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Eleições
"Perfeita a análise do professor
Marco Antonio Villa sobre o resultado das eleições ("Acenderam a luz
vermelha", "Tendências/Debates",
28/10). Conhecedor profundo da
nossa história, já previra em setembro que "há uma ilusão de que o presidente transfere automaticamente
os votos" -fato confirmado pelo resultado das eleições e reconhecido
pelo próprio presidente, cientistas
políticos e jornalistas.
Parabéns!"
ANA LÚCIA NOVAIS KONARZEWSKI (Belo Horizonte, MG)
"A Folha, que tanto cobra a coerência dos políticos, deveria contextualizar melhor essa aliança de
Serra e Quércia. Não custa lembrar
que o PSDB foi fundado a partir de
uma suposta "banda ética" do
PMDB, que queria se desvincular
da esfera de influência de Quércia.
Em diversas oportunidades, as
principais lideranças tucanas criticaram o legado do ex-governador e
de Fleury, inclusive com acusações
de mau uso do dinheiro público.
Agora estão todos juntos e sorridentes. Será um sinal de que são todos farinha do mesmo saco?"
BENTO CARVALHO (São Paulo, SP)
Ditadura
"A tradicional conciliação na política brasileira acaba de revelar sua
face mais perversa e repulsiva. É
eticamente inaceitável que a União
Federal, acionada pelo Ministério
Público Federal para reaver o que
pagou, com dinheiro público, às vítimas dos crimes cometidos contra
opositores políticos durante o regime militar, venha assumir a defesa
destes e não da dignidade do povo
brasileiro ("Vannuchi diz que sai do
governo se União mantiver defesa a
Ustra", Brasil, 28/10). Trata-se de
uma afronta à Constituição e aos
tratados internacionais de direitos
humanos de que o Brasil é parte.
O Ministro Paulo de Tarso Vannuchi, que desenvolve excelente
trabalho na chefia da Secretaria
Nacional de Direitos Humanos,
continua a merecer o total apoio
das pessoas de bem neste país."
MARIA VICTORIA BENEVIDES e FÁBIO KONDER COMPARATO , professores titulares da USP e diretores
da Escola de Governo em São Paulo
(São Paulo, SP)
Gatilho rápido
"Eu também penso como o Clóvis
Rossi, que, se tivesse um coldre e
um revólver, teria vontade de sacar
cada vez que vê um "especialista" em
economia explicar a crise de agora
("A Volks e o cassino", pág. A2, 29/
10). Nunca são capazes de prever a
mesma coisa. Sempre que indagados sobre o futuro, saem pela tangente, respondendo que "pode ser
tanto sim como não, muito pelo
contrário", e, no futuro, quando cobrados disso, dirão que haviam respondido certo.
Essa gente é como legista: só
olhando o cadáver pode avaliar o
que matou o indivíduo."
LAÉRCIO ZANINI (Garça, SP)
Fundo soberano
O fundo soberano, ainda a ser votado, é mais uma medida deste governo a ser questionada. Um dos argumentos utilizados pelos governistas é o de que vai servir como
mangueira para ajudar a apagar o
incêndio da crise que ameaça se
alastrar pelo Brasil, pretendendo-se usar para isso os excedentes de
reservas internacionais que socorrerão empresas brasileiras que
atuam no exterior.
Ora, por que só as grandes empresas merecem atenção do governo neste delicado momento? Mais
justo e lógico seria que, nesta hora
de desequilíbrio econômico mundial, diminuísse no Brasil a escorchante carga tributária que nos assola, pois esta simples medida beneficiaria a todas as empresas brasileiras, e não só o grupo das grandes que conseguem atuar no exterior. A arrecadação não diminuiria,
à medida que as empresas se manteriam saudáveis e faturando.
Ou o fundo soberano é para servir
somente aos mais soberanos?"
MARA MONTEZUMA ASSAF (São Paulo, SP)
216 mil minutos
"O ministro Tarso Genro está de
brincadeira ("Espera em call center
terá limite de 1 minuto", Cotidiano,
14/10). No máximo um minuto de
espera para sermos atendidos por
determinados serviços (de telefonia, por exemplo)?
Que tal aplicar regras semelhantes de eficácia aos órgãos da sua
própria casa? Porque eu não estou
esperando há apenas um minuto
por uma informação do próprio
Ministério de Justiça (e da Polícia
Federal). Estou esperando há 216
mil minutos.
Entreguei meu Pedido de Naturalização Comum em 8 de novembro de 2004, em Salvador. Logo já
se terão passado quatro anos. E
continuo sem nenhuma informação da Polícia Federal ou do Ministério de Justiça sobre o que está
acontecendo. Se o objetivo dos órgãos em questão é convencer-me
de que foi um erro ter pedido a cidadania do país para o qual contribuo há 13 anos, digo que estão quase conseguindo."
CHRISTIAN WIDOR, pedagogo -ainda austríaco
(Lençóis, BA)
Polícia e motoboys
"Gostaria de agradecer esta Folha pela bela foto publicada na Primeira Página de anteontem. A
imagem fala mais que mil palavras,
mostrando o desserviço da Polícia
Civil e a petulância dos motoboys
paulistanos, que abusam de tudo e
de todos.
Já está na hora do rodízio para
motocicletas."
FLÁVIO DUARTE BARBOSA (São Paulo, SP)
TV
"Em resposta à carta de Márcia
da Costa Nunes Neto ("Violência na
TV", "Painel do Leitor", 29/10), é importante esclarecer que a Record
cumpre as normas de classificação
indicativa de horário recomendadas pelo órgão responsável.
O anseio da emissora é poder retratar uma sociedade 100% estável.
Infelizmente, a realidade atual não
nos permite mostrar um país perfeito. A Record não é responsável
pela criação dos fatos, apenas
acompanha o desenvolvimento deles e os transforma em informação
ao telespectador."
RICARDO FROTA , gerente nacional de Comunicação da Rede Record (São Paulo, SP)
Maradona
"A polêmica escolha de Diego Armando Maradona como novo técnico da seleção argentina de futebol é
um grande risco. O fato de Maradona ter sido um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos
não tem nada a ver com ser um bom
treinador. Felizmente, ninguém
por aqui pensou em convidar Pelé
para dirigir a seleção brasileira.
Fora de campo, Maradona cansou de fazer bobagens. É uma aposta que tem tudo para dar errado."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)
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