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Consumo deve se manter como destaque em 2012

MARIANA SCHREIBER
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
PEDRO SOARES
DO RIO

Apesar de ter perdido fôlego em 2011, o consumo das famílias foi novamente o principal motor da economia e deve continuar puxando o desempenho do PIB neste ano.

Após uma leve retração no terceiro trimestre, a demanda desse grupo voltou a crescer nos últimos três meses do ano passado, fechando o período com alta de 4,1%. Foi a oitava alta anual seguida, mas a menor desde 2003.

No quarto trimestre, a economia como um todo avançou apenas 0,3%.

Entre os fatores que limitaram uma expansão maior do consumo estão o aumento da inflação, que diminuiu o poder de compra, e o crescimento menor do mercado de trabalho.

Além disso, houve uma aceleração da inadimplência no final do ano.

O economista-chefe da consultoria LCA, Bráulio Borges, considera que o endividamento da população pode retardar uma recuperação mais forte do consumo, que deve ganhar mais fôlego apenas no segundo semestre.

Para Sérgio Vale, da MB Associados, a maior inadimplência é um "soluço", reflexo do maior desemprego industrial, do ingresso de camadas desacostumadas com a obtenção de crédito fácil e do "pé no freio" no crédito por parte dos bancos.

"Mas a elevação da inadimplência é pontual."

Mais uma vez, avalia, o mercado interno seguirá "muito aquecido" e sustentará o crescimento.

Apesar da expectativa de que a indústria tenha uma recuperação tímida ao longo do ano, espera-se que os estímulos adotados pelo governo, como a queda nos juros, aqueçam a demanda doméstica no segundo semestre.

A agropecuária, setor que teve o melhor desempenho em 2011 com alta de 3,9%, também vai contribuir positivamente.

Segundo o sócio da RC Consultores Fábio Silveira, os fatores que estimularam o setor no ano passado, como preços elevados e demanda aquecida nos países emergentes, vão se repetir.

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