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Blitz da PM apreende 519 pedras de crack

A polícia apreendeu, na noite de anteontem, 519 pedras de crack e deteve sete pessoas em um imóvel da rua Helvétia, no centro de São Paulo, utilizado por usuários de drogas da cracolândia.

Foi a maior apreensão de crack feita desde o início da operação policial na região central da capital paulista, iniciada na última terça.

Além da droga, foram apreendidos 18 relógios, dois celulares, munição e R$ 1.500.

Ao menos 35 pessoas já foram presas desde terça-feira. Segundo a Polícia Militar, foram presos 15 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e 20 pessoas procuradas da Justiça.

Também foram encaminhadas 12 pessoas para atendimento de saúde, e outras cinco pessoas foram levadas para hospitais.

Ontem, mesmo com a presença da PM nas ruas, a Folha presenciou, em dois momentos diferentes, pessoas se aglomerando em torno de traficantes. O primeiro, pela manhã, foi na rua Helvétia. O outro, à tarde, foi em pleno canteiro central da avenida Duque de Caxias, perto da avenida Rio Branco. Não havia carros de polícia na hora.

POLÍTICA

Ontem, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que não foi avisado da data da operação da cracolândia. Afirmou que não era necessário, porque prefeitura e polícia são instituições independentes.

A informação de que o prefeito não fora avisado foi publicada ontem no jornal "O Estado de S.Paulo".

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a operação da PM é integrada com a prefeitura. "Não houve atropelamento. Isso [a operação] já vem sendo trabalhado desde dezembro."

Segundo Alckmin, ele mesmo coordenou três reuniões com a participação de representantes da prefeitura, para discutir a operação.