São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Governo do Estado
"A redução de impostos é uma política do governo do Estado de São Paulo que tem o objetivo de apoiar a produção e a geração de emprego e de renda. Em vários momentos, houve anúncios sobre esse tema. Em dezembro de 2003, o governador Geraldo Alckmin anunciou a redução da alíquota do ICMS do álcool de 25% para 12%. Em 21 de setembro do ano passado, foram anunciadas medidas de alívio tributário para vários setores, como o de autopeças, o de cosméticos, o de produtos de higiene, o de medicamentos, o de alimentos, o atacadista de couro, o de instrumentos musicais e o de brinquedos. E, na segunda-feira da semana passada, o governador Alckmin anunciou medidas de desoneração do pão francês, da farinha de trigo e da energia elétrica para residências de baixo consumo. Como se pode apreender desses fatos, o anúncio da semana passada não é uma "bondade eleitoral", como faz supor editorial da Folha, cuja opinião respeitamos ("Bondades eleitorais", 25/5). Cabe lembrar que estamos a 17 meses das eleições de 2006. Cada governante é eleito, no Brasil, para um mandato de quatro anos, período no qual se espera que ele trabalhe durante todos os dias do seu mandato da melhor forma possível pelos cidadãos que o elegeram."
Roger Ferreira, secretário de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Correios
"Esclarecemos que, entre os dias 26 e 29 de maio, participamos de um encontro religioso com cerca de 120 pessoas, entre as quais estava o deputado Chico Alencar (PT-RJ). Em nenhum momento houve manifestação favorável ou contrária ao fato de ele ter assinado a CPI dos Correios (nota "Conforto espiritual", "Painel", Brasil, pág. A4, 28/5)."
Frei Betto, Paulo Vannuchi e Ricardo Kotscho (São Paulo, SP)

Governo Lula
"Quando venceu a eleição para a Presidência, Lula, candidato do PT, disse que a "esperança venceu o medo". Com 60% de seu mandato concluído, a enorme distância entre o discurso e as ações de Lula (que manteve a mesma política econômica de juros altos que favorece apenas os interesses das instituições financeiras em detrimento dos da população, fez "operações-abafa" em denúncias de corrupção, inchou a máquina pública empregando aliados e não investiu em educação) finca o "traseiro" do PT no mesmíssimo lugar-comum dos demais partidos que já governaram o Brasil. Assim, o PT, definitivamente, sepulta a esperança dos cidadãos em qualquer partido e contribui para tornar os brasileiros um povo sem esperança.".
André Mascia Silveira (São Paulo, SP)

 

"É incrível o crescimento das críticas e das queixas sobre o presidente Lula, sobre o seu governo e sobre o seu partido. Essas críticas são, de fato, surpreendentes -não pelo conteúdo ou pela forma, mas pelo momento em que elas vêm sendo feitas. Foi preciso esperar mais de dois anos de governo e inúmeras desilusões e desmandos para que se começasse a enxergar a realidade. Não estou decepcionado -não esperava nada melhor do que vem acontecendo-, mas impressionado de ver como muitas pessoas (muitas mesmo) tinham expectativas otimistas, grandiosas e imediatas em relação a Lula e ao PT. Há muito o rei está nu, e poucos viam isso -talvez por ingenuidade, por expectativa de mudanças milagrosas, por falta de informação política, por conveniência ou, simplesmente, por estarem enganando-se. O fato é que, agora, começa a desnudar-se o que nu sempre esteve. Alimentar expectativas é desejar o impossível."
Rodrigo Odilon dos Anjos (Brasília, DF)

 

"Fico pensando em que adiantou tantos esforços para reimplantarmos a democracia neste país -quantos não foram presos (entre os quais o nosso atual presidente), torturados e morreram para que esse sonho se tornasse realidade. Tudo foi em vão. Elegemos um presidente oriundo da classe mais baixa da nossa sociedade, mas suas atitudes não coincidem com suas origens."
Gilberto Ribeiro Da Silva (Carapicuíba, SP)

Balões
"Quero registrar o desserviço que a Folhinha prestou na edição de sábado passado, dia 28/5. O caderno que se diz a serviço da criança ensinou a quem não sabia e lembrou a quem havia esquecido que soltar balão faz parte dos festejos juninos. Em tempos de seca, de fios de luz espalhados, de queimaduras que são causadas com as tochas, de campanhas institucionais para que não se soltem balões, a Folhinha fez reportagem politicamente incorreta e perigosa ao ambiente e à saúde."
Luciana Amaral, médica (Curitiba, PR)

Parada gay
"A Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo manifesta, por meio desta nota, sua indignação com a reportagem publicada ontem na Folha sobre a 9ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo. É inadmissível o conteúdo da reportagem assinada pelas jornalistas de forma sensacionalista e apelativa sobre um evento civil que reuniu mais de 2 milhões de pessoas em torno de uma reivindicação legítima. Felizmente, para nós, a reportagem é mais prejudicial à imagem do meio que a veiculou do que à dos organizadores e dos participantes de uma manifestação da importância de nossa parada."
Reinaldo Pereira Damião, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (São Paulo, SP)

Relações políticas
"Em relação à nota "Quebra-cabeça 1" ("Painel", Brasil, pág. A4, 30/5), tenho a lamentar que insinuações sejam publicadas visando denegrir a imagem de pessoas sem que haja qualquer fato a ser noticiado. Confundem relações políticas com relações de outra natureza. Tenho relações políticas com o ex-governador Garotinho e sou colega do deputado Sandro Mabel. O resto não passa de insinuações com objetivos não-confessáveis que são, infelizmente, amparados nas páginas desse conceituado jornal."
Eduardo Cunha, deputado -PMDB-RJ (Rio de Janeiro, RJ)

Multas
"A Folha presta um relevante serviço ao denunciar o destino dos recursos recebidos de motoristas que pagaram multas ("Lula congela 80% dos gastos de trânsito", Cotidiano, pág. C4, 30/5). Ressalto, entretanto, que, ao deixar de aplicar esses recursos conforme determina o código de trânsito, a cobrança de multas deixa de cumprir parte do seu objetivo. Como a prática é usada não apenas pelo governo federal mas também pelos municípios, não é exagero dizer que há, sim, uma "indústria de multas" que não financia aquilo que é obrigação do Estado (sinalização, engenharia de tráfego, fiscalização, educação), mas, sim, o superávit primário. O governo federal e os municípios parecem esquecer o alto custo dos acidentes para o sistema de saúde e para a Previdência."
Adilson Amadeu, vereador pelo PTB, vice-presidente da Comissão de Trânsito e Transporte (São Paulo, SP)


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