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Imprensa
"Como se fosse uma réplica à afirmação do presidente Lula de que à
imprensa não cabe papel fiscalizador, a Folha, atuando no lugar da
"imprescindível" Aneel, revelou a
cobrança extra na conta da energia
elétrica apresentada a todos nós.
Como resultado, as distribuidoras, muito bondosamente, concordaram em devolver as taxas absurdas cobradas a mais do consumidor
("Elétricas já aceitam ressarcir consumidor", Dinheiro, ontem).
Será que a Aneel se encarregará
de fiscalizar essa devolução? Ou
continuará no seu papel de defensora incansável dos interesses das
distribuidoras de energia contra os
perigosos consumidores?"
VERA LUCIA CORDEIRO ABRAM (Curitiba, PR)
Minissaia
"A Folha foi muito feliz com o título "Taleban na faculdade" (Cotidiano, ontem). Foi estarrecedor o
que alunos fizeram com a colega
que foi de minissaia à faculdade.
Nem parece que estamos no século
21. A minissaia foi inventada em
1966 e, nos anos seguintes, as moças
andavam vestidas assim pelas ruas.
E todos as respeitavam.
A continuar assim, daqui a pouco
a mulher brasileira será obrigada a
usar lenço e outras vestimentas que
terão de ser submetidas a uma polícia de costumes."
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)
Olímpicos
"Sobre a reportagem "Lula quer
metas no esporte olímpico" (Esporte, 29/10), esclarecemos que o COB
não é "contrário a estabelecer objetivos fixos para confederações, como número de pódio ou ouros em
competições", como afirma o texto.
Prova disso é que, no início de
2009, a entidade divulgou as metas
dos esportes olímpicos até os Jogos
de Londres, em 2012 -fato este
divulgado pela Folha no dia 6/3.
Portanto, a aspiração do presidente Lula de definir metas esportivas para 2016 não "contraria posição do COB", destacada no subtítulo da reportagem. Ao contrário, ratifica a posição do COB, anunciada
em março passado."
CLÁUDIO MOTTA , assessoria de imprensa do COB
(Rio de Janeiro, RJ)
Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".
TRE-MA
"A nota "Lula indica apadrinhado
de Sarney para o TRE" (Brasil, ontem) explicita uma agressão à minha honra.
Exerço a advocacia há 40 anos,
ininterruptamente, sou professor
concursado da Universidade Federal do Maranhão desde julho de
1974 e mestre em direito pela UnB.
Em diversos mandatos fui conselheiro federal da OAB, representando a seccional do Maranhão. Fui
presidente da OAB-MA e por isso
sou seu conselheiro nato.
Já fui juiz, na categoria de jurista,
do TRE-MA no período 1981/1982.
Nunca fui, não sou e nunca serei
apadrinhado de ninguém.
A referida nomeação ocorreu depois de dois anos de exercício na
condição de juiz substituto do
mencionado tribunal eleitoral.
Nunca lutei para ter; sempre lutei para ser. Sempre trabalhei e estudei permanentemente pela aplicação correta do direito, objetivando a concretização da Justiça, pois
esta é o seu valor supremo.
Espero que este jornal respeite a
minha honra."
JOSÉ CARLOS SOUSA SILVA (São Luís, MA)
Seguro estatal
"A reportagem "Estatal faz seguro
para bancar irregularidade de dirigentes", Cotidiano, ontem), sobre a
contratação de seguros de responsabilidade civil pelas empresas vinculadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos, apresenta conclusões equivocadas.
Os seguros não "blindam" os gestores públicos. Eles têm um caráter
preventivo, de forma a evitar que
executivos processados injustamente tenham de arcar com as custas de sua defesa. Se, ao final, ficar
demostrado que o ato foi praticado
por má-fé ou intencionalmente,
não haverá cobertura pela apólice
do seguro contratado. Antes dessa
contratação, mesmo que inocentado ao final do processo, o gestor arcava com todas as custas judiciais e
honorários advocatícios.
Essa medida é mais um incentivo
para que profissionais competentes
se interessem por posições executivas na administração pública."
FABIO SCHIVARTCHE , assessor de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos
(São Paulo, SP)
"A reportagem "Estatal faz seguro
para bancar irregularidade de dirigentes" contém erros graves sobre a
contratação de seguros D&O pela
Sabesp. É falsa a informação de que,
"se forem condenados, a seguradora
assumirá os custos". Não é verdade.
O seguro fixa que, no caso de condenação final administrativa ou judicial, os dirigentes devem ressarcir a seguradora. É também falsa a informação de que "a seguradora é que
deve assumir as punições financeiras" e "até de assédio moral e sexual".
Casos de assédio moral ou sexual
são cobertos apenas na hipótese de
alegações infundadas. Se houver
condenação judicial, não há cobertura. O D&O é uma medida de boa
gestão, de governança corporativa,
de transparência e independência
decisória adotada na enorme maioria das grandes empresas públicas e
privadas. Apesar de a reportagem
conduzir o leitor a uma leitura parcial, felizmente as respostas apresentadas pela Sabesp deixam claro
que os textos apresentados contradizem todas as tendências modernas de gestão de empresa."
ADRIANO CANDIDO STRINGHINI , superintendente
de comunicação da Sabesp (São Paulo, SP)
Resposta dos jornalistas Alencar Izidoro e José Ernesto Credendio - Não há erro nem conclusão equivocada. O seguro
blinda os gestores porque eles
se livram da punição financeira
por atos culposos (como imperícia, negligência e imprudência). A reportagem deixou claro
que não há cobertura se os atos
condenados pela Justiça forem
dolosos (má-fé, violação intencional da lei, atitudes ilícitas,
vantagem pessoal).
Maluf
"Fernando de Barros e Silva, no
artigo "Lobato na terra dos "noias"
(Opinião, ontem) culpa injustamente Paulo Maluf e o elevado
Costa e Silva -Minhocão- pela deterioração do centro de São Paulo.
Elevados existem em grandes cidades do mundo -Tóquio, Nova
York, Londres, Buenos Aires-, e
em nenhuma delas são considerados motivo de decadência urbana e
ninguém pensa em demoli-los.
O centro velho, por exemplo, já
estava em decadência muito antes
de o Minhocão ser construído.
O palácio do governo de São Paulo mudou dos Campos Elíseos para
o Morumbi na metade dos anos 60,
antes também de o elevado ser planejado. Em 197l, 38 anos atrás,
quando o elevado foi inaugurado,
ninguém sabia o que era "crack" -a
cracolândia só surgiu nos anos 90.
Fechemos o elevado por uma semana e vamos ver o que acontece
com o trânsito de São Paulo."
ADILSON LARANJEIRA , assessor de imprensa de
Paulo Maluf (São Paulo, SP)
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