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Vendas no comércio indicam retomada lenta

Varejo teve crescimento de 6,7% em 2011, inferior ao observado no ano anterior

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO
LUCAS VETTORAZZO
DO RIO

As vendas do comércio voltaram a crescer em dezembro pelo segundo mês seguido. O resultado é tímido, mas indica lenta recuperação da economia no final do ano.

No ano passado, as vendas subiram 6,7% (menos do que em 2010), afetadas pelas medidas adotadas pelo governo para esfriar a economia.

Em agosto, temendo forte desaceleração, o Banco Central começou a cortar os juros e, em novembro, afrouxou restrições ao crédito.

O gerente de Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, afirma que, apesar da reversão, não deu tempo de o comércio se recuperar até o fim do ano.

O desempenho ruim dos supermercados foi o principal motivo da piora do indicador no ano -venderam 4% a mais em 2011, a alta mais fraca desde 2005 (2,1%).

Analistas calculam que, com o resultado do comércio em dezembro, a economia cresceu 2,8% em 2011 -abaixo dos 3% previstos pelo BC. Após a estagnação até setembro, as previsões são que a economia cresceu 0,3% de outubro a dezembro.

Segundo a economista Fernanda Consorte, do banco Santander, os estímulos adotados pelo governo e o aumento do salário mínimo farão efeito por volta de abril.

"A economia está melhor que outubro, mas ainda tem muito a recuperar", diz.

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