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Percepção de corrupção no Brasil fica estável

Posição no ranking caiu do 69º para o 73º lugar pela inclusão de mais países

Nepotismo e venda de favores prejudicam imagem do país, diz ONG responsável por levantamento

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

Após três anos de ascensão, o Brasil se manteve estável no ranking da ONG Transparência Internacional que mede a percepção de corrupção nos países do mundo.

A nota atribuída ao Brasil pela ONG variou de 3,7, em 2010, para 3,8, numa escala que vai de 0 (muito corrupto) a 10 (nada corrupto).

Segundo Alejandro Salas, responsável pelo continente americano na Transparência Internacional -que tem sede em Berlim-, o Brasil adota medidas contra a corrupção, mas continua com práticas centenárias, como o nepotismo e a compra de votos.

Também persiste a percepção de venda de favores nas esferas governamentais.

Em 2010, o Brasil ocupava a 69ª posição num total de 178 países. Agora, ele aparece em 73º lugar entre 183 países.

A mudança de posição no ranking resultou da inclusão de novos países -como Santa Lúcia, Bahamas e São Vicente e Granadinas-, que aparecem na frente do Brasil.

AMÉRICA DO SUL

Na América do Sul, o Brasil está atrás do Chile, na 22ª posição, e do Uruguai (25º). Cuba, que empatara com o Brasil em 2010, melhorou e está agora na 61ª posição.

A Venezuela é o pior país no continentel (172º).

O ranking é liderado pela Nova Zelândia, seguida da Dinamarca e da Finlândia. No fim da lista estão a Somália, que enfrenta uma guerra civil, e a Coreia do Norte -que aparece pela primeira vez no estudo da Transparência Internacional.

O ranking é elaborado com base em documentos e entrevistas. Em cada país, empresários locais, estrangeiros e analistas são questionados se tiveram de pagar ou se foi exigido que pagassem propina para agentes públicos.

Eles também respondem sobre como estão os programas de combate à corrupção.

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