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Governo concede status de anistiado político a Marighella

Homenagem acontece hoje em Salvador, dia que marca os cem anos de seu nascimento

DE BRASÍLIA
DE SALVADOR

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concederá hoje o status de anistiado político ao guerrilheiro comunista Carlos Marighella (1911-1969), que foi líder da ALN (Ação Libertadora Nacional) e um dos principais opositores à ditadura militar.

A homenagem acontecerá em Salvador, no dia dos cem anos de seu nascimento. Seus familiares não pediram reparação econômica.

Na cerimônia, conselheiros pedirão desculpas, em nome do Estado brasileiro, pela perseguição empreendida contra o guerrilheiro.

À noite, será exibido o documentário "Marighella", dirigido por Isa Ferraz, sobrinha do guerrilheiro, na praça Castro Alves. Também será lançado um memorial.

Amanhã, os conselheiros julgarão os pedidos de outros resistentes ao regime.

A atuação de Marighella se deu, por décadas, no PCB. Preso na ditadura de Getúlio Vargas, chegou a ser eleito deputado em 1946.

Em 1968, após romper com o partido, fundou a ALN para combater, por meio da luta armada, a ditadura.

A ação mais conhecida do grupo foi o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick em 1969, feita com o MR-8, outra organização guerrilheira de esquerda.

Dois meses depois do sequestro, Marighella foi morto por agentes do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) em uma emboscada em São Paulo.

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