São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
A leitora Deborah de Oliveira menciona em sua carta de ontem que o caso da quebra de sigilo dos tucanos objetiva manchar a campanha petista.
Que tal se a leitora substituísse o termo "tacanhos" da sua carta por "éticos"?
Imagino que ela tenha lido o artigo de ontem de Eliane Cantanhêde, que define claramente para onde irá este país.
O que de tão bom o "grande guia" acrescentou ao país senão surfar nas boas ondas do governo FHC e na queda cíclica que acometem os países mais ricos?
E estes ainda assim estão melhores que os brasileiros que recebem esmolas do Bolsa Família e não têm educação, saúde, transporte e segurança?
Quero viver para ver o futuro governo do PT.
CLAUDIO TERRIBILLI (Guarulhos, SP)

 

A coluna de ontem de Danuza Leão ("Só para saber", Cotidiano) deveria ser emoldurada e ficar para a eternidade. Ela foi ao ponto fulcral sobre o que está ocorrendo hoje neste país.
Os programas eleitorais e seus atores não passariam pelo mais incipiente detector de mentiras.
E quanto aos sigilos violados? Não bastasse a insegurança pública, agora o contribuinte brasileiro tem a insegurança dos dados?
Parabéns à articulista. Sua coluna valeu pela Folha inteira.
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)

 

O texto de Cláudio Weber Abramo de sábado ("Olho gordo nos Parlamentos", Poder) demonstra com clareza e profundidade o "modus operandi" adotado no Brasil de hoje em assuntos referentes à formação dos Parlamentos em todos os níveis no país.
Na minha modesta opinião, o diretor-executivo da Transparência Brasil poderia inserir no debate os percentuais de políticos que pertencem aos inúmeros grupos familiares que adotam a estratégia da "cosa nostra" para infiltrar nos Parlamentos federais, estaduais e municipais hordas organizadas de politiqueiros.
E estes fazem da política nacional um imenso balcão de negócios, estabelecendo um comércio rentável e hereditário.
FLÁVIO LUIZ FAGUNDES (Rio de Janeiro, RJ)

Reformas
Realmente, o editorial "Perigosa fantasia" (Opinião, ontem) está coberto de razão. A chance de o tiro sair pela culatra no caso de uma Constituinte exclusiva é enorme. O caminho para as necessárias reformas -agora e provavelmente por muito tempo- só poderá ser ser seguido por meio de reformas pontuais em nossa Constituição.
E a mais necessária medida a ser tomada -e também a de melhor custo/benefício- seria a simples inscrição em nossa Carta de uma obviedade hoje diariamente desrespeitada, qual seja: "Na coisa pública, é proibido legislar em causa própria".
Vamos iniciar por aí?
LUIZ RIBEIRO PINTO (Ribeirão Preto, SP)

Paquistão
Ao ler ontem o artigo do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon ("O Paquistão precisa de nossa ajuda, agora"), só posso constatar que ele realmente tem razão. A tragédia das chuvas no Paquistão é terrível e já custou muitas vidas -e pode ceifar muitas outras. Mas, infelizmente, quase ninguém liga para o país.
O Paquistão é pobre, não tem infraestrutura e a maioria de sua população é muçulmana. Não me surpreende que a mídia, os governos e muitas ONGs pouco façam para dar destaque ao desastre. Se as chuvas afetassem algum país europeu ou os EUA, a comoção seria maior.
Vemos acontecer agora o que aconteceu nos anos 1990, quando países da África e dos Bálcãs sofriam com conflitos civis.
GUILHERME FREITAS (São Paulo, SP)

Maconha
Tal qual os senhores Ronaldo Laranjeira e Ana Cecilia Marques ("Lobby da maconha", 20/8), sou fervorosamente contrário ao uso da maconha, especialmente se recreativo. Todavia, os autores parecem incorrer no mesmo radicalismo de que acusam seus adversários: a saúde não é o único bem a ser tutelado pelo Estado e por suas políticas.
Embora a premissa da nocividade da maconha à saúde seja incontestável, é necessário levar em conta outras questões, como a liberdade individual e os altos custos de uma proibição, que fortalece o crime organizado e elide qualquer possibilidade de controle público sobre a qualidade das substâncias.
MARCELO OTAVIO CAMARGO RAMOS (São Paulo, SP)

"Roda Viva"
É lamentável que um jornalista como Heródoto Barbeiro tenha saído do melhor programa de entrevistas da TV brasileira, o "Roda Viva", em meio a boatos em relação a perguntas pertinentes sobre os custos dos pedágios no Estado de São Paulo.
Fora essa mudança, o revezamento dos entrevistados tornará o programa menos democrático e mais focado nos interesses da emissora.
A vinda de Marília Gabriela, que quer se firmar como jornalista, atriz (?) e cantora (?), abala o propósito do programa.
A única coisa inquestionável disso tudo é a música "Roda Viva", de Chico Buarque de Holanda, patrimônio cultural do povo brasileiro.
REBECA GESE RODRIGUES (São Paulo, SP)

Ciência
O texto "Avaliação trienal da Capes" ("Tendências/Debates", 27/8), de Jorge Guimarães e Livio Amaral, retrata bem o que vem ser a produção científica no país.
Guardadas as devidas proporções, os articulistas escolheram um meio de comunicação de alto impacto, escreveram, escreveram e escreveram, porém um texto de conteúdo desenxabido.
Com efeito, essa força coativa pela produção científica está recheando as bibliotecas e as páginas virtuais com materiais insulsos de pesquisas refolhadas.
Parece não ser um bom momento para o tripé originalidade, não-trivialidade e contribuição científica de fato.
NELSON HEIN, professor-doutor da Universidade Regional de Blumenau (Blumenau, SC)

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