São Paulo, domingo, 30 de setembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Senado
"Quando a gente acha que já viu ou ouviu de tudo em matéria de política rasteira, somos brindados com a frase do senador Wellington Salgado dizendo querer apenas "um chinelinho novo". Parece que nossos políticos estão a cada dia se superando na capacidade de colocar os bandidos comuns "no chinelo"."
PAULO EDUARDO KRÄHENBÜHL LEITÃO (Jundiaí, SP)

Novela
"A novela "Paraíso Tropical" terminou usando bem a licença poética para retratar um momento bem atual sobre os exageros cometidos em CPIs e a elevada falta de educação dos políticos. Eles conseguiram mostrar com mais imparcialidade o caso Renan Calheiros, já que a sua ex-amante foi retratada exatamente como ela é, e não como uma vítima, como a mídia a transformou. Parabéns, Gilberto Braga".
MARIA JOSÉ SPEGLICH (Campinas, SP)

"Fantástico, sensacional, uma pintura a cena da prostituta Bebel depondo e batendo boca com os senadores. Valeu o final da novela. Os autores e diretores tiveram coragem e mostraram para o Brasil inteiro, com recorde de audiência, a verdadeira cara, a falta de vergonha e de compostura do atual Senado brasileiro sob o governo Lula, coisa que o "Jornal Nacional" jamais ousaria denunciar. Os senadores que se cuidem. Parabéns autores e diretores, o Brasil honesto agradece."
GILBERTO DE CAMARGOS CUNHA (Uberlândia, MG)

Carros oficiais
"Antes da Constituição cidadã de 1988, quando o servidor público era considerado o grande vilão do país, os carros oficiais eram utilizados somente pelos detentores de cargos de máximo destaque, tinham chapa branca, portavam o adesivo do Estado e costumavam dormir nas garagens do órgão público a que estavam designados. Agora os veículos são colocados à disposição por empresas particulares para atender determinado contrato, durante certo tempo. Consta que não têm mais o adesivo do Estado e que usam chapas comuns, de difícil identificação. Uma grande liberalização!
Assim, sugiro que o Poder Público passe a utilizar um sistema tipo AVL (Localização Automática do Veículo), a exemplo do que fazem as empresas que trabalham com locação. Isto seria importante para se ter melhor controle da correta utilização do veículo locado para o Estado, inclusive no que diz respeito a pagamentos de pedágios e outras despesas que estão incluídas no sistema hoje utilizado. Como contribuinte, entendo ser importante este tipo de administração."
MARISA STUCCHI (São Paulo, SP)

Grotões
"É inadmissível que, em pleno século 21, o Brasil seja palco de trabalho escravo, com milhares de trabalhadores submetidos a essa degradante situação, análoga à de escravos, sobretudo no Pará. O governo federal, os governos estaduais, o Ministério Público do Trabalho e os fiscais do Ministério do Trabalho têm o dever de coibir e reprimir duramente tal prática hedionda no nosso país. A escravidão acabou oficialmente em 1888, mas continua firme e forte na realidade dos grotões do Brasil profundo".
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

"A reportagem principal da Folha de sábado toca num ponto triste, porque histórico, do Brasil: o trabalho escravo nas grandes fazendas. Como mostrou a Folha, os trabalhadores recebem por produtividade. Como se não bastasse a excrescência, os gastos com alimentos e medicamentos são descontados, daí os contracheques de R$ 0,00. Aos escravos resta o resgate por fiscais do Ministério do Trabalho. A opção pela rebelia é trágica."
JOÃO VICTOR VILLAVERDE (São Paulo, SP)

Ensino religioso
"Cada vez mais chego à conclusão de que nossos políticos vivem em outra dimensão. Dizer que ensinar um conceito religioso, qualquer que seja, irá minimizar os abismos sociais, intelectuais e morais deste país é no mínimo uma piada. Que tal inserir no currículo escolar matérias como Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira, cujo objetivo é ensinar como funciona o nosso sistema político e difundir a idéia de que temos de cobrar nossos direitos todos os dias de nossos governantes e servidores públicos? Além do nosso dever de pagar impostos para essa massa medíocre que governa o país, nós, povo e estudantes, temos direitos assegurados na Constituição que não são cumpridos, como acesso a um bom atendimento pelo funcionário público (sem ter às costas os dizeres "ofender um servidor público é crime passível de 1 a 3 anos de detenção", mesmo quando o serviço prestado por esse funcionário é medíocre ou corrupto), a postos de saúde que drenem as doenças e não o dinheiro público, a uma polícia que realmente leve a sério os dizeres "proteger e servir", a um Judiciário que não leve uma vida para julgar. Deixem às famílias brasileiras o papel e o livre-arbítrio de ensinar uma convicção religiosa, moral e social! Quem sabe se mudarmos o currículo escolar nesse sentido as próximas gerações serão mais esclarecidas e os nossos servidores públicos mais próximos de Deus."
PHILIP WOLFF (São Paulo, SP)

CPMF
"Estou vendo, lendo e ouvindo gritos contra a prorrogação da CPMF. Em frente à sede da Fiesp, umas meninas bonitas e arrumadinhas distribuem documentos contra o imposto. Perguntei a uma delas por que ela era contra o imposto. Respondeu-me que já pagava muito imposto. Quanto você paga de INSS?, perguntei. Respondeu que não pagava nada, era free-lancer de uma empresa terceirizada e não era registrada. Também não simpatizo com CPMF, IPI, ICMS, IR, ISS, IPTU, IOF. Mas reparando bem, o pior imposto é aquele que a gente paga mais. Pagamos 25% de ICMS para usar a internet, seja na banda larga ou na conexão discada. Esse imposto é muito caro, cruel, indecente e estúpido e não será aplicado na saúde ou no Fome Zero. O ICMS sobre a internet brasileira é 66 vezes maior do que a CPMF (25,0/ 0,38). Quem vai berrar por mim?"
ALVARO TADEU SILVA (São Paulo, SP)

Minas
"Com relação à ação direta de inconstitucionalidade em tramitação no STF contra parte da lei 10.254/ 90, citada na matéria "Ministros batem boca em sessão plenária do Supremo" (28/ 9), a assessoria de imprensa do governo de Minas esclarece: a lei 10.254 data de 1990, época da implantação do regime jurídico único dos servidores do Estado decorrente da Constituição de 1988. O dispositivo questionado foi aplicado unicamente em 1992."
HUGO TEIXEIRA, superintendente de Imprensa do Governo de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

Bolsa Família
"Jamais imaginei que um dia veria o Brasil governado em função de uma "Bolsa Família" ou "esmola familiar", através da fome de pobres coitados, desamparados pelos descasos de nossos governantes. Será que Lula não percebe que os pobres deste país querem emprego para viver da dignidade salarial, e não de faz de conta? Será que não percebe que virar o "embaixador mundial" do etanol não é o mais importante, pois acabou se esquecendo de coisas essenciais dentro do próprio país, como indústria, comércio e agricultura alimentar, hoje todos caminhando para a falência? Como devo ensinar o que é certo, ético, honesto e moral para os meus filhos, quando o próprio governo espelha totalmente o contrário?"
JOSÉ LUIZ BETTINI (Boituva, SP)

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