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Dilma rechaça interferência de partidos em seu governo Em recado a PT e PMDB, presidente diz que indicados prestam contas ao governo Em café com jornalistas, presidente diz que seu governo é de 'tolerância zero' com malfeito, mas não fará caça às bruxas
FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA Em café da manhã com a imprensa, a presidente Dilma Rousseff, que perdeu seis ministros sob suspeita de irregularidade no primeiro ano de mandato, mandou um recado a seus aliados ao dizer que "nenhum partido político pode interferir nas relações internas de governo". Segundo ela, após um ministro ser indicado por um partido, ele tem de prestar contas apenas ao governo e "a mais ninguém", acrescentando que "vai exigir cada vez mais que os critérios de governança sejam critérios internos do governo". Subindo o tom de voz, disse que a regra "vale para todos os partidos", em recado claro ao PT e ao PMDB, que no momento disputam espaço na Caixa. Dilma afirmou ainda que o seu governo é de "tolerância zero". Dilma voltou a defender, porém, o amigo e ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), insistindo que as acusações contra ele "não têm nada" do seu governo -as consultorias prestadas por ele foram anteriores à sua posse no ministério. Questionada se o caso não era idêntico ao do ex-ministro Antonio Palocci, primeira baixa de sua gestão, disse apenas: "O Palocci quis sair". O encontro descontraído com os jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto tornou-se uma tradição no governo e Lula. Dilma decidiu manter a ideia, mas ao seu estilo. Na maior parte do tempo, foi enfática nas respostas, mas teve momentos de bom humor. Diante da insistência para apontar as vantagens de um governo feminino, ponderou: "Eu não acho assim os homens tão ruins..." A seguir, os principais trechos da conversa:
Corrupção
Ingerência Segundo ela, é importante "que os partidos possam indicar nomes, mas a partir do momento que o nome for indicado ele presta contas ao governo, não presta contas a mais ninguém, senão seria muito estranho. Quero deixar isso claro".
Caça às bruxas
Imprensa
Judiciário Segundo a presidente, o momento não permite uma "política de gastos sem controle". " Não é crime pedir aumento. (...) Não era hora de dar aumento salarial para categoria nenhuma", disse.
Economia
Reforma ministerial
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