São Paulo, sábado, 30 de setembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Debate
"Da mesma forma que FHC mereceu críticas quando não compareceu ao debate em 98, o presidente Lula desrespeitou a mídia, os seus eleitores e todo o povo brasileiro ao não comparecer ao debate. Tenho certeza de que, assim como eu, muitos cidadãos brasileiros ficaram irritados quando Lula afirmou que não havia no Brasil ninguém com mais moral e ética do que ele. Se isso é verdade, por que ele fugiu do debate? De que ele tem medo? Um presidente de uma nação não pode se dar ao luxo de temer seus adversários."
WAGNER J. CALLEGARI (Limeira, SP)

"O debate dos presidenciáveis na TV Globo foi como um Sábado de Aleluia. Todos os candidatos querendo malhar o Judas, ou melhor, o Lula, sem mostrar nenhuma proposta consistente de governo."
FÁTIMA WANDERLEY (São Paulo, SP)

Gasto eleitoral
"O TSE estima gastar R$ 550 milhões nas eleições deste ano. Provavelmente, em 2008, será gasto novamente esse valor para as eleições municipais. Será que não está na hora de pensarmos (os políticos também) em fazer um pleito único para todos os cargos e assim economizar essa dinheirama?"
SERGIO ISRAEL DOS REIS (São Paulo, SP)

Campanha em SP
"Em relação à reportagem "Apesar da crise no Estado, tucano não aborda segurança em programas de TV" (Brasil, 28/9), esclareço que as propostas de José Serra para essa área vêm sendo constantemente divulgadas desde o dia 1º de abril, quando começou sua pré-campanha eleitoral.
Neste período, Serra deu dezenas de entrevistas sobre esse assunto, sendo que para a própria Folha deu uma das mais completas, que acabou sendo publicada resumidamente pelo jornal. Na TV, o tema também foi abordado, como demonstram os programas de 16/8 e de 22/9. Portanto, estranhamos a afirmação do jornal de que ele estaria evitando abordar esse tema.
Além disso, em seu programa de governo, disponível no site da campanha, Serra também dá detalhes de suas propostas, entre elas a criação de um plano integrado de segurança para enfrentar o crime organizado em todas suas dimensões."
FERNANDO GRANATO, assessor de imprensa do PSDB (São Paulo, SP)

Dossiê
"Na Folha de 28/9, o senador Jorge Bornhausen pergunta de onde saiu o dinheiro para a compra do dossiê anti-PSDB ("Queremos a verdade!", "Tendências/Debates'). Mas faz tempo que o povo brasileiro quer resposta para a seguinte pergunta: de onde saiu o dinheiro usado para pagar deputados corruptos visando garantir a reeleição de FHC?"
CESAR MARTINS CHAGAS (São Paulo, SP)

Voto
"Frei Betto, no artigo "Valoriza o teu voto" (24/9), assume ares pastorais, à semelhança do apóstolo Paulo em suas "Cartas aos Tessalonicenses", não assumindo posição definida do ponto de vista partidário. Ele se esquece de que foi assessor de Lula. Preferiu falar sobre a importância do voto consciente e fundamentado. Teria sido mais interessante e útil ter falado sobre os motivos que o levaram a se afastar do convívio palaciano. Seria muito útil principalmente agora, diante de mais uma eclosão de escândalo próximo ao gabinete presidencial."
LUIZ OVANDO (Campo Grande, MS)

Liberalismo
"Saúdo o retorno de Otavio Frias Filho às páginas do jornal, trazendo à discussão questões relevantes. Em sua crônica de 28/9 ("Suspense'), ele lamenta o não-pronunciamento dos candidatos à Presidência sobre a melhor política econômica para o país e prega a adoção do liberalismo puro e duro.
A receita, porém, deve ser rejeitada. Não há exemplo de país que haja revertido o processo de subdesenvolvimento, nos últimos 150 anos, aplicando essa política. Entre 1930 e 1980, quando o liberalismo "foi relegado ao museu das velharias", o Brasil passou da 50ª à 8ª posição no mundo em termos de PIB. Hoje, baixamos para o 17º lugar na escala mundial.
A Argentina, na fase de liberalismo extremado, entre 1999 e 2002, viu sua economia encolher 18%. Hoje, apresenta o segundo maior crescimento do mundo, atrás apenas da China."
FÁBIO KONDER COMPARATO, professor titular da Faculdade de Direito da USP (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Otavio Frias Filho - O texto comentado não "prega a adoção do liberalismo puro e duro", mas registra que nenhum dos atuais candidatos a presidente o faz.

Febem
"A notícia "Febem terá de pagar R$ 100 mil por morte de interno" (Cotidiano, 26/9) deveria servir de alerta às autoridades que compactuam com torturas, maus-tratos e outros tratamentos praticados na Febem-SP. Já imaginou se todos os internos pedirem indenizações?
Os candidatos ao governo do Estado, assim como os candidatos a deputado estadual, deveriam apresentar alternativas concretas ao modelo Febem.
Os eleitores devem lembrar que os deputados estaduais também têm responsabilidades de fiscalizar a Febem e, caso não concordem com as práticas de torturas e outros tratamentos desumanos, poderiam votar a favor do projeto de lei 877/ 1999, que extingue a Fundação Febem e propõe um reordenamento do atendimento dos adolescentes infratores."
MAURO ALVES DA SILVA, Grupo de Trabalho pelo Fechamento da Febem-SP (São Paulo, SP)

Aborto
"28 de setembro foi o Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e no Caribe. A data foi instituída na década de 90, e a partir da constatação de que são nessas regiões que o aborto é mais criminalizado. Exatamente onde estão concentrados os países considerados em desenvolvimento.
Na Argentina, as mulheres realizam uma campanha que tem como lema "Educação sexual para decidir, anticonceptivos para não abortar e aborto legal para não morrer", que define de maneira simples o que deve ser feito.
É oportuno o lançamento do caderno temático "Compromisso com as Mulheres", citado no texto "Lula elenca medidas para ampliar acesso ao aborto, mas evita palavra" (Brasil, 28/9). Bastam um pouco de vontade política e de respeito ao Estado laico para que possamos dar um salto de qualidade em relação aos direitos reprodutivos das cidadãs e dos cidadãos brasileiros."
GILBERTA SOARES, secretária-executiva das Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro (João Pessoa, PB)

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