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Eleições
A leitora Deborah de Oliveira
menciona em sua carta de ontem
que o caso da quebra de sigilo
dos tucanos objetiva manchar a
campanha petista.
Que tal se a leitora substituísse
o termo "tacanhos" da sua carta
por "éticos"?
Imagino que ela tenha lido o
artigo de ontem de Eliane Cantanhêde, que define claramente
para onde irá este país.
O que de tão bom o "grande
guia" acrescentou ao país senão
surfar nas boas ondas do governo FHC e na queda cíclica que
acometem os países mais ricos?
E estes ainda assim estão melhores que os brasileiros que recebem esmolas do Bolsa Família e
não têm educação, saúde, transporte e segurança?
Quero viver para ver o futuro
governo do PT.
CLAUDIO TERRIBILLI (Guarulhos, SP)
A coluna de ontem de Danuza
Leão ("Só para saber", Cotidiano) deveria ser emoldurada e ficar para a eternidade. Ela foi ao
ponto fulcral sobre o que está
ocorrendo hoje neste país.
Os programas eleitorais e seus
atores não passariam pelo mais
incipiente detector de mentiras.
E quanto aos sigilos violados?
Não bastasse a insegurança pública, agora o contribuinte brasileiro
tem a insegurança dos dados?
Parabéns à articulista. Sua coluna valeu pela Folha inteira.
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)
O texto de Cláudio Weber
Abramo de sábado ("Olho gordo
nos Parlamentos", Poder) demonstra com clareza e profundidade o "modus operandi" adotado no Brasil de hoje em assuntos
referentes à formação dos Parlamentos em todos os níveis no país.
Na minha modesta opinião, o
diretor-executivo da Transparência Brasil poderia inserir no debate os percentuais de políticos que
pertencem aos inúmeros grupos
familiares que adotam a estratégia
da "cosa nostra" para infiltrar nos
Parlamentos federais, estaduais e
municipais hordas organizadas
de politiqueiros.
E estes fazem da política nacional um imenso balcão de negócios, estabelecendo um comércio
rentável e hereditário.
FLÁVIO LUIZ FAGUNDES (Rio de Janeiro, RJ)
Reformas
Realmente, o editorial "Perigosa fantasia" (Opinião, ontem) está coberto de razão. A chance de o
tiro sair pela culatra no caso de
uma Constituinte exclusiva é
enorme. O caminho para as necessárias reformas -agora e provavelmente por muito tempo- só
poderá ser ser seguido por meio
de reformas pontuais em nossa
Constituição.
E a mais necessária medida a
ser tomada -e também a de melhor custo/benefício- seria a simples inscrição em nossa Carta de
uma obviedade hoje diariamente
desrespeitada, qual seja: "Na coisa pública, é proibido legislar em
causa própria".
Vamos iniciar por aí?
LUIZ RIBEIRO PINTO (Ribeirão Preto, SP)
Paquistão
Ao ler ontem o artigo do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon
("O Paquistão precisa de nossa
ajuda, agora"), só posso constatar que ele realmente tem razão.
A tragédia das chuvas no Paquistão é terrível e já custou muitas vidas -e pode ceifar muitas
outras. Mas, infelizmente, quase
ninguém liga para o país.
O Paquistão é pobre, não tem
infraestrutura e a maioria de sua
população é muçulmana. Não
me surpreende que a mídia, os
governos e muitas ONGs pouco
façam para dar destaque ao desastre. Se as chuvas afetassem
algum país europeu ou os EUA, a
comoção seria maior.
Vemos acontecer agora o que
aconteceu nos anos 1990, quando países da África e dos Bálcãs
sofriam com conflitos civis.
GUILHERME FREITAS (São Paulo, SP)
Maconha
Tal qual os senhores Ronaldo
Laranjeira e Ana Cecilia Marques
("Lobby da maconha", 20/8),
sou fervorosamente contrário ao
uso da maconha, especialmente
se recreativo. Todavia, os autores
parecem incorrer no mesmo radicalismo de que acusam seus adversários: a saúde não é o único
bem a ser tutelado pelo Estado e
por suas políticas.
Embora a premissa da nocividade da maconha à saúde seja
incontestável, é necessário levar
em conta outras questões, como
a liberdade individual e os altos
custos de uma proibição, que
fortalece o crime organizado e
elide qualquer possibilidade de
controle público sobre a qualidade das substâncias.
MARCELO OTAVIO CAMARGO RAMOS
(São Paulo, SP)
"Roda Viva"
É lamentável que um jornalista como Heródoto Barbeiro tenha saído do melhor programa
de entrevistas da TV brasileira, o
"Roda Viva", em meio a boatos
em relação a perguntas pertinentes sobre os custos dos pedágios
no Estado de São Paulo.
Fora essa mudança, o revezamento dos entrevistados tornará
o programa menos democrático
e mais focado nos interesses da
emissora.
A vinda de Marília Gabriela,
que quer se firmar como jornalista, atriz (?) e cantora (?), abala o
propósito do programa.
A única coisa inquestionável
disso tudo é a música "Roda Viva", de Chico Buarque de Holanda, patrimônio cultural do povo
brasileiro.
REBECA GESE RODRIGUES (São Paulo, SP)
Ciência
O texto "Avaliação trienal da
Capes" ("Tendências/Debates",
27/8), de Jorge Guimarães e Livio
Amaral, retrata bem o que vem
ser a produção científica no país.
Guardadas as devidas proporções, os articulistas escolheram
um meio de comunicação de alto
impacto, escreveram, escreveram e escreveram, porém um
texto de conteúdo desenxabido.
Com efeito, essa força coativa
pela produção científica está recheando as bibliotecas e as páginas virtuais com materiais insulsos de pesquisas refolhadas.
Parece não ser um bom momento para o tripé originalidade,
não-trivialidade e contribuição
científica de fato.
NELSON HEIN, professor-doutor da Universidade
Regional de Blumenau (Blumenau, SC)
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