|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
Guerra
"Queremos o fim da guerra, não podemos mais aceitar o que Bush está fazendo com o nosso mundo. Não podemos
aceitar que um presidente mesquinho e
arrogante, que foi eleito por votos fantasmas e desconhecidos, acabe com a paz.
Vamos tirá-lo do poder e voltar ao que
era antes. Que saudades do Clinton e da
Monica! Velhos tempos."
Leonardo Zani (Mongaguá, SP)
"É extremamente tendenciosa e antiamericana a cobertura da guerra no Iraque pela Folha. "Ataque do império" poderia ser "Contra-ataque do império". As
ações terroristas usadas pelos iraquianos
não deixam margem a dúvidas. Está se
reduzindo o número de combatentes armados do terror, atacando-os onde têm
guarida e tratamento de heróis por parte
de um ditador sanguinário e corrupto."
Marcello de Albuquerque Maranhão,
especialista em história pela UFF (Belém, PA)
Lembrança de outra fuga
"A foto publicada na Primeira Página
da Folha no sábado (29/3), em que aparecem um pai de mãos dadas com seus
filhos, fugindo do inferno, desamparados, lembra aquela foto antológica da
garota no Vietnã correndo nua, desesperada com uma nuvem de napalm ao fundo. A história se repete perante nossos
olhos e nós, impotentes, lamentamos."
Carlos Goldgrub (São Paulo, SP)
Dialética da bravata
"Será que entendi direito? O presidente
Lula disse: "Quando a gente é de oposição, pode fazer bravata porque não vai
poder executar nada mesmo. Agora,
quando você é governo, tem de fazer, e aí
não cabe a bravata." Isso significa que durante os oito anos do governo FHC a
oposição (leia-se PT) só fez bravata?
Com isso, irresponsavelmente, impediu
FHC de fazer tudo aquilo que o PT-governo hoje considera bom para o Brasil?"
Otavino Candido de Paula Neto
(Cotia, SP)
Mais emprego, menos filhos
"É necessário mitigar a fome dos miseráveis. O Fome Zero só será bem-sucedido se complementado com a criação dos
10 milhões de empregos prometidos e a
adoção de um rígido controle de natalidade. Só comida não resolve, pois se gerarão mais filhos, aumentando progressivamente a miséria."
Maria da Graça Pereira da Silva
(Belo Horizonte, MG)
Governo Marta
"É lamentável a cobertura dada ao governo de Marta Suplicy pela Folha.
Exemplo flagrante, dentre tantos que poderia apontar, pode ser verificado na edição de Cotidiano de 27 de março. Na
mesma edição foram publicadas duas
manchetes que citam nominalmente a
prefeita ("Em passeio com rainha, Marta
recebe vaias" e "Escola de Marta troca
merenda por bolacha') de forma a desgastar sua imagem. Há má-fé na edição
dos títulos e, como de praxe, não é dado
o devido direito ao contraditório, uma
vez que o "outro lado" é apresentado de
forma burocrática, desrespeitosa e, até
mesmo, preconceituosa ao tratar fontes
oficiais. O título "Em passeio com rainha,
Marta recebe vaias" não se justifica, uma
vez que o próprio olho da matéria sustenta que a manifestação partiu de militantes históricos do PSDB, mais precisamente Edson Marques, ex-diretor do
CDHU. Isso demonstra que não se tratava de um ato da sociedade civil, portanto
legítimo, mas de uma "claque" que premeditou afrontar a prefeita. A manchete
"Escola de Marta troca merenda por bolacha" revela uma cobertura tendenciosa. Nenhum outro governante brasileiro
é tratado dessa forma pelo jornal. Jamais
se viu "Hospital de governador fulano de
tal não tem remédios", "Fuga no presídio
de fulano de tal", por exemplo."
José Américo Dias, secretário municipal de
Comunicação e Informação Social
(São Paulo, SP)
Manual anticorrupção
"Sensacional e de extrema utilidade
pública a coluna de Elio Gaspari de ontem "Como pegar prefeito ladrão" (Brasil, pág. A14), divulgando a "Cartilha da
Amarribo" (www.amarribo.com.br). Se
toda a população tivesse acesso a essas
valiosas informações, certamente o Brasil não estaria na atual situação."
Flávio Galvão Pereira (Campinas, SP)
Ferimentos múltiplos
"O deputado e empresário José Carlos
Martinez feriu o Código de Conduta da
Alta Administração Federal ao dar de
presente um Rolex ao ministro José Dirceu. O ministro também feriu o código
ao receber tão "singelo" presente. E o senador Aloizio Mercadante feriu a minha
inteligência ao dizer que "o presente não
fere o código por tratar-se de um presente de amigo". Nada mais a declarar."
Addy Félix de Carvalho (São Paulo, SP)
O retorno
"A dupla Zagallo e Parreira está perdendo o brilho ganho graças a sua exemplar atuação no tetracampeonato. O que
se vê na volta desses digníssimos senhores é um futebol retrógrado, que envergonha a torcida. Melhor seria que ambos
saíssem do cenário da seleção como vencedores, e não como maestros de uma
sinfonia desafinada."
Roberto Risolia (Chapadão do Sul, MS)
Efeitos colaterais
"A população dos EUA consome esses
produtos já há anos sem que tenham sido detectados problemas graves para a
saúde ou o ambiente". Lendo essa afirmação em editorial da Folha sobre
transgênicos ("Soja e bom senso", Opinião, pág. A2, 29/3), fui assaltado por
uma terrível suspeita. Sabemos que a
grande maioria da população americana
cerra fileiras em torno de uma liderança
da qualidade de George W. Bush, em
apoio à estúpida guerra ora em curso.
Será que os especialistas se lembraram
de pesquisar os efeitos mentais e morais
do consumo de transgênicos? Urge que
os cientistas se debrucem sobre problema de tal gravidade."
José Alberto Marcondes Machado
(Carapicuíba, SP)
Saúde
"Na edição de ontem da Folha, Josias
de Sousa ("Saúde pública vira DOI-Codi
pós-moderno", Brasil, pág. A13) mostrou a ponta do iceberg do nosso SUS,
através do intolerável caso de portadores
de HIV de Santa Catarina, muito bem
comparado aos suplícios de uma tortura
por conta dos labirintos burocráticos,
judiciais e políticos que a simples compra de medicamentos antiretrovirais se
tornou, levou alguns à sepultura e trouxe
outros ao corredor da morte. E o Brasil
se orgulha de seu programa de fornecimento de medicamentos para HIV! A letra constitucional "Saúde é dever do Estado e direito do povo" está se tornado
também morta."
Celio Levyman, médico (São Paulo, SP)
Crime organizado
"Nossos políticos continuam adiando
as votações sobre o crime organizado. A
continuar assim, a operação aqui no Brasil vai se chamar 'Mãos Lentas'".
Ademar Afonso (Londrina, PR)
"Assisti ao filme "Prenda-me se For Capaz", que retrata a história de um falsificador que, depois de preso, foi convidado pelo FBI para ajudar a desvendar falsificações e criar sistemas de segurança
contra outros falsários. Pois bem, por
que não convidam o Fernandinho Beira-Mar para organizar a nossa segurança
pública, pois o esquema de organização
das facções criminosas são irrepreensíveis, em vez de o ficarem transformando
em astro de TV, em hóspede em presídios de vários Estados e lhe proporcionando belos vôos panorâmicos?"
Rogério F. Ananias (São Paulo, SP)
É mais embaixo
"Não é politicamente correto priorizar
a inclusão digital no Brasil. Sendo o 32º
país em leitura, liderando o analfabetismo e a repetência na América Latina e
exibindo a assustadora marca de 74% de
analfabetos funcionais, a questão central
a priorizar é a inclusão literal."
Ascenso Furtado (Rio de Janeiro, RJ)
Texto Anterior: Regina Madalozzo e Marcelo Moura: Jogos de guerra
Próximo Texto: Erramos Índice
|