São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Padre Júlio
"Lamentável a maneira como a Folha noticiou, no domingo, declarações do suspeito de extorquir o padre Júlio Lancelotti. Depois do lamentável episódio da Escola Base, os editores deveriam ter aprendido algo sobre a força devastadora de manchetes sensacionalistas não apoiadas em provas concretas."
MARIA HERMÍNIA TAVARES DE ALMEIDA, professora da USP (São Paulo, SP)

"Parabenizo a Folha pela cobertura do caso do padre Júlio, pois, apesar de estarmos num Estado laico, entristece-me a parcialidade com que muitos veículos de comunicação tratam os casos ligados à Igreja Católica. Numa rápida busca, verifiquei que a maioria dos sites de notícias nem sequer destacam o caso do padre Júlio.
Em contrapartida, quaisquer que sejam as acusações contra líderes de outras igrejas, aí a cobertura é outra, altamente midiática."
LUCAS OLIVEIRA DE SOUSA (São Paulo, SP)

Zeca Baleiro e Huck
"Nós, simples mortais, aguardamos ansiosos pelo dia em que celebridades, políticos e estudiosos manifestem em seus textos nossos pensamentos, expressos até então somente em mesas de bar.
Após ler o artigo de Luciano Huck, acompanhei todas as reações e, somente agora, com o artigo de Zeca Baleiro ("O rolo do Rolex", "Tendências/Debates", 29/10), senti-me devidamente representada.
Sem contar a enorme alegria de não sofrer mais uma das freqüentes decepções quando nossos ídolos perdem boas oportunidades de se manterem calados. Valeu, Zeca!".
CÁSSIA CABALLERO (São Paulo, SP)

"O cantor e compositor Zeca Baleiro deveria ficar na dele. O seu artigo de ontem mete a colher na questão Huck x Ferréz e chove no molhado. Pedir desculpa por ter chamado a elite de "elite" é patético, e taxar a revista "Veja" de "fascistóide" é infantil. Ele quer ficar bem com quem?
A sua tese, de que Huck só viu a questão social depois que foi roubado, é simplista. É assim desde que o mundo é mundo, ou alguém já viu algum rico pedir a imediata desratização dos córregos da periferia?
Só chia quando o calo lhe aperta."
CÉLIO PIRES DE ARAUJO (São Paulo, SP)

Justiça
"O artigo de Walter Ceneviva de 27/10 ("Dever judicial mal compreendido", Cotidiano, pág. C2) é antológico. Deveria ser recortado e distribuído a policiais, membros do Ministério Público e Judiciário.
Parabéns por essa bíblia de ética e decência."
PAULO MALUF, deputado federal (Brasília, DF)

Metrô
"Em relação ao texto sobre a compra de trens por parte do Metrô ("Metrô vai gastar R$ 70 milhões a mais na compra de trens", 27/10), consideramos, em razão dos inúmeros equívocos e ilações descabidas, necessário prestar ao leitor os esclarecimentos que seguem.
A reportagem afirma que o Metrô deverá pagar R$ 70 milhões a mais em impostos. O Metrô tem parecer jurídico afirmando que esse imposto não é devido, uma vez que, como ente público, goza de imunidade fiscal e deve obter decisão da Justiça Federal que o exima desse pagamento. É importante ressaltar que o Metrô, nessa compra, em renegociação do contrato determinada pelo governador José Serra, obteve desconto de R$100 milhões, o maior até o presente entre estatais paulistas, que cobre com larga margem o valor do imposto supostamente devido.
Outro erro fundamental refere-se à comparação entre duas licitações distintas. Não se pode comparar a licitação da linha 2 com a das linhas 1 e 3. Intervalo entre os trens, número de estações e peso por eixo são absolutamente distintos.
Quando foi decidida a conclusão do contrato da linha 2, a licitação do Banco Mundial para as linhas 1 e 3 não estava autorizada pelo Cofiex, porque o limite de endividamento do Estado não estava fixado. E mais: a licitação da linha 2 foi feita com financiamento do Bndes, cujas regras são totalmente diferentes daquelas do Bird/JBIC.
Esse contrato está dividido em duas fases. A primeira foi encerrada em 98/99, com a entrega dos trens. A segunda não foi à época autorizada por falta de recursos financeiros.
Em 2004, com a liberação de recursos para a expansão da linha 2-Verde, tornou-se imperioso adquirir novos trens para atender ao cronograma das obras civis. Em razão disso, a segunda fase foi então autorizada, com acréscimo de cinco trens. Com isso evitamos o desperdício de dinheiro público e não deixaremos de atender cerca de 700 mil usuários-dia nessa linha.
Além disso, a afirmação de que a decisão foi tomada em cinco dias úteis acrescenta mais um grave equívoco ao texto, uma vez que ela ocorreu entre 12/4 e 7/5/2007. Os cinco dias se referem à formalização da tomada de decisão por parte da diretoria. Trata-se de prazo normal para todo procedimento de formalização. Ele ocorre após o aprofundamento da análise.
A afirmação de que o contrato seria "estranho" e estaria "enterrado" em função do encerramento da autorização de fornecimento da primeira fase, segundo grosseira interpretação de "especialista" anônimo citado pela Folha, não procede.
Mesmo um advogado iniciante, jejuno em direito administrativo, sabe que não se pode encerrar um contrato com 50% de fornecimento pendente sem indenizar a contratada. Estranho, portanto, é o especialista/ fonte, sujeito oculto.
Solicitamos a correção da grafia incorreta do nome do diretor de Assuntos Corporativos do Metrô, Sérgio Avelleda."
MARCELLO BORG, gerente de comunicações do Metrô (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas José Ernesto Credendio e Rogério Pagnan - O Metrô reconhece que ainda depende de ação na Justiça Federal para reduzir os valores. Sobre os prazos para a tomada de decisão, estão todos documentados no processo que tramita no Tribunal de Contas do Estado, que, além de especialistas em licitação, questionou o contrato. Sobre o nome do diretor de Diretor de Assuntos Corporativos do Metrô, leia na seção "Erramos".

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Eduardo Bittencourt Carvalho: Uma chance para mudar São Paulo

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.