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Novo escolhido para a Ciência possui perfil técnico SABINE RIGHETTIDE SÃO PAULO A escolha do físico Marco Antonio Raupp para comandar o Ministério da Ciência e Tecnologia mostra uma preferência da presidente Dilma Rousseff por um perfil técnico e gerencial para a pasta. Raupp carrega no seu currículo passagens pelo comando do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da AEB (Agência Espacial Brasileira). Também é pesquisador-titular do LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica). Foi presidente da SPBC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), principal entidade científica do país. É a SBPC que encabeça as discussões correntes sobre a política científica e tecnológica, e atua como uma espécie de interlocutor entre os cientistas e o governo. Mas foi na AEB que Raupp ganhou mais projeção. À frente da instituição nos últimos dez meses, onde esteve por indicação de Aloizio Mercadante, Raupp tentou fazer uma espécie de "varredura". A missão dele era sincronizar o complicado calendário espacial brasileiro, que coleciona atrasos no envio de satélites nacionais e está distante do setor privado. "Falta uma Embraer no setor espacial", ele costumava dizer. Uma das ideias mais ousadas do físico ao sair do Inpe para assumir a AEB foi tentar unir as duas instituições. Para Raupp, não faz sentido o país ter uma instituição para fazer pesquisa, formar pessoas e projetar satélites (o Inpe) e outra para coordenar a política espacial (a AEB). Do ponto de vista acadêmico, Raupp também tem um currículo denso. Fez doutorado em matemática na Universidade de Chicago e é livre-docente pela USP. Também foi professor adjunto da UnB (Universidade de Brasília) e professor do IME (Instituto de Matemática e Estatística) da USP. Além de sua ligação com a pesquisa espacial, Raupp gosta de assuntos ligados à inovação. Ele segue a linha de Mercadante na tentativa de ligar o setor acadêmico ao privado. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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