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PAINEL DO LEITOR
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Violência
"O texto "Número de homicídios
cai no Brasil" (Cotidiano, 30/1) traz
elementos fundamentais para a
discussão da segurança pública no
país. É importante ressaltar que o
mapa da violência dos municípios é
claro ao apontar a queda nos homicídios a partir de 2003, quando entrou em vigor o Estatuto do Desarmamento.
Certamente o estatuto isoladamente não fez com que os índices
de homicídios caíssem no ritmo
que o estudo apresenta, mas é fundamental lembrar que ele foi a única medida nacional tomada no período em que começam a ser registradas as quedas.
Mais do que uma campanha, o
Estatuto é uma das mais modernas
e completas leis de controle de armas no mundo, e é preciso que seja
implementado em sua totalidade."
DENIS MIZNE, diretor-executivo do Instituto Sou
da Paz (São Paulo, SP)
Camisinha
"A leitora Ananda Apple ("Painel
do Leitor" de ontem) repete os clichês habituais contra a Igreja Católica e sua luta contra a distribuição
da pílula do dia seguinte.
Ananda fala do Estado laico e do
direito à camisinha. Ora, a mercantilização do sexo e o terror das adolescentes grávidas são, sim, problemas de cidadania. E a igreja tem todo o direito de se posicionar sobre
isso, como a instituição mais respeitada deste país religiosíssimo.
Obviamente seus argumentos são
aqueles canônicos da moral cristã,
em que sexo e amor coexistem."
EDUARDO OYAKAWA, professor de filosofia da Escola Superior de Propaganda e Marketing
(São Paulo, SP)
Amazônia
"É interessante observar como o
senhor Saulo Ramos ("Crime na
Amazônia", "Tendências/Debates"
de ontem) utiliza o tema do desmatamento na Amazônia (problema
que se arrasta há décadas) para soltar um compêndio de preconceitos
em relação ao presidente Lula, seu
governo e colaboradores.
Basta ver o que o ex-ministro de
Sarney tem a dizer da ministra Marina Silva, figura de prestígio internacional na área, mas que, para o
poderoso advogado, não passa de
uma "colegial inocente que repetiu
de ano".
Sobre Lula, o preconceito vai
acompanhado de uma soberba: como o senhor Ramos acha que o presidente não leu seu livro (que, com
certeza, apresenta a solução para
todos os problemas nacionais), a
conclusão é que o presidente não
gosta de ler. E ponto.
É essa a grande contribuição para
o debate nacional de certa elite brasileira: alimentar com preconceitos
a classe média, desestimulando
qualquer reflexão mais séria sobre
os problemas do país."
CARLOS GUELLER (São Paulo, SP)
"Como o próprio articulista Marcelo Coelho reconhece não ter informações suficientes sobre a Amazônia ("Quem disse que é nossa?",
Ilustrada de ontem), poderia ter
refletido duas vezes ao escrever um
artigo sobre a soberania brasileira
naquele território com argumentos
tão "naifs"."
RITA CAVALIERE (Rio de Janeiro, RJ)
"Cumprimento Marcelo Coelho
pelo seu artigo de ontem. Está
impecável. É justamente o que eu
penso, sempre pensei e que gostaria
de ver divulgado por alguém importante em um jornal importante.
Não há mais nada que a ele se
possa acrescentar a não ser lamentar que os incompetentes e lunáticos "patriotas" brasileiros certamente não concordarão com limites à intitulada soberania desta republiqueta de bananas."
ROBERTO ANTONIO CÊRA (Piracicaba, SP)
Capes
"Cumprimento esse jornal pela
iniciativa pioneira de utilizar a Avaliação Trienal da Capes para expor a
pós-graduação brasileira stricto
sensu -o único nível de ensino em
que o Brasil tem reputação mundial-, num caderno bem concebido
e bem trabalhado (Especial Pós-Graduação, 27/1).
Aproveito a ocasião para esclarecer dois pontos em particular.
Primeiro, a nota 3 não é dada a
cursos fracos ou de baixa produtividade. Cursos fracos são descredenciados pelo Conselho Técnico-Científico da Capes, composto de 16
coordenadores de área, eleitos por
seus pares, o presidente do Fórum
de Pró-Reitores e um pós-graduando, além de apenas dois diretores da
Capes. O mesmo CTC atribui as notas de 3 a 7 para classificar os cursos
existentes que tenham qualidade
de regular a excelente. Todos eles
são recomendados pela Capes. Mas,
como a qualidade da pesquisa sobe
constantemente, o desempenho
que gerava uma nota 5 em 1998 pode levar a uma nota 3 em 2007.
Segundo, alguns entrevistados falam do que "a Capes" exige. A Capes,
no caso, é cada comissão de área,
definindo seus critérios do que é
melhor ou pior em sua própria área
e depois convencendo o CTC de que
seus critérios e a aplicação deles foram consistentes. Por isso, não é
verdade que "a Capes" recuse considerar os congressos como produção
relevante numa determinada área.
Cerca de 10 a 15 áreas do conhecimento dão importância a congressos. As demais respeitam isso, porque é do perfil de tais áreas. Mas é
preciso que congressos, assim como
periódicos, patentes e livros, sejam
avaliados e que a avaliação possa ser
compreendida e ratificada pelo
conjunto das áreas."
RENATO JANINE RIBEIRO, diretor de avaliação da
Fundação Capes (Brasília, DF)
BBB
"Os leitores que escrevem criticando o "Big Brother Brasil" precisam entender que aquilo é um game, tal qual o futebol, onde quem
não gosta simplesmente muda de
canal. Criticar o programa, os participantes, o apresentador ou a audiência por não gostar daquele tipo
de entretenimento é desrespeitar
os que gostam. Assistir ao "BBB" não
significa ser menos inteligente do
que quem assiste ao futebol.
E que não se esqueçam: o controle está em suas mãos."
PAULO HENRIQUE PAMPOLIN (São Paulo, SP)
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