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Dilma cobra medidas para estimular a economia

Governo vai passar a pedir relatórios semanais sobre execução de projetos

Presidente quer mais empenho para retomar o crescimento do PIB e também para favorecer consumo e exportações

DE BRASÍLIA

Depois de uma série de discussões setoriais, a presidente Dilma Rousseff realiza hoje a primeira reunião ministerial deste ano decidida a cobrar mais empenho de sua equipe nas ações do governo federal e medidas para estimular a economia do país.

No encontro, deve ser anunciado um sistema de acompanhamento dos programas prioritários para o Planalto, que será coordenado pela Casa Civil. O monitoramento envolve a entrega de relatórios semanais com a avaliação da execução e do andamento dos projetos.

Dilma considera importante dar uma resposta às críticas de que descuidou da administração do governo em 2011 por conta da "faxina" que derrubou seis ministros envolvidos em suspeitas de corrupção.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve sinalizar como será a execução do Orçamento. Na última semana, os ministros apresentaram ao governo uma lista de prioridades para tentar evitar que sejam atingidos pelo corte que pode chegar a R$ 60 bilhões. Foram avaliados os pontos positivos e os problemas dos ministérios.

CRESCIMENTO

Em sua fala, a presidente também fará uma avaliação geral das políticas do governo, além de recomendações aos ministros, especialmente sobre a economia. O aviso será de que é preciso crescer com segurança. A presidente quer medidas para retomar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

No último sábado, ela encomendou ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal estudos com medidas que possam estimular o crescimento do crédito em 2012.

A ideia é favorecer o crédito produtivo, para incentivar o consumo, e também para aumentar a exportação por empresas brasileiras.

A avaliação da equipe econômica do governo é a de que o PIB deverá crescer de 4% a 5% neste ano, sendo que a base para isso deverá ser o consumo interno, financiado pelo crédito.

Segundo projeções do Banco Central, o estoque de empréstimos e financiamentos deve aumentar neste ano apenas 15%. A alta deverá ser puxada basicamente pela concessão de crédito para habitação por parte dos bancos públicos.

DISCURSO

A presidente deve evitar o tom político no encontro, uma vez que as negociações com os aliados sobre a reforma ministerial ainda estão em andamento.

Diferente do ano passado, a presidente não deve dar espaço para que todos os ministros falem. Ela não gosta do formato de grandes reuniões. Julga-o ampliado demais e ineficiente.

Ontem, a presidente fez uma reunião em que foram discutidos grandes eventos que o país sediará, como a Copa de 2014, a Olimpíada de 2016 e a Rio+20.

(MÁRCIO FALCÃO)

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