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PF investiga servidor do TRT-RJ por contrabando

Funcionário é mesmo que movimentou R$ 282,9 mi em 2002, segundo o Coaf

Rogério Vieira é acusado de liderar grupo que vendia produtos importados sem passar pela Receita

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

O servidor do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) Rogério Figueiredo Vieira, 49, suspeito de movimentações atípicas de R$ 282,9 milhões em 2002, é alvo de uma investigação da Polícia Federal por envolvimento em um esquema de contrabando.

A movimentação milionária em 2002, considerada suspeita pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), consta de um relatório recente entregue à Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Segundo investigação da PF, anterior ao relatório do Coaf, Vieira integrou um esquema, entre 2008 e 2010, junto com empresários, servidores da Receita e policiais federais para a entrada ilegal de mercadorias no país.

As investigações apontam que brasileiros residentes nos Estados Unidos traziam equipamentos eletrônicos e não eram fiscalizados por auditores da Receita no aeroporto internacional do Rio.

Os produtos seriam vendidos a pessoas, no Rio, que faziam encomendas a Vieira. Em sua denúncia, o procurador Marcelo Freire diz que o grupo seria liderado pelo servidor do TRT.

A PF investiga se os valores movimentados na conta do servidor são produto desses ganhos e se outros servidores do tribunal faziam compras com ele.

A PF já descobriu que Vieira tem participação em sete empresas. Algumas em nome de laranjas.

Como servidor do TRT, Vieira é proibido de ter empresa. O tribunal decide na segunda se abre sindicância.

Vieira é funcionário do TRT desde 1991, mas passou cinco anos (1998 a 2003) cedido ao gabinete do deputado bispo Carlos Rodrigues, na Câmara dos Deputados.

A movimentação que o Coaf entendeu como "atípica" aconteceu no período em que Viera estava na Câmara.

Procurado, o advogado José Ricardo Lopes, que defende Vieira em processos na Justiça Federal do Rio, não foi encontrado. Rodrigues também não. Ontem, ele não foi ao tribunal, onde trabalha no setor de protocolo.

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