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São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Guerra
"Queremos o fim da guerra, não podemos mais aceitar o que Bush está fazendo com o nosso mundo. Não podemos aceitar que um presidente mesquinho e arrogante, que foi eleito por votos fantasmas e desconhecidos, acabe com a paz. Vamos tirá-lo do poder e voltar ao que era antes. Que saudades do Clinton e da Monica! Velhos tempos."
Leonardo Zani (Mongaguá, SP)
 

"É extremamente tendenciosa e antiamericana a cobertura da guerra no Iraque pela Folha. "Ataque do império" poderia ser "Contra-ataque do império". As ações terroristas usadas pelos iraquianos não deixam margem a dúvidas. Está se reduzindo o número de combatentes armados do terror, atacando-os onde têm guarida e tratamento de heróis por parte de um ditador sanguinário e corrupto."
Marcello de Albuquerque Maranhão, especialista em história pela UFF (Belém, PA)

Lembrança de outra fuga
"A foto publicada na Primeira Página da Folha no sábado (29/3), em que aparecem um pai de mãos dadas com seus filhos, fugindo do inferno, desamparados, lembra aquela foto antológica da garota no Vietnã correndo nua, desesperada com uma nuvem de napalm ao fundo. A história se repete perante nossos olhos e nós, impotentes, lamentamos."
Carlos Goldgrub (São Paulo, SP)

Dialética da bravata
"Será que entendi direito? O presidente Lula disse: "Quando a gente é de oposição, pode fazer bravata porque não vai poder executar nada mesmo. Agora, quando você é governo, tem de fazer, e aí não cabe a bravata." Isso significa que durante os oito anos do governo FHC a oposição (leia-se PT) só fez bravata? Com isso, irresponsavelmente, impediu FHC de fazer tudo aquilo que o PT-governo hoje considera bom para o Brasil?"
Otavino Candido de Paula Neto (Cotia, SP)

Mais emprego, menos filhos
"É necessário mitigar a fome dos miseráveis. O Fome Zero só será bem-sucedido se complementado com a criação dos 10 milhões de empregos prometidos e a adoção de um rígido controle de natalidade. Só comida não resolve, pois se gerarão mais filhos, aumentando progressivamente a miséria."
Maria da Graça Pereira da Silva (Belo Horizonte, MG)

Governo Marta
"É lamentável a cobertura dada ao governo de Marta Suplicy pela Folha. Exemplo flagrante, dentre tantos que poderia apontar, pode ser verificado na edição de Cotidiano de 27 de março. Na mesma edição foram publicadas duas manchetes que citam nominalmente a prefeita ("Em passeio com rainha, Marta recebe vaias" e "Escola de Marta troca merenda por bolacha') de forma a desgastar sua imagem. Há má-fé na edição dos títulos e, como de praxe, não é dado o devido direito ao contraditório, uma vez que o "outro lado" é apresentado de forma burocrática, desrespeitosa e, até mesmo, preconceituosa ao tratar fontes oficiais. O título "Em passeio com rainha, Marta recebe vaias" não se justifica, uma vez que o próprio olho da matéria sustenta que a manifestação partiu de militantes históricos do PSDB, mais precisamente Edson Marques, ex-diretor do CDHU. Isso demonstra que não se tratava de um ato da sociedade civil, portanto legítimo, mas de uma "claque" que premeditou afrontar a prefeita. A manchete "Escola de Marta troca merenda por bolacha" revela uma cobertura tendenciosa. Nenhum outro governante brasileiro é tratado dessa forma pelo jornal. Jamais se viu "Hospital de governador fulano de tal não tem remédios", "Fuga no presídio de fulano de tal", por exemplo."
José Américo Dias, secretário municipal de Comunicação e Informação Social (São Paulo, SP)

Manual anticorrupção
"Sensacional e de extrema utilidade pública a coluna de Elio Gaspari de ontem "Como pegar prefeito ladrão" (Brasil, pág. A14), divulgando a "Cartilha da Amarribo" (www.amarribo.com.br). Se toda a população tivesse acesso a essas valiosas informações, certamente o Brasil não estaria na atual situação."
Flávio Galvão Pereira (Campinas, SP)

Ferimentos múltiplos
"O deputado e empresário José Carlos Martinez feriu o Código de Conduta da Alta Administração Federal ao dar de presente um Rolex ao ministro José Dirceu. O ministro também feriu o código ao receber tão "singelo" presente. E o senador Aloizio Mercadante feriu a minha inteligência ao dizer que "o presente não fere o código por tratar-se de um presente de amigo". Nada mais a declarar."
Addy Félix de Carvalho (São Paulo, SP)

O retorno
"A dupla Zagallo e Parreira está perdendo o brilho ganho graças a sua exemplar atuação no tetracampeonato. O que se vê na volta desses digníssimos senhores é um futebol retrógrado, que envergonha a torcida. Melhor seria que ambos saíssem do cenário da seleção como vencedores, e não como maestros de uma sinfonia desafinada."
Roberto Risolia (Chapadão do Sul, MS)

Efeitos colaterais
"A população dos EUA consome esses produtos já há anos sem que tenham sido detectados problemas graves para a saúde ou o ambiente". Lendo essa afirmação em editorial da Folha sobre transgênicos ("Soja e bom senso", Opinião, pág. A2, 29/3), fui assaltado por uma terrível suspeita. Sabemos que a grande maioria da população americana cerra fileiras em torno de uma liderança da qualidade de George W. Bush, em apoio à estúpida guerra ora em curso. Será que os especialistas se lembraram de pesquisar os efeitos mentais e morais do consumo de transgênicos? Urge que os cientistas se debrucem sobre problema de tal gravidade."
José Alberto Marcondes Machado (Carapicuíba, SP)

Saúde
"Na edição de ontem da Folha, Josias de Sousa ("Saúde pública vira DOI-Codi pós-moderno", Brasil, pág. A13) mostrou a ponta do iceberg do nosso SUS, através do intolerável caso de portadores de HIV de Santa Catarina, muito bem comparado aos suplícios de uma tortura por conta dos labirintos burocráticos, judiciais e políticos que a simples compra de medicamentos antiretrovirais se tornou, levou alguns à sepultura e trouxe outros ao corredor da morte. E o Brasil se orgulha de seu programa de fornecimento de medicamentos para HIV! A letra constitucional "Saúde é dever do Estado e direito do povo" está se tornado também morta."
Celio Levyman, médico (São Paulo, SP)

Crime organizado
"Nossos políticos continuam adiando as votações sobre o crime organizado. A continuar assim, a operação aqui no Brasil vai se chamar 'Mãos Lentas'".
Ademar Afonso (Londrina, PR)
 

"Assisti ao filme "Prenda-me se For Capaz", que retrata a história de um falsificador que, depois de preso, foi convidado pelo FBI para ajudar a desvendar falsificações e criar sistemas de segurança contra outros falsários. Pois bem, por que não convidam o Fernandinho Beira-Mar para organizar a nossa segurança pública, pois o esquema de organização das facções criminosas são irrepreensíveis, em vez de o ficarem transformando em astro de TV, em hóspede em presídios de vários Estados e lhe proporcionando belos vôos panorâmicos?"
Rogério F. Ananias (São Paulo, SP)

É mais embaixo
"Não é politicamente correto priorizar a inclusão digital no Brasil. Sendo o 32º país em leitura, liderando o analfabetismo e a repetência na América Latina e exibindo a assustadora marca de 74% de analfabetos funcionais, a questão central a priorizar é a inclusão literal."
Ascenso Furtado (Rio de Janeiro, RJ)


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