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Investigação isenta atuação de Agnelo em órgão federal

Governador do DF foi alvo de sindicância da Anvisa, onde foi diretor até 2010

Suspeita se deu após revelação de que lobista de uma farmacêutica depositou R$ 5.000 na conta do petista

FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) isentou o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), de culpa administrativa no caso envolvendo suspeita de recebimento de propina quando era um dos diretores do órgão, de 2007 a 2010.

O despacho do corregedor Ivon Carrico foi divulgado pela assessoria do petista. Segundo o corregedor, "não restou apurada qualquer responsabilidade administrativa" em relação a Agnelo.

A Anvisa encaminhou a sindicância para a Controladoria-Geral da União, em caráter reservado.

O teor da investigação não foi divulgado nem pelo governo nem pela Anvisa, que, entretanto, confirmou ter isentado o petista de culpa.

Agnelo passou a ser alvo de suspeitas quando o lobista Daniel Tavares, da União Química, admitiu que depositou R$ 5.000 na conta do petista em 2008.

Como a Folha revelou, Agnelo liberou documentação para a farmacêutica produzir medicamentos no mesmo dia em que foi feito o depósito.

O petista diz que era pagamento de um empréstimo.

Daniel Tavares deu duas versões para o caso. Primeiro, em depoimento à oposição, disse que os R$ 5.000 eram pagamento de propina. Depois, repetiu a versão de Agnelo e passou a acusar a oposição de armação.

Em nota, Agnelo qualificou o caso como "ilações de adversários políticos".

"O governador reitera que as acusações eram falsas e desprovidas de boa-fé e de razoabilidade. O governador também reafirma sua confiança no bom funcionamento das instituições brasileiras", diz a nota do governo.

A Anvisa abriu uma outra sindicância neste ano, com o objetivo de investigar a documentação da empresa Saúde Import, liberada por Agnelo. A empresa é de Glauco Santos, que vendeu uma casa em 2007 para Agnelo por R$ 400 mil. O governador também é investigado no Superior Tribunal de Justiça por suspeita de irregularidades quando era ministro do Esporte.

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