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Dilma diz que Brasil precisará de 'ousadia e disciplina' contra crise

Discurso econômico é ponto central de mensagem ao Congresso

MARIA CLARA CABRAL
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Preocupada com os efeitos da crise financeira internacional, a presidente Dilma Rousseff disse ontem, em mensagem enviada ao Congresso, que a condução da política econômica vai exigir "ousadia e disciplina".

O texto, lido pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), afirmou que o Brasil tem condições para manter o crescimento e enfrentar com "firmeza e otimismo o cenário adverso que se vislumbra e que marcará a economia mundial".

"[É preciso ter] disciplina para assegurar a solidez de nossos fundamentos macroeconômicos, o que passa pelo alcance do superavit fiscal, pela atenção constante sobre a evolução dos preços e pela continuidade da redução da dívida pública brasileira como proporção do PIB e melhoria de seu perfil."

Outra aposta do governo para manter o crescimento e também o investimento no mercado interno com aumento da produção e geração de emprego.

A mensagem presidencial apostou no desempenho da economia no ano passado para mostrar avanços no primeiro ano da gestão da petista.

Dilma não falou sobre escândalos de corrupção nem mandou recados políticos, o que provocou críticas da oposição em no dia da queda de Mário Negromonte (Cidades).

Dilma ainda fez um afago aos congressistas, que de acordo com ela, atuaram "de forma crítica e independente, acima das divergências partidárias".

A única cobrança foi a aprovação pelo Congresso da Lei Geral da Copa. Em uma defesa da competência do país para sediar o evento esportivo, a presidente afirmou que as obras nos estádios estão seguindo a normalidade.

Dilma afirmou que não faltarão recursos para ações sociais e para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e elegeu como prioridade a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

A reabertura dos trabalhos do Congresso também teve um tom de despedida.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) reclamou de não ganhar reconhecimento por ter envelhecido servindo o país.

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