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Cotidiano - em cima da hora

Justiça do Rio absolve viúva de ganhador da Mega-Sena

Decisão não garante acesso à herança, estimada em R$ 100 mi

PAULA BIANCHI
ENVIADA especial A RIO BONITO (RJ)

Após cinco dias de julgamento, o Tribunal do Júri de Rio Bonito (RJ) absolveu na madrugada de ontem a ex-cabeleireira Adriana Ferreira de Almeida, 34, acusada de mandar matar o marido e ganhador da Mega-Sena, Renné Senna, 54, em 2007.

Segundo o advogado Marcus Rangoni, que representa a filha de Senna, a decisão não garante o acesso da viúva à herança, já que tramita na esfera cível ação que pede que ela seja considerada "indigna" de receber os bens.

Em testamento, o milionário destinou 50% da fortuna para a então companheira e 50% para a filha, Renata Almeida Senna. O valor total é estimado em R$ 100 milhões.

O Ministério Público sustentou que Adriana planejou o assassinato de Senna quando descobriu que ele pretendia retirá-la do testamento.

Baseou-se principalmente no rastreamento de ligações telefônicas que indicavam que ela manteve contato com um dos executores do crime, o ex-PM Anderson Sousa.

Sousa e Ednei Gonçalves Pereira foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão pelo assassinato de Senna e por furto qualificado.

A defesa insistiu em que não havia provas concretas contra a ex-cabeleireira. Foi a tese endossada pelos jurados.

Adriana deixou o fórum escoltada pela polícia. "Não havia provas contra ela", disse o advogado Jackson Costa.

A promotora Priscila Naegele se disse surpresa com resultado e prometeu recorrer.

Além de Adriana, foram absolvidos outros três acusados de participação no crime.

Senna foi executado em 7 de janeiro de 2007, dois anos após ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena.

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