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Kassab lança obras para vencer rejeição

Prefeito, aprovado por só 26% dos paulistanos, deve ter ao menos 140 inaugurações em São Paulo neste ano eleitoral

Ele deve concluir cem escolas e um terminal de ônibus em Pinheiros, no local do acidente com a linha 4 do metrô

Ricardo Lou - 7.jan.2012/News Free
Obras do Complexo Prates, no bairro do Bom Retiro
Obras do Complexo Prates, no bairro do Bom Retiro

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

Gilberto Kassab (PSD) vai ter o que mostrar neste ano como prefeito e cabo eleitoral de José Serra (PSDB) na campanha paulistana: ele poderá inaugurar pelo menos 140 obras novas.

Com baixo índice de aprovação -apenas 26% consideram seu governo ótimo ou bom, segundo pesquisa Datafolha do início do mês-, Kassab espera reverter essa situação com as novas obras.

A maior parte delas está na área de educação. Há cerca de 200 escolas em construção; metade deve ficar pronta em 2012 ou no máximo até o início do próximo ano letivo. A promessa é que mais nenhuma escola municipal terá três turnos de aulas.

Também há obras de grande visibilidade: a maior é a reforma da praça Roosevelt, no centro, que deve ser entregue no segundo semestre.

Outra inauguração importante será o terminal de ônibus na rua Capri, em Pinheiros, no local onde houve um acidente nas obras da linha 4-amarela do metrô que deixou sete mortos em 2007.

A previsão é que o terminal e um estacionamento para cerca de 400 carros anexos às estações Pinheiros do metrô e da CPTM sejam inaugurados até o fim deste ano.

Dinheiro não falta. O secretário de Finanças, Mauro Ricardo Machado Costa, homem de confiança de Serra, promete entregar até o fim do ano R$ 6,1 bilhões para obras.

"O gargalo das nossas obras não é recurso", diz o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Elton Santa Fé, ao admitir que a prefeitura não vai conseguir gastar todo o dinheiro. No máximo gastará R$ 3 bilhões neste ano em obras -valor similar ao dos anos anteriores.

Ele diz que todas as obras (são 354 em andamento simultâneo só na sua pasta, fora as obras de urbanização e construção de casas popularess) vão em ritmo acelerado.

As coisas só não andam mais rápido, diz, por questões burocráticas -desapropriações, licenciamentos, licitações emperradas- ou de limitações técnicas.

Mas o "canteiro de obras" não se encerra com o fim do mandato de Kassab. Muita coisa ficará para o sucessor, sobretudo obras mais caras.

O maior exemplo é o túnel de ligação da av. Jornalista Roberto Marinho com a rodovia dos Imigrantes. O projeto inclui ainda a construção de 4.000 moradias populares, um parque e uma avenida.

As obras começam nos próximos dias e a previsão é que terminem em 2014, nas mãos do próximo prefeito.

Também há a extensão da av. Chucri Zaidan, as obras antienchente da Pompeia e a ampliação da Radial Leste, grandes projetos que estarão em andamento no próximo ano, mas não concluídos.

Há um terceiro grupo de obras que Kassab deixará para o sucessor: os túneis das avenidas Sena Madureira (Vila Mariana) e Cruzeiro do Sul (Santana) e a revitalização da Nova Luz, no centro, que não terão começado neste ano.

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