Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Dilma dá início a reforma em ministério

Pré-candidato em SP, Fernando Haddad deixa Educação e cede vaga a Aloizio Mercadante, hoje na Ciência e Tecnologia

Para o lugar deixado por Mercadante, governo confirma Marco Antônio Raupp, indicado pelo petista

NATUZA NERY
ANDRÉIA SADI
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff deu início ontem à sua primeira reforma ministerial ao nomear Aloizio Mercadante na Educação e o físico Marco Antônio Raupp para a pasta de Ciência e Tecnologia.

A escolha de Raupp foi fruto da indicação do próprio Mercadante, seu antecessor. O novo ministro, ex-presidente da Agência Espacial Brasileira, tem perfil técnico.

Com as mudanças, o petista Fernando Haddad está finalmente liberado para se dedicar à primeira campanha eleitoral de sua vida, a prefeitura de São Paulo. Em dezembro, o "Painel" da Folha antecipou que Mercadante, economista, iria para o Ministério da Educação.

A nomeação de Marco Antônio Raupp para a Ciência e Tecnologia desagradou uma ala do PT. O incômodo partiu da avaliação de que seu embarque na pasta daria muitos poderes a Mercadante.

A ala do PT paulista mais distante do ministro, a mesma que não o quer como candidato ao governo do Estado em 2014, observa preocupada o avanço do colega.

Mercadante entrou na administração Dilma de forma discreta; foi promovido a titular da Educação e, cada vez mais, vem ganhando entrada no governo.

Não raro, é consultado pela chefe sobre quais nomes poderiam assumir as pastas da reforma ministerial.

Dilma não deve mexer em mais do que sete ministérios. Serão preservados nos atuais redutos os partidos que integram a base aliada.

Deve haver trocas em Cidades, Trabalho, Mulheres, Igualdade Racial e Cultura. Os sucessores, porém, ainda não foram definidos.

As negociações com legendas aliadas para a formação da equipe também foram deflagradas. O PP, no controle do Ministério das Cidades, foi chamado ontem para uma conversa inicial. O líder da bancada na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), reuniu-se com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para tratar da sucessão de Mário Negromonte no cargo.

O próprio Ribeiro chegou a ser sondado para comandar a pasta. Ao lado de Márcio Fortes, hoje no controle da Autoridade Olímpica, ele figura a lista de possíveis indicados ao posto e conta com a simpatia do Palácio do Planalto. Sua situação, porém, é delicada. Mesmo na condição de cotado, Ribeiro disse à Ideli que a bancada gostaria de indicar o substituto de Negromonte e já fala no deputado federal Márcio Reinaldo (MG) como alternativa.

Em fevereiro, Dilma deve se debruçar nas demais mudanças no primeiro escalão. Ele tenta fazer a alteração de titulares sem mudar a representação feminina na Esplanada. Hoje, há 10 mulheres no comando de ministérios.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.