|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Igreja
"É com desgosto que recebo o
texto de Francesco Scavolini "Os
enganos da cúpula da CNBB" (Opinião, 29/1). Mas não é em sua intenção primeira -construir uma
crítica à postura vacilante da cúpula
da CNBB sobre o programa de direitos humanos do governo Lula-
que o texto me causa dissabores. O
que realmente me assusta são os argumentos acessórios e complementares de que Scavolini faz uso.
Logo de início, o autor sugere
uma capciosa igualdade entre as
práticas do aborto e do homicídio.
Ora, se aborto e homicídio são coisas cambiáveis entre si, então a esmagadora maioria dos países que
apresentam alto nível de desenvolvimento humano (incluindo aí a
própria Itália, que legalizou o aborto em 1978) estão promovendo um
verdadeiro "retorno à barbárie".
Uma contradição em termos.
Tentando satanizar o assunto,
Scavolini nos leva de volta a 1933 e à
ascensão de Hitler como um episódio digno de comparação com o
Brasil de 2010. Não vale a pena aqui
insistir no fato de que foi exatamente a Igreja Católica quem manteve
relações amistosas com o nazismo
e, principalmente, com a sua versão
italiana, o fascismo. O importante
mesmo é ressaltar quão marcadamente "jurássico" é o entendimento
que o autor aqui em questão tem sobre como devem se dar as relações
entre o Estado brasileiro e a igreja."
PEDRO ERNESTO RODRIGUES MAÇARANDUBA (Goiânia, GO)
"Admirável a firmeza que o dr.
Francesco Scavolini demonstra em
seu artigo. De fato, na questão do
aborto -matar uma criança inocente e indefesa no ventre de sua
própria mãe- não dá para contemporizar em relação a quem quer que
seja. O verdadeiro católico apostólico romano é radicalmente contra o
aborto provocado e ponto final."
MARISA STUCCHI (Ribeirão Preto, SP)
"Quando o sr. Francesco Scavolini põe entre aspas a palavra "casamento", na expressão "casamento
homossexual", ele está colocando
entre aspas a cidadania de inúmeros homens e mulheres honrados
que pagam suas contas, cumprem
suas obrigações e contribuem para
o bem-estar da sociedade. Tenho 36
anos e posso dizer que há mais de
duas décadas espero o momento de
ver dispensado a mim e a outras
pessoas homossexuais um tratamento igualitário por parte do Estado. Por esta razão, é constrangedor ler, em 2010, um artigo em que
o autor afirme que o meu casamento contribui para "destruir os valores fundamentais da sociedade civil". Um ataque tão virulento, entretanto, não anula a realidade: nós
existimos e nossos casamentos
existem. Cumprimos nossos deveres e exigimos nossos direitos."
LUCIENE COSTA DE CASTRO (Niterói, RJ)
Formigas
"Quando li no caderno Ciência
(30/1) a reportagem "Formigas
doentes preferem ir morrer na solidão", quase caí de costas, pois o autor falou exatamente de um assunto que estava me intrigando há
dias! É que presenciei, e até fotografei, uma cena inusitada, aqui, em
meu quintal: uma formiguinha pequenina carregando uma outra,
enorme, que deveria ser a rainha,
levando-a para bem longe. Tropeçava, derrubava sua carga preciosa,
levantava-se e prosseguia seu caminho, com a outra em suas costas. Eu
achava que ela estava conduzindo a
rainha para o cemitério das formigas. Após o artigo de Ricardo Mioto,
entendi o que aconteceu naquele
dia: a formiguinha estava levando
uma moribunda para bem longe do
formigueiro, pois deveria estar com
alguma doença, o que colocaria todo o grupo de formigas em perigo.
Nota dez para a Folha."
ANTONIA TAVARES DE SOUZA RODRIGUES (Vinhedo,
SP)
Vestibular
"O descaso do MEC com a primeira tentativa de vestibular unificado é gigantesco. Segundo o ministério, seriam possíveis 200 mil
acessos simultâneos, porém, da tarde de anteontem até 9h de ontem,
eu e minha filha tentamos mais de
cem vezes, sem conseguir efetuar a
inscrição. Aliás, somente 45 mil
conseguiram. A falha na aplicação
do Enem não pode ser totalmente
atribuída ao MEC, mas agora sua
reponsabilidade é total e intransferível. Além da enorme dificuldade,
somos chamados continuamente
de imbecis. Uma mensagem nos diz
que o código de acesso foi digitado
erroneamente. Fui alfabetizado na
década de 60, sem promoção automática, e sei perfeitamente copiar
quatro dígitos alfanuméricos."
CLAUDIO CONDE FERNANDES (São Carlos, SP)
Roupas
"Reportagem do caderno Vitrine
de 30/1 comenta a falta de números
grandes em lojas caras da Oscar
Freire. Mas nas populares a consumidora mais "cheinha" também tem
problema em encontrar tamanhos
grandes -achar 46 e 48 ainda se
acha, número maior é muito difícil.
Nos Estados Unidos há tamanhos
pequeno, médio e grande e ainda
extragrande, duas vezes grande e
três vezes grande em todas as lojas
populares. Na Europa também, e
ainda se compra por catálogo, sem
ir às lojas, pois há diferença até no
comprimento das calças e das mangas, que a gente pode escolher,
além da possibilidade de devolver a
custo zero, se não servir -é só colocar de volta no correio com a mesma embalagem em que o pedido
chegou. Primeiro Mundo é isso aí!"
PEROLA SOARES ZAMBRANA (São Paulo, SP)
Quadrinhos
"Exceto o Níquel Náusea, sempre
inspirado, original e divertido, os
quadrinhos da Folha andam sofrendo de uma depressão coletiva
gravíssima. Será preguiça criativa?
Falta de imaginação? Autoindulgência? O fato é que os cartunistas
estão usando o espaço para externar aos leitores suas questões íntimas relativas a sexualidade, escatologia, ódios, vazios existenciais e
outros temas subjetivos e complexos mais adequados a um divã.
Ora, o que nós temos com isso?"
FERNANDO FABBRINI (Belo Horizonte, MG)
Professores
"Lamento discordar do leitor
Joaquim Felix ("Painel do Leitor",
29/1) quando ele insinuou que a
prova do concurso de professores
foi difícil. Sou aluno do ensino médio e acertei cerca de 70% das questões de física e 80% das de matemática. Foi uma prova que não exigiu
nenhum preparo especial, só testou
conhecimentos básicos dos docentes. É lamentável que o conhecimento de alguns professores seja
inferior ao de muitos alunos."
CESAR FORATTINI (São Paulo, SP)
Lipoaspiração
"Uma vez mais a mídia dá enorme ênfase a uma morte em lipoaspiração, desta vez em Brasília. Entretanto nem a mídia, os delegados
ou os promotores enfatizam ou tomam providências acerca da negligência das altas autoridades, as
quais permitem o caos nos hospitais públicos Brasil afora, quando
doentes graves e idosos ficam jogados em macas nos corredores."
HEITOR VIANNA P. FILHO (Araruama, RJ)
Bolsa
"Com a significativa saída de investidores estrangeiros da Bovespa,
provocando uma sensível queda
das ações e uma alta do dólar, é de se
perguntar se o governo terá a mesma rapidez em retirar o IOF com
que o implementou no ano passado.
Essa taxação, numa área em que as
empresas procuram recursos para
seus investimentos, irá afetar não
só as intenções da Petrobras de se
capitalizar, mas também as de muitas outras empresas nacionais."
ANTONIO JULIO AMARO (São Caetano do Sul, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Luis Pardo Saínz: O orgulho ferido de Chávez Próximo Texto: Erramos Índice
|