São Paulo, segunda-feira, 30 de novembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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DEM
"É triste e irritante ver que o sr. José Roberto Arruda (DEM) está novamente às voltas com negociatas. A tristeza decorre do fato de, como cidadão brasiliense, ver meu governador (apesar de nele não ter votado) macular a imagem e a honra do povo que representa, pois representar significa ser a referência pela qual o representado pode ser reconhecido.
E, afirmo, não quero ser reconhecido como corrupto. Já a irritação vem do tratar o povo que o elegeu como idiota. Será que pensa ele que ninguém mais leu Maquiavel? Será que as lágrimas do caso do painel de votação do Senado e o arrependimento tão propagado em sua campanha eleitoral foram só uma estratégia maquiavélica para enganar seus eleitores, fazendo o papel de coitadinho, conforme as lições de Montaigne?
Garantamos ao senhor Arruda a presunção de inocência, por ser garantia constitucional assegurada a qualquer cidadão. Aguardemos o final do processo judicial com o desejo de que, após aberta a "Caixa de Pandora", ainda nos reste alguma esperança em nossos governantes."
JOÃO BATISTA BEZERRA GUIMARÃES (Brasília, DF)

"Morei em Brasília 38 anos. José Roberto Arruda (DEM) era daqueles políticos tidos como sérios, apesar da fraude no painel de votação do Senado -afinal, devia ser por ordem superior. Mas agora, vê-lo, como se diz, "com a mão na massa", o governador nos deu uma bofetada.
O que estes políticos acham que são? Para eles isto é um ato lícito? Os brasileiros assinaram 1.300.000 vezes para legitimar candidatos com ficha limpa e, para nossa incredulidade, arquivou-se tal pretensão do povo, numa clara demonstração de que, para eles, só os sujos podem entrar naquelas casas políticas.
Já no início de seu mandato nosso governador poderia estar ali já mostrando sua nova personalidade. É pena. A cidade, entrando no ano de comemoração de meio século, não merecia tão indecente presente."
JULIO JOSE DE MELO (Sete Lagoas, MG)

"Neste ano eu ainda não comi nenhum panetone, mas fiquei sabendo, pelo relato do advogado do sr. J.R. Arruda, digníssimo governador do DF, que toda aquela dinheirama era para comprar panetones. Já que a compra seria com dinheiro público, do meu suado imposto, do meu suado salário, gostaria de saber: como faço para receber o panetone?"
JULIO CESAR GALLI (Jaboticabal, SP)

"Esse tal de José Roberto Arruda não é aquele que foi líder do Senado no governo FHC e renunciou para não ser cassado, depois de ser pego com a boca na botija violando o painel eletrônico na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão? Agora o sujeito deixa passar um tempo, se candidata e é eleito governador do Distrito Federal. Depois não adianta esbravejar quando dizem que "brasileiro tem memória curta e não sabe votar"."
MARCOS TENÓRIO DE MESQUITA (São Paulo, SP)

"Mais um escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que já havia renunciado ao Senado Federal em 2001 para não ser cassado e agora é, mais uma vez, acusado de corrupção, com fartas provas e gravações que o comprometem até a medula. O mínimo que se espera é o seu imediato afastamento do cargo, além de apuração e punição rigorosas a todos os culpados. Verdadeiras quadrilhas de "colarinhos brancos" dilapidam os cofres públicos. Não dá mais. O Brasil não pode mais continuar como país da corrupção e da impunidade."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Benjamin
"O artigo do sr. César Benjamin me causou profunda indignação pela sua leviandade e irresponsabilidade. A inverossímil agressão contra o presidente Lula ofende a ele e à toda cidadania, na medida em que ataca o que há de mais precioso em cada ser humano -a sua dignidade. Quando o desrespeito chega a este nível, toda a sociedade se vê exposta. A reação, portanto, deve ser de todos, no sentido de exigir critérios éticos às paixões políticas."
JOSÉ SARNEY, presidente do Senado Federal (Brasília, DF)

"Não se trata de criticar o jornal porque publicou o artigo de César Benjamin. Vivemos numa democracia, que implica obrigatoriamente liberdade de opinião e expressão. Trata-se, sim, como bem escreveu Carlos Eduardo Lins da Silva, de apurar os fatos e argumentos relatados e respectivos contraditórios.
Eu nem acredito nem desacredito, até porque Lula é mesmo um debochado e escrachado. Mas tenho duas dúvidas. Uma delas é saber por que Benjamin ainda trabalhou com alguém capaz de cometer torpeza tão grande. Outra é saber por que só agora fez essa revelação. Parece-me que seu artigo adianta a baixaria que será a campanha de 2010.
Não sou lulista e me envergonho de ser governada por presidente tão vulgar e desrespeitoso com seus eleitores, apesar dos avanços do Brasil no cenários interno e externo. Que fique claro: a Folha publicou a opinião de um de seus vários colunistas. Não tem nada a ver com isso. Por dever de ofício deve apurar os fatos. Ponto. Que triste mania que os lulistas têm de querer cercear a liberdade de expressão, insuflada por Lula e seus asseclas, aliás."
HELENA DE ALMEIDA PRADO BASTOS (São Paulo, SP)

"Eu estive preso no Dops com Lula e outros companheiros durante 31 dias, entre 19 de abril e 20 de maio de 1980. Na época eu era membro da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Quero dizer que, em nenhum momento, presenciei qualquer tipo de violência sexual dentro da cela.
As declarações de César Benjamin (Folha, 27/11) são de uma pessoa que está sofrendo algum distúrbio mental. Parece coisa de pessoa ressentida, movida por ódio e revanchismo contra Lula e o PT.
Nossa única preocupação, nos dias em que estivemos presos, era com o movimento grevista do ABC. Chegamos a realizar uma greve de fome."
DJALMA BOM (São Paulo, SP)

Igreja
"A Igreja Heliocêntrica já teria milhares de fiéis se não fosse apenas uma invenção curiosa para provar a facilidade de se montar um negócio muito rentável no Brasil, como mostra Hélio Schwartsman (Brasil, 29/11), com isenção tributária e inúmeros benefícios para depois arrecadar sacos de dinheiro. Parece que o negócio mesmo é montar uma igreja: depois não a-dianta prender pastores que foram levar seus dízimos para passear lá fora, buscando paraísos terrenos mais atraentes que os divinos."
VIRGÍNIA MARIA GONÇALVES (Londrina, PR)

"Divertido (quase um êxtase) e inteligente (quase transcendental) o artigo do sumo sacerdote Hélio Schwartsman e seus bispos Claudio Angelo e Rafael Garcia. Tudo muito interessante: o estatuto da Igreja Heliocêntrica, seu EvangÉlio, a sua interlocução com o Deus Hélio. A seus seguidores resta apenas obediência e submissão ao sumo sacerdote. Como crítica é genial, mas como representação do mundo real ela se torna séria e preocupante."
ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)

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