São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Violência
"O texto "Número de homicídios cai no Brasil" (Cotidiano, 30/1) traz elementos fundamentais para a discussão da segurança pública no país. É importante ressaltar que o mapa da violência dos municípios é claro ao apontar a queda nos homicídios a partir de 2003, quando entrou em vigor o Estatuto do Desarmamento.
Certamente o estatuto isoladamente não fez com que os índices de homicídios caíssem no ritmo que o estudo apresenta, mas é fundamental lembrar que ele foi a única medida nacional tomada no período em que começam a ser registradas as quedas.
Mais do que uma campanha, o Estatuto é uma das mais modernas e completas leis de controle de armas no mundo, e é preciso que seja implementado em sua totalidade."
DENIS MIZNE, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz (São Paulo, SP)

Camisinha
"A leitora Ananda Apple ("Painel do Leitor" de ontem) repete os clichês habituais contra a Igreja Católica e sua luta contra a distribuição da pílula do dia seguinte.
Ananda fala do Estado laico e do direito à camisinha. Ora, a mercantilização do sexo e o terror das adolescentes grávidas são, sim, problemas de cidadania. E a igreja tem todo o direito de se posicionar sobre isso, como a instituição mais respeitada deste país religiosíssimo.
Obviamente seus argumentos são aqueles canônicos da moral cristã, em que sexo e amor coexistem."
EDUARDO OYAKAWA, professor de filosofia da Escola Superior de Propaganda e Marketing (São Paulo, SP)

Amazônia
"É interessante observar como o senhor Saulo Ramos ("Crime na Amazônia", "Tendências/Debates" de ontem) utiliza o tema do desmatamento na Amazônia (problema que se arrasta há décadas) para soltar um compêndio de preconceitos em relação ao presidente Lula, seu governo e colaboradores.
Basta ver o que o ex-ministro de Sarney tem a dizer da ministra Marina Silva, figura de prestígio internacional na área, mas que, para o poderoso advogado, não passa de uma "colegial inocente que repetiu de ano".
Sobre Lula, o preconceito vai acompanhado de uma soberba: como o senhor Ramos acha que o presidente não leu seu livro (que, com certeza, apresenta a solução para todos os problemas nacionais), a conclusão é que o presidente não gosta de ler. E ponto.
É essa a grande contribuição para o debate nacional de certa elite brasileira: alimentar com preconceitos a classe média, desestimulando qualquer reflexão mais séria sobre os problemas do país."
CARLOS GUELLER (São Paulo, SP)

"Como o próprio articulista Marcelo Coelho reconhece não ter informações suficientes sobre a Amazônia ("Quem disse que é nossa?", Ilustrada de ontem), poderia ter refletido duas vezes ao escrever um artigo sobre a soberania brasileira naquele território com argumentos tão "naifs"."
RITA CAVALIERE (Rio de Janeiro, RJ)

"Cumprimento Marcelo Coelho pelo seu artigo de ontem. Está impecável. É justamente o que eu penso, sempre pensei e que gostaria de ver divulgado por alguém importante em um jornal importante.
Não há mais nada que a ele se possa acrescentar a não ser lamentar que os incompetentes e lunáticos "patriotas" brasileiros certamente não concordarão com limites à intitulada soberania desta republiqueta de bananas."
ROBERTO ANTONIO CÊRA (Piracicaba, SP)

Capes
"Cumprimento esse jornal pela iniciativa pioneira de utilizar a Avaliação Trienal da Capes para expor a pós-graduação brasileira stricto sensu -o único nível de ensino em que o Brasil tem reputação mundial-, num caderno bem concebido e bem trabalhado (Especial Pós-Graduação, 27/1). Aproveito a ocasião para esclarecer dois pontos em particular.
Primeiro, a nota 3 não é dada a cursos fracos ou de baixa produtividade. Cursos fracos são descredenciados pelo Conselho Técnico-Científico da Capes, composto de 16 coordenadores de área, eleitos por seus pares, o presidente do Fórum de Pró-Reitores e um pós-graduando, além de apenas dois diretores da Capes. O mesmo CTC atribui as notas de 3 a 7 para classificar os cursos existentes que tenham qualidade de regular a excelente. Todos eles são recomendados pela Capes. Mas, como a qualidade da pesquisa sobe constantemente, o desempenho que gerava uma nota 5 em 1998 pode levar a uma nota 3 em 2007.
Segundo, alguns entrevistados falam do que "a Capes" exige. A Capes, no caso, é cada comissão de área, definindo seus critérios do que é melhor ou pior em sua própria área e depois convencendo o CTC de que seus critérios e a aplicação deles foram consistentes. Por isso, não é verdade que "a Capes" recuse considerar os congressos como produção relevante numa determinada área.
Cerca de 10 a 15 áreas do conhecimento dão importância a congressos. As demais respeitam isso, porque é do perfil de tais áreas. Mas é preciso que congressos, assim como periódicos, patentes e livros, sejam avaliados e que a avaliação possa ser compreendida e ratificada pelo conjunto das áreas."
RENATO JANINE RIBEIRO, diretor de avaliação da Fundação Capes (Brasília, DF)

BBB
"Os leitores que escrevem criticando o "Big Brother Brasil" precisam entender que aquilo é um game, tal qual o futebol, onde quem não gosta simplesmente muda de canal. Criticar o programa, os participantes, o apresentador ou a audiência por não gostar daquele tipo de entretenimento é desrespeitar os que gostam. Assistir ao "BBB" não significa ser menos inteligente do que quem assiste ao futebol.
E que não se esqueçam: o controle está em suas mãos."
PAULO HENRIQUE PAMPOLIN (São Paulo, SP)

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