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Haddad deve ser alvo de tucanos em debate

Pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de SP têm hoje segundo encontro para definir quem enfrentará o petista em outubro

Concorrentes adotam discurso crítico a rival petista; José Aníbal diz que ministro é 'Ph.D em asneiras' e 'estrangeiro'

PAULO GAMA
DE SÃO PAULO

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, deve ser o principal alvo do segundo debate entre os quatro políticos que disputam a chapa do PSDB na eleição municipal.

Os tucanos pretendem explorar o embate sobre a ação da Polícia Militar na cracolândia, que opõe o PT ao governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Em reportagem publicada ontem na Folha, o ministro da Educação classificou a ação como "desastrada", por ter, segundo ele, privilegiado a repressão em detrimento da saúde pública.

"Haddad fala abobrinha sobre muitos assuntos. Apesar de ter nascido aqui, é um candidato estrangeiro, não sabe nem direito o que é isso [ação na cracolândia]", disse o pré-candidato José Aníbal.

O tucano sinalizou que a declaração de Haddad em novembro -de que não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia- será usada contra ele em toda a campanha. "Precisa ter Ph.D para falar uma asneira dessa", disse.

Os secretários estaduais Bruno Covas (Meio Ambiente) e Andrea Matarazzo (Cultura), que também disputam a chapa tucana, elogiaram a operação comandada por Alckmin em parceria com o prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Além deles, participa do encontro o deputado federal Ricardo Trípoli. A realização das prévias que devem decidir o candidato tucano está marcada para março.

Uma ala do partido ainda tenta convencer o ex-governador José Serra a concorrer, embora ele afirme não ter interesse na disputa municipal.

O formato do debate, que será realizado hoje à noite em Santo Amaro (zona sul), não permite que os candidatos façam perguntas um ao outro.

Matarazzo disse que o encontro deve ser "morno", mas defendeu o veto ao debate direto -posição compartilhada por outros participantes.

"Estamos na pré-camapanha, isso ainda não é tão importante. Os candidatos têm é que mostrar experiência e conhecimento da cidade."

Covas diz que, apesar do embate público entre petistas e tucanos, o momento é "apenas de discussão interna ao partido". "Para a população, a disputa eleitoral só começa em agosto", afirma.

Os tucanos devem também voltar a criticar o fato de Haddad ter sido escolhido no PT sem a realização de prévias.

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