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Presidente do BNDES prevê investimento maior

Vanessa Carvalho/News Free/Folhapress
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A DAVOS

O governo brasileiro pensa em introduzir uma pequena revolução no sistema de poupança (não na caderneta de poupança), como forma de estimular o aumento da taxa de investimento na economia, histórico gargalo para o crescimento.

A informação foi dada ontem pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, à margem de debate sobre economias emergentes, no quadro do encontro anual do Fórum Econômico Mundial.

Na palestra propriamente dita, Coutinho afirmou que o governo brasileiro faria o melhor possível para acelerar o crescimento, de preferência para elevá-lo ao que está sendo chamado de "patamar Dilma", ou seja, 4,5%, em vez dos mais modestos 3,5% previstos pelo mercado.

A palavra de Coutinho ao público de Davos ganhou elevado valor depois que, no ano passado, aqui mesmo, ele avisara que o Brasil entraria numa "era de moderação", depois do espetacular crescimento de 7,5% em 2010.

Foi de fato o que aconteceu (o crescimento em 2011 caiu para menos da metade).

Ontem, o presidente do BNDES disse que a desaceleração fora programada, para escapar das ameaças inflacionárias do começo do ano.

Agora, é hora de acelerar de novo, palavra de ordem que impregna o governo.

Mas, mais importante do que o crescimento em si, será o esforço anunciado por Coutinho para aumentar a taxa de investimento da economia, de 18,8% do PIB, segundo o último dado disponível (terceiro trimestre de 2011).

Coutinho diz que, se o PIB subir 3,5% como prevê o mercado, "o investimento deveria crescer 4,5%, 5%, até 8%".

REVOLUÇÃO

Aí é que entra a revolução na poupança. O presidente do BNDES lamenta que boa parte da poupança brasileira esteja estacionada em títulos do governo, o que quer dizer que não é canalizada para investimentos produtivos.

O governo pretende estimular uma migração para, por exemplo, debêntures e/ou letras financeiras de longo prazo. Estas, sim, servem para financiar empresas que naturalmente investiriam os recursos assim obtidos.

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