carente do sentido da coletividade e de participação de todos numa ceia em que não há filhos diletos e excluídos. Ou será que não somos mais uma Federação?"
VIRGÍNIA MARIA GONÇALVES (Londrina, PR)

Unasul
"Quem teve a oportunidade ver a foto de Primeira Página da Folha na qual os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Fernando Lugo (Paraguai) e Lula (Brasil) aparecem risonhos pode mesmo acreditar que estão tratando de assuntos sérios ou só passando férias em Bariloche à custa dos contribuintes?"
ANTONIO CARLOS PEREIRA (Batatais, SP)

Polícia
"Estive presente no evento em que o secretário da Segurança mencionou a expressão "inépcia e letargia", que ele encontrou na Polícia Civil ao assumir o cargo. A observação, tirada do contexto em que foi colocada, ganhou força diferenciada e acabou ficando com sentido distorcido, em termos de ofensa institucional, que não é feitio do secretário Antonio Ferreira Pinto.
Em sua fala, afirmou que espera da Polícia Civil o incremento de sua capacidade investigativa e mencionou erros que está reparando na Polícia Civil e na PM, na qual determinou a interrupção da feitura do termo circunstanciado e a exclusividade das escoltas policiais, reivindicações dos policiais civis. Deixou claro que não vai tolerar inépcia, corrupção e corpo mole na segurança. É o que também esperamos."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, coronel da reserva da Polícia Militar (São Paulo, SP)

 

"O secretário de Segurança acha que nossa polícia é inepta. As entidades da classe reagem negando esta situação. Agora só falta perguntar para o público, para aquele que paga uma das maiores cargas tributárias do planeta, o que ele, como usuário, acha deste serviço público. Quando um prestador de serviço realmente quer saber a qualidade daquilo que está realizando, ele pergunta ao usuário, ao consumidor. Este é um bom trabalho para o Datafolha."
FRANCISCO DE CARVALHO FILHO (São Paulo, SP)

Religião
"Não seguindo nenhuma denominação religiosa, somos isentos para chamar a atenção de que não cabe ao Poder Público determinar limites de remuneração para bispos, pastores, padres ou pais-de-santo. Chama-se a atenção para tal fato tendo em vista a questão da Igreja Universal e o patrimônio de seus dirigentes. Uma entidade religiosa tem poderes para determinar os valores que quiser dar como retribuição a seus integrantes, sem vínculo trabalhista. Cabe só a ela decidir, e os fiéis que não concordarem não contribuem ou saem da denominação. Esses mesmos religiosos podem fazer o que quiser com o dinheiro, até abrir negócios, comprar mansões ou Rolls-Royces. Empresas, contudo, como a Record, não são igreja e portanto pagam tributos como quaisquer outras."
HEITOR VIANNA P. FILHO (Araruama, RJ)

Drogas
"No artigo "Bola dividida" (Opinião, 28/8) Fernando Gabeira apontou alguns fatos relacionados à (falta de) política de enfrentamento da problemática das drogas na América Latina. Duas frases do texto são lapidares: "O debate sobre drogas sempre se baseou na ideia de legalizá-las ou não'; "Nesse nível de abstração, as pessoas sentem-se como se fossem donas da verdade".
Sabemos que o grande problema de drogas em nosso país é o alcoolismo. No entanto, quando se fala em drogas logo aparece a polêmica acima, que impede o debate que verdadeiramente importa. Neste sentido, é preciso se resgatar o decreto do presidente Lula, que criou a "Política Nacional sobre o Álcool", que até hoje não foi implantada."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

Vereadores
"Na quinta-feira foi aprovada, em comissão da Câmara dos Deputados, a proposta de emenda que aumenta em 7.000 o número de vereadores no Brasil. Não, minha gente, não é piada! O pessoal em Brasília acha que o que falta neste triste país é mais gente ganhando sem ter o que fazer além de trabalhar pela própria reeleição. E o sacrificado contribuinte que pague a conta!
Agora fica claro por que estão insistindo tanto em uma nova CPMF."
SILVANO CORRÊA (São Paulo, SP)

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