São Paulo, sexta-feira, 30 de novembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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PSDB mineiro
"Sobre a reportagem "Valerioduto destinou verbas a ex-assessor de secretário de Aécio" (Brasil, 29/11), manifestamos nossa estranheza com a forma com que se buscou relacionar o governador Aécio Neves com fatos investigados na campanha eleitoral de 1998. Os fatos relatados não envolvem pessoalmente o governador nem ocorreram no período de seu governo.
As agências SMPB e DNA tiveram seus contratos suspensos pelo governo de Minas em 12 de junho de 2005, após ficarem públicas as irregularidades ocorridas com o governo federal. Os contratos mantidos com ambas, resultantes de concorrência pública, foram enviados na ocasião ao Ministério Público Estadual, à CPI dos Correios e ao Tribunal de Contas do Estado. No relatório 97.998/05, o TCE julgou os contratos regulares e aprovou as contas sem nenhuma ressalva.
As investigações realizadas pela Polícia Federal desde 2005 também não apontaram irregularidades (ou mesmo indício de tal) nos contratos mantidos entre o governo do Estado e as agências. Sobre a lista de pretensos beneficiários da campanha eleitoral de 1998, a PF avaliou autêntica apenas a assinatura da mesma, e não o seu conteúdo, o que não tem sido considerado pela Folha. Reiteramos que o então candidato a deputado federal Aécio Neves não recebeu recursos oriundos do PSDB em Minas.
Lamentamos que a reportagem sugira, por meio de afirmativas feitas no título, em seu conteúdo e no infográfico, envolvimento do governador com tais fatos, apesar de tal suspeição não encontrar sustentação nas investigações feitas pela CPI dos Correios, Ministério Público Estadual, Polícia Federal e Ministério Público Federal. Até mesmo o secretário da Fazenda do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), foi listado pela Folha como vinculado ao governador do Estado."
HELOISA CARDOSO NEVES, chefe da assessoria de imprensa do governador Aécio Neves (Belo Horizonte, MG)

Nota da Redação - Sobre o nome do prefeito de Belo Horizonte, leia abaixo a seção "Erramos".

Indenização
"A respeito da reportagem "Governo do Rio susta indenização para Dilma" (Brasil, 29/11), o governo do Estado esclarece que não procede a informação de que "as vítimas tiveram o benefício suspenso pelo governador Sérgio Cabral Filho".
A própria reportagem contradiz-se ao afirmar que, "neste ano, o primeiro de Cabral Filho, não houve a análise de nenhum caso apresentado por perseguidos políticos pela ditadura nem o pagamento de qualquer indenização (...)".
Fica claro, portanto, que, se não houve análise dos casos, não poderia haver suspensão de pagamento.
A assessoria de imprensa reitera que está em análise a possibilidade de formar uma comissão para tratar da questão das indenizações."
VALÉRIA BLANC, coordenação do Núcleo de Imprensa do Governo do Estado (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Sergio Torres - O governo Sérgio Cabral Filho desativou a comissão que, desde o governo anterior, analisava os pedidos de indenização a ex-presos políticos. Além disso, os benefícios já aprovados pela comissão deixaram de ser pagos.

"Eles"
"O senador Aloizio Mercadante, já não bastasse ter ajudado a inocentar Renan Calheiros, vem agora com esse discurso fascista querendo colocar um irmão brasileiro contra o outro ("Eles estão chegando", "Tendências/Debates", 29/11).
A maioria de nós, classe média trabalhadora, quer -e muito- o nosso povo cada vez mais escolarizado. Basta ver a força de trabalho voluntário da nossa população, fazendo sua parte para diminuir cada vez mais esse fosso social que nos envergonha.
O que hoje ninguém merece são os políticos, que, além de não desempenharem seu papel, sangram os cofres da nação com a maior sem-cerimônia.
Nada de semear a discórdia! Esse discurso não é sério e serve somente a interesses político-partidários, e não à nação."
PRISCILA SCATENA (São Paulo, SP)

"Mercadante bateu na tecla certa em seu artigo de ontem. A classe média sempre foi pelega e, no governo Lula, quer reinventar a roda.
É bom lembrar que uma aliança com os excluídos -como os favelados- seria mais racional e mais produtiva." JOÃO MIRANDA NETO, presidente da União de Núcleos -Associação e Sociedade dos Moradores
da Favela de Heliópolis e São João Clímaco (São Paulo, SP)

IDH
"Uma sugestão singela, mas que mantém a diferença de um órgão de imprensa que sempre primou por informar a verdade: substituir a manchete da Primeira Página de 28/11 ("ONU inclui Brasil no grupo de elite da qualidade de vida') pelo título do texto de Fernando Canzian na página A20, bem escondido no pé da página: "País faz o básico e avança pela inércia".
Tal título condiz mais com a realidade, pois somos o 70º colocado em uma lista de 70."
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, deputado federal -DEM-SP (Brasília, DF)

Desigualdades
"O Brasil subiu no ranking de desenvolvimento humano, mas ainda prevalece a absurda desigualdade social. Talvez uma das causas dessa desigualdade seja a maneira desigual com que a Justiça trata os desiguais -os ricos e os pobres-, maneira pela qual os que mais têm subtraem dos que menos têm sem nenhuma punição. Portanto, a socialização da riqueza depende de uma Justiça rápida e forte."
EDENILSON MEIRA, (Itapetininga, SP)

Fonte Nova e Congresso
"A governadora do Pará promete demolir a cadeia onde estigmatizou a menor. O governador da Bahia promete demolir o estádio onde eliminou a vida de eleitores incautos.
Se a moda pega, as abóbadas do Senado e da Câmara não emplacam 2008."
JOSÉ PAULO BOGOSSIAN (São Paulo, SP)

Menor na cadeia
"A cada dia ficamos mais indignados com a falta de vergonha das nossas autoridades. Pessoas que deveriam zelar pela manutenção dos direitos de todos e defender aqueles que têm seus direitos barbaramente violados são as que, para justificar sua incompetência ou conivência, dão as declarações mais absurdas. Onde já se viu a delegada que investiga o caso da menina do Pará, violentamente desrespeitada, declarar que ela sofreu abuso, "mas não na dimensão que se está falando". Ser estuprada todos os dias ou "só" alguns dias, por um ou por todos os presos, é mais ou menos grave? De que dimensão essa criatura fala?
A menina nem deveria estar dividindo cela com homens. Uma mulher dizer semelhante coisa é revoltante.
Todas as autoridades do Pará e do país deveriam trabalhar para que casos vergonhosos como esse nunca mais se repitam -mas, já que a própria governadora admite que não foi o primeiro, muito provavelmente vão continuar acontecendo."
MIRIAM UTSUMI (Paulínia, SP)

CPMF
"Pergunto aos senadores da chamada base aliada se os previstos R$ 40 bilhões não ficariam melhor com o setor produtivo e com a população, o que certamente geraria riquezas, e não mais corrupção, o que ocorrerá se forem destinados a partidos políticos, aloprados, sanguessugas, mensaleiros e outros."
JOÃO ALFREDO CASTELO BRANCO (São Paulo, SP)

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