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Marta critica PT e diz que partido errou ao 'flertar com adversário' Dirigente minimiza declaração e afirma que diálogo foi 'acertado' DE SÃO PAULOA senadora petista Marta Suplicy criticou ontem a maneira como o PT vem conduzindo o "processo eleitoral de São Paulo" e afirmou que o partido errou ao iniciar negociações com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) para as eleições municipais de outubro. "É preciso reconhecer que erramos. Fomos precipitados", afirmou em sua página no Twitter. Sem citar Kassab, a senadora condenou o fato de o PT ter ficado "flertando com adversário enquanto nossos tradicionais aliados migraram para o lado deles". Marta, que se colocava como pré-candidata do PT à prefeitura até o final do ano passado, desistiu da candidatura em favor de Fernando Haddad, após ser pressionada pelo ex-presidente Lula. Foi Lula também quem motivou o partido a iniciar conversas com Kassab sobre uma possível aliança, depois de o prefeito ter oferecido ao petista um nome de seu partido para ser vice de Haddad. No início de fevereiro, Marta chegou a comparar as articulações entre entre os dois partidos a um pesadelo e disse que temia "acordar de mãos dadas" com Kassab em um palanque, caso a aliança se confirmasse. A negociação entre PT e PSD foi interrompida depois que o ex-governador José Serra (PSDB) decidiu entrar na disputa municipal, atraindo o apoio do prefeito. Kassab, que herdou o cargo de Serra em 2006, diz ter "dever de lealdade" ao tucano. 'ABERTO AO DIÁLOGO' As declarações repercutiram no comando da campanha petista. O presidente estadual da sigla, deputado Edinho Silva -que defendia a aproximação entre os partidos-, rebateu a senadora e disse que as conversas com o PSD foram "acertadas". "A opinião dela tem de ser respeitada enquanto liderança importante do partido, mas o PT acertou em dialogar com o PSD, uma sigla que apoia o governo Dilma e com a qual o PT está aliado em diversas cidades", afirmou. Edinho diz acreditar que Marta fez as declarações porque está analisando o momento "da perspectiva dela". "Mas ela é experiente e sabe que política se faz olhando para frente. Um partido que se dispõe a ser governo tem de estar aberto ao diálogo", afirmou. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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