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São Paulo, quarta, 30 de dezembro de 1998
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Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PAINEL DO LEITOR Câmara Cascudo "Surpreendido pelo destaque dado pela Folha à reportagem sobre Luis da Câmara Cascudo (Mais! de 27/12), acolhendo uma calúnia leviana e gratuita do sr. Leonardo Barata, na qual afirma ter sido "Cascudo um simpatizante do nazismo', recorro, como jornalista, ao direito de resposta da família e esclareço alguns aspectos que destroem por completo essa pá de lama que um "pseudopesquisador' tenta lançar sobre a memória do meu pai. 1) Durante toda a Segunda Guerra Mundial, a cidade de Natal foi declarada zona de guerra, por ser o ponto mais perto da África, em especial da cidade de Dacar, em poder do governo francês simpático a Hitler. Nela foi instalado o famoso "Parnamirim Field', a maior base aérea norte-americana na América Latina. 2) Foi criado o Serviço de Defesa Civil, que tinha como finalidade a mobilização popular no caso de um ataque aéreo ou incursões suicidas de submarinos do Eixo, com tiros de canhão nas costas. Para o cargo de diretor foi indicado o escritor Luis da Câmara Cascudo, que trabalhava diretamente ligado ao comando maior da guarnição militar de Natal, exercido na época pelo general Gustavo Cordeiro de Farias, à qual estava subordinada a Secretaria da Segurança Pública do Estado, exercida pelo coronel André Fernandes de Souza, autor da escolha de Cascudo para as funções de diretor da Defesa Civil. O cargo lhe dava total acesso a todos os planos militares para a defesa de Natal, sendo ele o civil de maior circulação nos meios militares. 3) Após a guerra, foi Câmara Cascudo agraciado com duas comendas, somente concedidas aos combatentes da FEB e FAB: a medalha de guerra, dos pracinhas, pelo Exército, e a medalha Atlântico Sul, da Força Aérea Brasileira, concedida às guarnições de avião e das bases aéreas envolvidas na luta contra submarinos do Eixo. 4) Não pode um homem já falecido, que não tem palavras para defender a sua memória, mas tem os seus filhos e amigos que o conheceram de perto, ser contestado por leviano pesquisador, contra o qual, nesta data, a família entra com um processo judicial por crime de calúnia, difamação, injúria grave e danos morais. Caberá ao sr. Leonardo Barata o ônus da prova, diante de tão graves acusações. Solicito, apenas, aos responsáveis pelo jornal o esclarecimento de tão negativo texto. Todos os esclarecimentos foram dados pessoalmente ao repórter Mario Cesar Carvalho, que os ignorou em sua cobertura jornalística. Ao agradecer o magnífico trabalho do Mais! sobre a memória de Câmara Cascudo, peço apenas o esclarecimento dessa infâmia lançada sobre o meu pai." Fernando Luis da Câmara Cascudo (Recife, PE) Prefeitura "O articulista Clóvis Rossi não pode desconhecer que o prefeito Celso Pitta tem todo o direito de ocupar o espaço político que lhe confere o cargo, o que não significa um rompimento com o ex-prefeito Paulo Maluf. Por outro lado, uma contribuição melhor aos seus leitores seria a de ouvir a população sobre o momento atual desse relacionamento Pitta e Maluf, em vez simplesmente de emitir uma avaliação subjetiva, como na coluna publicada ontem (pág. 1-2, Opinião)." Antenor Braido, secretário de Comunicação Social da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP) Novo ministério "Se o critério para permanecer no serviço público é mesmo o da competência, esse "novo' ministério deveria começar a pedir demissão. Como bem observou Carlos Heitor Cony em sua excelente coluna de 27/12 (pág. 1-2, Opinião), existem ministros que não conhecem nada sobre sua área." Guilherme Lima (Belém, PA) Pessimismo e realidade "Dois textos pontiagudos foram publicados na edição de ontem. Não por acaso, de duas mulheres, Eliane Cantanhêde e Marilene Felinto. Ambos repassados de pessimismo na análise de um aspecto crucial da vida brasileira. O de Felinto é de uma tristeza sufocante, mas não poderia ser mais verdadeiro. Realidade dura de pedra essa nossa, que o verniz de FHC ou o cavanhaque de Lafer -em parelha com o primarismo de muitos- apenas fazem mais humilhante na sua tosca e brutal insensibilidade." Hércules Domingues de Faria (Mirassol, SP) Telefônica "A empresa Telefônica de São Paulo assume publicamente, em seus comerciais, o compromisso de oferecer um serviço de telecomunicações de alto nível. Ao contrário disso, muitas linhas telefônicas de São Paulo, aí se incluindo a minha, estão ficando sem sinal por até duas semanas, sem que seja tomada nenhuma providência. A empresa alega problemas causados pela instalação de novas linhas e não estabelece prazo para o conserto. É esse o serviço de Primeiro Mundo que será oferecido por essa empresa? O tempo inoperante será descontado do valor mensal da assinatura?" Wellington Felipe Bezerra (São Paulo, SP) Mães viciadas "Curiosa a situação das mães viciadas em drogas nos Estados Unidos (Mundo, edição de anteontem) que são presas por contaminar seus filhos ainda na gravidez. Curiosa porque, para se livrar da prisão, bastaria recorrerem ao aborto, prática legal naquele país. Contaminar não pode, matar pode. Quanta hipocrisia!" Marcelo Guterman (São Paulo, SP) Estradas esburacadas "Parece uma brincadeira de extremo mau gosto, mas é verdade: em vez de tapar os buracos nas estradas, o DNER agora simplesmente coloca placas com os dizeres: "Cuidado! Buracos na pista!'. Quem passa e vê uma dessas placas logo pensa que se trata de uma daquelas pegadinhas da TV, mas logo cai em um dos buracos, que realmente estão lá!" Daniel Rogerio Machado de Avila (Porto Alegre, RS) Primeiros socorros "Estamos em um país que parece querer acertar seu rumo, mas às vezes aparecem medidas que não consigo entender de onde saem e que objetivo têm. Estou falando do estojo de primeiros socorros requerido para todos os veículos no próximo ano. Por favor, alguém pode explicar a finalidade dessa coisa? Alguém pode descrever um acidente de carro em que um punhado de gaze e esparadrapo tenha salvado a vida de alguém, ou pelo menos contribuído para isso? Nós, brasileiros, que estamos em via de entrar para um mundo melhor, ainda patinamos em idiotices como essa, que parecem ter como objetivo principal criar antipatia popular e falta de credibilidade na seriedade de nossos dirigentes." Elcio Perpetuo Guimaraes (Goiânia, GO) Boas-festas A Folha agradece e retribui as mensagens de boas-festas que recebeu de: Fernando Bezerra, presidente da CNI; Kaiser; Miguel Jorge, Volkswagen (São Paulo, SP); Cia. Antarctica Paulista - IBBC (São Paulo, SP); Sandra Martinelli, Unibanco (São Paulo, SP); Heitor Pinto Filho, Uniban - Universidade Bandeirante de São Paulo (São Paulo, SP); Daniel Reboux, Jean Pierre Cantaux, Jose Castillo Madrid e Ricardo Pacheco, Prestar Assistência; Renata e Daniel Feffer; Paulo Lalli e Rui Porto, São Paulo Alpargatas S/A. (São Paulo, SP); J. Murillo Valle Mendes e Lucia Andrade Mendes (Belo Horizonte, MG); Sun&Sea International Representative; Simon Franco Recursos Humanos e Opportunity Consultoria; Ruben Eduardo Ali, cônsul para assuntos de turismo da República Argentina; STB Student Travel Bureau. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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