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Greve atinge 80% da Justiça do Trabalho, dizem magistrados

Cerca de 20 mil audiências foram canceladas; para a OAB-RJ, atraso nessas ações será de ao menos seis meses

Na Justiça Federal, a adesão foi de 90%, de acordo com a Ajufe, que afirma representar cerca de 2.000 juízes

DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO

Cerca de 80% dos juízes do Trabalho do país aderiram ontem a uma paralisação para reivindicar aumento salarial, segundo informações da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho).

Foi a primeira vez que a categoria, cujo piso inicial é de R$ 21,7 mil, cruzou os braços.

Além deles, os juízes federais pararam. Os servidores do Judiciário também estão em greve em 19 Estados.

De acordo com a Anamatra, foram organizados atos em 23 tribunais do trabalho.

No fórum da Barra Funda (zona oeste de SP) -o maior do país-, 200 juízes e servidores participaram de um protesto no período da tarde.

Foram remarcadas 20 mil audiências. O presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, que é advogado trabalhista, disse que isso significa um atraso de, pelo menos, seis meses em cada ação.

Além de um aumento de 20%, os 3.600 juízes do Trabalho também reclamam da falta de segurança e da "desvalorização da carreira".

O advogado Ricardo Menezes disse que foram canceladas audiências de dois trabalhadores marcadas há sete meses. "Nem sei como explicar para os meus clientes."

Na Justiça Federal, a adesão foi de 90% entre os 2.000 magistrados, segundo Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil). Eles afirmam ter finalizado um boicote que suspendeu as ações da AGU (Advocacia-Geral da União).

A AGU disse que detectou casos isolados que não alteraram a rotina de trabalho.

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