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Outro Lado Petista diz que tinha o direito de usar as aeronaves DE BRASÍLIAO ex-ministro Fernando Haddad afirmou que não houve irregularidade no transporte de seus familiares. "É um direito meu ir para casa. Do ponto de vista do ministério, o que interessa é a legalidade", disse. Haddad disse que a maioria dos voos foi compartilhada: "Em quase todos, com raras exceções, eu estava vindo com outro ministro. E, quando pedia carona, eu perguntava se tinha três lugares [para ele, a mulher e a filha]". Ao ser lembrado de que fez vários voos solos, comentou: "O número de voos com ministros sozinhos dentro não é pequeno". Questionado se vê problema ético, respondeu: "Seguindo esse protocolo, não. Se o assento estava desocupado, eu pedia autorização ao responsável pelo voo. Nessas idas, é comum a carona. Até porque as passagens são caras, e os assentos estão livres". Sobre o voo em que transportou só a família num Learjet, respondeu: "Mas não tinha ninguém pedindo. Era dia 26 [de dezembro], num recesso. A minha mãe veio passar o Ano Novo a convite de uma autoridade". Depois de uma primeira conversa com o ministro, a Folha apurou que ele havia solicitado 46 voos exclusivos para São Paulo. Sobre isso, respondeu: "As minhas idas às vezes são compartilhadas e outras, não. Eu não tenho a contabilidade". Sobre os 15 voos que fez só com a família, comentou: "Em cento e poucos? OK. O que isso quer dizer?" O ministro foi questionado também se não teria sido um exagero o voo em que partiu de São Paulo só com a filha num avião de 45 lugares. "Não defino a aeronave. Você pode querer me sacanear do jeito que você quiser, faz parte do jogo. Mas quem escolhe a aeronave é a FAB." E acrescentou: "Essas aeronaves vão voar, independentemente de ter gente dentro. Os pilotos da FAB precisam voar. Vamos supor que um avião vai vazio. Então, a FAB não vai mandar outro de cinco lugares para me buscar". Haddad comentou que o número de voos solos na Esplanada é frequente: "Na comparação com os outros ministérios, você vai ver que não é um caso isolado. (...) Eu não vi lotar nunca". O ex-ministro lembrou que a sua mulher é servidora federal e acrescentou que levava servidores da Educação e de outros ministérios. Disse também que passou a ir quase todos os fins de semana a São Paulo a partir de 2008 porque o filho, então com 15 anos, havia se mudado para a cidade. "Minha menina tinha sete, eu não iria deixar os dois sem convivência." A FAB disse que não fiscaliza quem está nos voos. Isso caberia aos ministérios. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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