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Desemprego em janeiro tem menor índice desde 2003

Em relação a dezembro, taxa subiu de 4,7% para 5,5% em razão da dispensa dos trabalhadores temporários

O rendimento real dos ocupados também foi recorde e chegou a R$ 1.672, valor mais alto para este mês

LUCAS VETTORAZZO
DO RIO

A dispensa de trabalhadores temporários, contratados para as festas de fim de ano, fez com que o desemprego no país em janeiro fosse a 5,5%, contra 4,7% em dezembro.

A despeito do crescimento, a taxa é a menor já registrada para o mês desde 2003.

O nível de desempregados em 2011 já vinha nos menores patamares históricos, e o do primeiro mês de 2012 acompanhou essa tendência. O percentual ficou abaixo da taxa de um ano antes (6,1%).

As informações são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população desocupada cresceu 15,9% na comparação mensal e atingiu 1,3 milhão de indivíduos, impactada pelo efeito sazonal do desligamento de temporários.

No período, 180 mil novas pessoas tentaram se inserir no mercado de trabalho. Em relação a janeiro de 2011, o índice recuou 7,7%.

A população ocupada somou 22,5 milhões, queda de 1% em relação a dezembro (220 mil pessoas ficaram fora do mercado). Na comparação com janeiro de 2011, houve aumento de 2% -433 mil ingressaram no mercado.

"A alta no nível de ocupação é reflexo da melhora da economia nos últimos anos. Houve também uma melhora na qualidade dos empregos, observada com o aumento dos postos de trabalho formais", afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 11,1 milhões e ficou estável ante dezembro. Na comparação anual, houve aumento de 6,3% (664 mil novos postos).

Setores de serviços (mais 238 mil) e construção (mais 142 mil) foram alimentados por autônomos que ingressaram no mercado formal como funcionários de empresas.

"Trabalhadores como empregadas domésticas e pedreiros autônomos estão migrando para as empresas em busca de melhores salários e condições de trabalho mais favoráveis", afirmou.

O rendimento médio real dos ocupados também foi recorde em janeiro, chegando R$ 1.672,20, valor mais alto para o mês desde 2003. O ganho do trabalhador apresentou alta de 0,7% na comparação mensal e de 2,7% frente a janeiro do ano passado.

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