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Servidor com ensino superior agora ganha mais que graduado de empresa

DE SÃO PAULO

A diferença de renda entre os setores público e privado chegou a R$ 1.150,88 no ano passado, maior valor desde 2002, quando começa a atual série da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.

Os salários do setor público são superiores aos do privado, em grande parte, porque a maioria das suas funções exige escolaridade maior, nota o economista do IBGE, Cimar Azeredo.

Enquanto 91% dos servidores têm mais de 11 anos de estudo, o percentual cai a 64% no mercado privado.

Porém, outra pesquisa do IBGE, a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), revela que o funcionário público ganha mais que o privado mesmo que tenha o mesmo nível de qualificação.

No caso dos graduados, a renda no setor privado era maior do que no público em 2002. Em 2009, dado mais recente, ocorria o inverso.

Para Roberto Nogueira, do Ipea, o setor público precisa remunerar bem para evitar a alta rotatividade. "Os governos passam, os funcionários ficam. Isso é importante para a continuidade da gestão."

O professor da PUC-Rio José Márcio Camargo ressalta, porém, que o aumento acelerado da renda no setor público impede que o privado siga o ritmo de reajustes. "Isso leva os mais qualificados a migrarem para o setor público, reduzindo a competitividade da nossa economia."

O crescimento da economia e da arrecadação permitiu ao governo acomodar aumento de gasto com pessoal.

Nos últimos nove anos, essas despesas passaram de R$ 75 bilhões para R$ 197,5 bilhões. Mas, medidos como proporção do Produto Interno Bruto, os valores recuaram de 5,1% em 2002 para 4,5% em 2011, estima o Ministério do Planejamento.

(MS)

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