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FMI defende intervenções de países emergentes no câmbio

ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO

A estratégia adotada pelo governo brasileiro de fazer intervenções no mercado de câmbio para tentar frear a apreciação do real recebeu aval do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Em relatório divulgado ontem, economistas do FMI defendem que países emergentes podem perseguir uma meta de inflação e, ao mesmo tempo, tentar controlar os movimentos da moeda.

A tese contradiz a teoria econômica ortodoxa, por muitos anos defendida pelo próprio Fundo, que afirma que as duas políticas podem ser incompatíveis e atrapalhar o controle da inflação.

O estudo diz que as mudanças decorrentes da crise global implicam uma revisão desse pensamento.

"A crise nos ensinou que os formuladores de políticas precisam entregar mais do que preços estáveis se quiserem atingir crescimento sustentado e estável."

Jonathan Ostry, um dos autores do estudo, afirmou que movimentos excessivos das moedas podem causar distorções e as autoridades devem reagir. Moedas muito apreciadas-caso do real-tendem a reduzir a competitividade da economia, disse ele.

Os autores do estudo disseram ainda que medidas como controles de capitais também podem ser consideradas, reiterando outra mudança de discurso recente do Fundo.

Mas uma ressalva feita pelo FMI é que as intervenções não devem ser permanentes.

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